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Gás

Estudantes pedem liberação das obras do Gasoduto


Alunos entregaram ao Ministério de Minas e Energia um manifesto para sensibilizar o Executivo em favor do investimento.

Estudantes secundaristas de Rondônia entregaram na última sexta-feira ao secretário nacional de Energia do Ministério de Minas e Energia (MME), Ronaldo Schuck, um manifesto em defesa da imediata construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho. A obra, considerada estratégica para o Estado aguarda liberação do governo federal há sete anos e não foi incluída no pacote de obras de infra-estrutura previsto no Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

O documento foi entregue durante o Seminário Desenvolvimento Regional Rondônia e Acre - Oportunidades e Perspectivas, realizado no auditório da Ulbra, em Porto Velho, para discutir questões relativas à Amazônia. O secretário participou do evento representando a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff e o ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, que haviam confirmado presença no evento, mas cancelaram suas participações pouco antes de seu início.

O abaixo assinado deveria ter sido entregue à Dilma e Nelson na oportunidade. Nele, os estudantes questionam as alegações usadas pelo governo para impedir a construção do gasoduto. De acordo com afirmações da própria ministra, não existiria na Bacia Petrolífera de Urucu (AM), gás natural suficiente para abastecer Porto Velho e Manaus (AM), que já consegue utilizar o combustível graças a construção de outro duto.

Até mesmo o governador de Rondônia, Ivo Cassol (PDT), já apresentou dados da Petrobrás que desmentem a versão da ministra, confirmando a existência de gás suficiente para o abastecimento dos dois estados. "Gostaria que eles nos ouvissem para mostrarmos e comprovarmos com base em dados da Petrobrás que estão errados", afirmou o governador.

Para os estudantes, a discussões desenvolvidas no simpósio em relação ao gasoduto não foram suficientes para deixar clara a posição do governo federal sobre o empreendimento, segundo o presidente da União Rondoniense dos Estudantes Secundaristas (UERES), Israel Trindade. "Esperávamos as respostas, mas acredito que não elas não foram suficientes para esclarecer todas as lacunas deixadas pelo governo federal", ponderou.

Para o líder dos estudantes, após as explicações de Schuck e dos demais palestrantes a platéia, formada por deputados federais, estaduais, lideranças e estudantes, mantiveram as mesmas dúvidas em relação ao gasoduto. "Esperamos muito para chegar aqui e ninguém falar absolutamente nada sobre a obra. Foi uma decepção para nós", afirmou.

"Ficamos com muitas dúvidas quanto ao andamento da obra, os responsáveis por esse esclarecimento não estavam presentes e a única obra verdadeiramente citada foram às usinas do Rio Madeira, por quê?", questionou.

Durante sua explanação, Schuck afirmou que o gasoduto Urucu-Porto Velho foi colocado no PAC, no início do ano, como uma obra que estava em estudos e garantiu que até o final do ano o MME pretende ter concluído esse trabalho. Segundo ele, há um grupo de trabalho no ministério que está fazendo uma análise sobre a viabilidade econômica da obra. "Quando esses estudos terminarem, vamos levar ao conhecimento do ministro, mas por enquanto é uma obra considerada em estudo", finalizou Shuck.

O deputado estadual Jesualdo Pires (PSB-Ji-Paraná), reafirmou que os integrantes do movimento Pró-Gasoduto, que desde agosto vêm promovendo inúmeras mobilizações populares em favor do evento, já têm todos os dados que confirmam a viabilidade econômica da obra. "Vamos continuar na luta para que a obra seja realizada e mostrar ao Governo Federal que Urucu-Porto Velho é benéfico para o Estado e toda Região Norte", afirmou.

MANIFESTO - O documento de autoria do movimento estudantil tem como objetivo sensibilizar o Governo Federal sobre a importância da construção do Gasoduto Urucu-Porto Velho. Os estudantes exigem com o manifesto que ações voltadas para barrar interesses contrários ao desenvolvimento da Amazônia e especialmente de Rondônia recebam atenção das instituições nacionais.

O presidente da União Estadual de Estudantes Universitários (UEE), Dabson Bueno, garante que com esse manifesto será possível alertar o governo sobre esses fatos. "Pedimos que os órgãos competentes com poder de decisão possam garantir a viabilização deste imprescindível empreendimento", disse

Fonte: Ascom

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