Sábado, 2 de junho de 2012 - 20h40
Profª. Ms. Fátima Ferreira P. dos Santos
Centro Universitário – UNIVEM/Marília
Prof. Dr. Vinício Carrilho Martinez
Universidade Federal de Rondônia /UFRO
Considerando-se que não se sabe o que é bom senso, comecemos pelo que não é;
Considerando-se que não se trata do senso comum, comumente entendido;
Considerando-se que é de comum acordo que o senso comum precisa ser criticado;
Considera-se o senso comum criticado e crítico equivalente ao bom senso.
Também se considera de bom senso o que é equilibrado, quando entre meio e fim apresenta-se mediado pela justiça. Em outros termos, o bom senso é:
1. Realista, porque afasta a mentira, opõe-se ao cinismo e à hipocrisia.
2. Necessário, porque é superior à verossimilhança, o bom senso desperta da realidade.
3. Razoável, porque se pauta pela proporcionalidade no agir e nas respostas. “Não é de bom alvitre acender vela para defunto ruim”.
4. Tolerável, porque além de imprescindível, ao raciocinar adequadamente, chegamos à conclusão de que a tolerância é uma resposta elementar. “Não se tolera o que é intolerável”.
5. Inteligente, porque não é inteligente fazer ou deixar de fazer o que é o melhor, o que é necessário para se alcançar o objetivo. “Ninguém sai de casa consciente de que vai errar” – até porque não há consciência no erro, apenas no seu exame, mas depois de consumado.
6. Articulado, porque é lógico: se isto é o certo, porque assim concluímos, após discussão racional, então, procuremos os meios adequados. O fundamentalista não tira a trava do olho. “A distância mais curta entre dois pontos é uma reta”; porém, nem sempre é a mais segura.
7. Socializável, porque sozinhos não articulamos nada, talvez a solidão e porque o monólogo nos deixa falando sozinhos. “Duas cabeças pensam melhor do que uma”.
8. Ético, porque se considera o diálogo como o melhor recurso do entendimento; esgotando-se os argumentos, sem a pressa do fim do mundo, daremos “tempo ao conceito”, àquilo que entendermos como real e necessário.
9. Prudente, porque devemos pensar duas vezes antes de falar ou de agir: pensar rapidamente, mas falar ou agir com calma. “A pressa é inimiga da perfeição”. “em boca fechada não entra mosquito”.
10. Prático, porque não é produtivo ficar pensando, discutindo, configurando sem nada fazer, diante do que é preciso ser feito. O prático de bom senso não é limitado como o pragmático, uma vez que valoriza os princípios e os fatores, e não considera apenas os fatos futuros.
11. Urgente, porque – do jeito que as coisas vão – vamos acabar “dando bom dia a cavalo”, agindo por impulso e repelindo tudo que não nos agrada.
12. Desagradável, porque nos leva a pensar, a nos criticar ou a ouvir críticas e “pensar dói”, incomoda, tira da zona de conforto.
13. Raro, ou tem-se tornado uma raridade, porque é mais fácil levar vantagem.
Nisto, o bom senso é um médium-direito, interligando direito e costume. Por fim, o bom senso é uma indignação, porque não aceitamos ser ludibriados.
Se você pensa o mesmo, escreva-nos: prof.vinicio@ig.com.br.
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