Domingo, 16 de junho de 2013 - 22h26
Algumas pessoas exageraram – e muito – nas manifestações em São Paulo, como manifestantes do movimento social popular que só no nome brigava contra o abuso das passagens cobradas no transporte público (R$3,20). Quebraram, dilapidaram, picharam, destruíram – e isso é deplorável, e contra essas ações deve agir o rigor da lei.
Mas, certamente, não ocorreu (e nem poderia ocorrer) algo ou nada que justificasse à polícia balear inocentes, quase-cegar jornalistas, espancar centenas/milhares de manifestantes ou prender estudantes porque levavam consigo vinagre, para usar em caso de lançamento de gás lacrimogêneo. Porém, o pior ainda seria visto nas ramificações do movimento pela moralidade pública que se viu em Brasília e depois no Rio de Janeiro. Em geral, pessoas que apenas protestavam contra a não-prestação de contas adequadas das verbas públicas utilizadas na construção dos estádios da FIFA. O pior, como disse, é que esses manifestantes pela moral pública voltaram a ser espancados, violentamente, pela polícia que parece agir com o mesmo ímpeto da polícia de repressão do regime militar.
Esta foto é de uma polícia legalista?
Trata-se de um uniforme de polícia normal ou do estilo que vai à guerra? Lembra certamente uma cena de batalha campal, não fosse pelo jovem – uma criança – socada pela guarda de exceção. Parece uma cena tirada da história em que o sans-culottes é castigado pelas tropas do Antigo Regime. Envelheça seu olhar, tire a cor da foto e os franceses revolucionários tomarão o lugar do jovem torcedor brasileiro. Aliás, frise-se que se trata de um torcedor sem poder aquisitivo para comprar ingressos dos jogos oficiais. O sans-culottes brasileiro protesta não contra o sistema de poder apoderado pelo capital, como fizeram os franceses de 1789, mas sim contra a bandalheira feita com o dinheiro público. O homem médio brasileiro condena as elites corruptas. Este jovem deveria estar gritando: “Pelo fim da ditadura! Pela punição da aristocracia da corrupção!”.
Para mim, não é assim que começa a guerra civil, porque já começou faz tempo.
Vinício Carrilho Martinez
Professor Adjunto III da Universidade Federal de Rondônia - UFRO
Departamento de Ciências Jurídicas/DCJ
Pós-Doutor Educação e em Ciências Sociais
Doutor pela Universidade de São Paulo
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