Sexta-feira, 11 de janeiro de 2008 - 19h41
Apesar de não ser por causa de Lula da Silva, mas também com sua colaboração, com a implantação do Plano Real e uma política de ajuste das contas públicas e a desestatização (justamente o que classificam de “Neo-liberalismo”) o Brasil tem progredido muito nos últimos quinze anos. É preciso dizer que para um país crescer, seus negócios, seu comércio, seu Produto Interno Bruto, a soma do total que produz durante um ano, aumentar é preciso que haja previsibilidade, ou seja, os fenômenos sociais se situem num leque de expectativas permitindo assim, prever, ainda que de forma relativa, os comportamentos dos membros da sociedade. No fundo isto é o que os especialistas classificam como “capital social”, ou seja, aprofundam-se as relações de confiança entre as pessoas que se comportam conforme o esperado. Um país é tão mais desenvolvido quanto mais há previsibilidade, quanto mais as pessoas respeitam e vivem de acordo com as leis.
É verdade que, sob certos aspectos, nunca antes neste pais o cenário de previsibilidade na economia no Brasil foi tão previsível. Isto se deve a dois fatores: 1) a solidez das contas externas garantindo fluxo abundante de dólares e a estabilidade do câmbio; e 2) a condução de uma política monetária que, mesmo quando errada, conseguiu reduzir os índices de preços e controlar as expectativas de inflação. Neste cenário, cresceu a segurança de empresários e consumidores para tomar decisões de longo prazo. Com o aumento da previsibilidade e a redução da incerteza inflacionária, alongaram-se os horizontes de planejamento e criaram-se condições para o investimento, a melhoria da produtividade e a ampliação da capacidade produtiva do que se beneficiou o governo Lula da Silva extraordinariamente, graças, aí sim, a um feito seu, o crescimento e a ampliação do crédito.
Acontece que, mesmo tendo sido, até agora, em todo o período de seus dois mandatos, contemplado com o crescimento da economia mundial o Brasil ainda não conseguiu se transformar num país que atraía capitais externos, embora tendo tudo para isto. E por que? No fundo é uma questão da falta de previsibilidade de nosso país, pois para integrar-se de vez ao fluxo internacional de capitais, o Brasil precisa: 1) tornar-se uma sociedade com inflação baixa no longo prazo; e 2) proporcionar maior segurança aos investidores mediante a adequação de leis e regulamentos, bem como demonstrar um maior grau de estabilidade e governança. É difícil, no entanto, isto acontecer se, logo no início do ano, contrariando toda a previsibilidade possível o governo aumenta os impostos subitamente contra todas as expectativas e segurança que deu, no final do ano, que não aumentaria impostos. Exceto se as empresas tiverem videntes que digam que é preciso saber que o governo vai fazer exatamente o contrário do que afirma. De qualquer forma há falta de videntes para entender o atual governo no campo econômico.
Fonte: silvio.persivo@gmail.com
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