Segunda-feira, 14 de agosto de 2006 - 06h15
A tristeza da mentira, são palavras do próprio presidente-candidato, se bem que ele disse que era a desgraça é a de que ao você contar a primeira, passa a vida inteira contando mentiras para justificar a primeira! Lula não tinha a vida inteira, porém passou exatos 9 minutos e 12 segundos se justificando diante de uma primeira (e única pelo acerto dos bastidores) que os entrevistadores podiam fazer. Ou seja, passou o tempo todo se defendendo do passado tenebroso que o atormenta. Na única vez que alguém teve condições de fazer um simples pergunta o que se viu foi um homem acuado, sem justificativas plausíveis, desdizendo o que havia dito no passado.
Lula escorregou direto nas perguntas sobre ética. A começar do famoso caso Paulo Okamoto, um tema sempre evitado. Só para lembrar: Paulo Okamoto, atual presidente do Sebrae, disse, na CPI dos Correios que as despesas de Lula eram pagas pelo PT. Que os seus dirigentes eram profissionalizados (recebiam para fazer política!). E que Lula saiu devendo e Okamoto quitou a dívida do presidente fazendo uma doação ao partido com dinheiro seu sem ele saber (quanta bondade!). O dinheiro foi pago ao PT, que em nome do presidente Lula. Paulo Okamoto disse que não declarou a doação no Imposto de Renda e que não contou nada para o presidente Lula. Admitiu que o PT usou o fundo partidário para fazer o adiantamento. Prática ilegal. Lula negou que devesse ao PT que achava que não devia e não deve. Okamoto pagou porque quis pagar. E, segundo Lula, admitiu o erro. Ou seja, Lula, o ético, não vê nenhum problema em utilizar recursos públicos em proveito próprio, não reconhece despesas suas pessoais e não se importa de que outros paguem suas contas. Não pára por aí. Bonner indagou por que razão Paulo Okamoto resistiu às pressões para abrir seu sigilo bancário, Lula respondeu era um direito dele, Okamoto. Nem parece o Lula que diz que Imunidade é para proteger a classe política do arbítrio, não a safadeza. Será que isto não se aplica a sigilo bancário?
Lula já estaria desmantelado, desmontado bastaria isto, mas a dupla do JN perguntou porque, diante das denuncias de corrupção, Lula declarou publicamente sua solidariedade aos membros da sua equipe. E ao mesmo tempo disse que foi traído. A resposta mais uma vez reduziu o candidato-presidente ao seu tamanho: Eu afastei todos. Os áulicos podem dizer que teve um bom efeito junto ao eleitorado ou alegar que o homem tem autoridade, mas, é de se perguntar quando ele mentiu? Agora que diz que afastou ou no passado quando falava citava o nosso Delúbio, quando lamentava a saída do meu querido Zé ou chamava Palocci, saindo acusado no mínimo de oito diferentes crimes, de grande irmão?
Usou descaradamente o trabalho da Polícia Federal para si, bem como omitiu o pequeno detalhe que os Waldomiros, os Burattis, os Polettos, os Paloccis, os Cirilos, os Rochinhas, Delúbios, Pereiras & Valérios da vida são produtos seus, da sua administração e, para espanto geral, nenhum deles está preso. Será coincidência? Só os outros vão presos?
Em resumo, foi uma derrota acachapante que dispensa a exploração dos lapsos tão bem Explicados por qualquer bom psicólogo. O cenário, inclusive, foi perfeito com aquela biblioteca virgem e imaculada ao fundo, mostrando que a contrafacção não se dá por acaso. É estudada, calculada, medida para que a versão do presidente prevaleça sobre os fatos. Pena que a televisão seja tão cruel. O Lula que apareceu ficou do tamanho que ele é.
Fonte: Sílvio Persivo
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