Segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018 - 14h17
Viver nunca foi fácil-esta é uma verdade. Mas, antigamente, não se precisava de muito conhecimento, de muita informação para se viver. Não havia, como agora acontece, a obrigação que, muitos possuem de estar sempre bem informado, o que acaba gerando muita angústia e ansiedade, pois, não é mais possível ao ser humano ficar por dentro de tudo. Devo dizer que nem tento, mas, vejo muitos amigos pensando que atualizar-se é imprescindível. Há muita informação sendo produzida e o seu acesso é cada vez mais fácil, o que dá a impressão de se entender de tudo. É um luxo que não pretendo ter. Sei que meu saber é limitado. E também que a informação não é mais sinônimo de resolução de problemas. Pode ser até a causa deles. Até porque o excesso de informação pode até ser pior do que a ignorância. Aliás, segundo a Universidade da Califórnia, em San Diego, os americanos consomem 34 Gigabytes de informações por dia. No Brasil deve ser menos, porém, a confusão não deve ser menor. Acrescente-se que, por digerir este gigantesco fast-food digital, muitas pessoas começam a pensar que sabem de tudo e de tudo entendem. Sem perceber que o excesso sempre prejudica a qualidade. E, no mundo atual deve-se ser especialista: saber muito só de poucas áreas.
Num mundo cada vez mais caótico, ao mesmo tempo em que se tem, cada vez mais, explicações, há um vácuo imenso entre explicações, de fato, científicas e a realidade, ou o que quer que pensamos ser real. De fato, para sermos exatos, tudo é representação e versão no mundo atual. Efetivamente, estamos presos numa cultura de ruído. Para onde quer que nos viremos acabamos sendo enredados nas malhas da notícia, da música, dos smartphones, dos ipods, dos alto falantes e da TV nos espaços públicos. Sem contar que, até mesmo nos locais de refeições, mesmo em locais abertos, o som alto de bandas de rock se associam à fala alta das pessoas para nos perturbar. E, nas ruas, os motores de veículos e motociclistas nos assustam com seus decibéis (no Rio de Janeiro o matraquear de armas pesadas). O som, a palavra, as imagens nos envolve, nos arrasta, nos consome junto com a ideia maluca (e difundida sem contestação e sub-repticiamente) de que precisamos estar em comunicação o tempo todo. A mídia é selvagem no mundo moderno. Não temos com ela uma relação ecológica. A qualidade se perdeu na quantidade e o silêncio é difícil de ser ouvido, como deve ser, como algo necessário, essencial para se poder ter equilíbrio, pensar, se encontrar com o nosso mundo interior. O cérebro humano não é preparado para absorver tantas informações ao mesmo tempo. Mas, a competição requer produção seja do que for. O homem competitivo desrespeita os seus limites, porém, gera tanto informação, quanto lixo. E só sabe diferenciar quem tem sabedoria. Uma mercadoria muito em falta no mercado de celebridades instantâneas. Por isto, os quinze minutos de fama estão caindo para quinze segundos.
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