Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Silvio Persivo

A DERROTA JUNTO COM A DESONRA



Silvio Persivo (*)

O impeachment será inevitável. Se, não ocorrer agora, tornará o país um barril de pólvora. Não há golpe, mas, sim rebeldia, manifestações espontâneas da população que não deixam dúvidas sobre a repulsa às pretensões hegemônicas do PT.

Podem dizer que não foi o povo, mas, foram as massas populares mais conscientes, as mais informadas que se mobilizaram nas redes sociais e nas ruas, que mostraram aos políticos tradicionais que repudiavam o governo, a soberba e a prepotência da presidente Dilma, a ineficiência do governo e a complacência, e porque não dizer a cumplicidade dos partidos da base aliada.

Foi o povo e a imprensa, que o governo petista tentou manietar, mediante verbas e ameaças de regulamentação, inspirado no modelo chavista, que fizeram com que o governo chama de “golpe”, na verdade, seja um “contragolpe”.

O povo e o jornalismo livre cumpriram o seu dever na defesa da democracia e impuseram, mesmo aos políticos áulicos, o impeachment. É verdade que um segmento importante do MP, da Polícia Federal e da Justiça também fizeram a sua parte, inclusive o juiz Sérgio Moro, que democratizou o Código Penal, remetendo ao cárcere grandes empresários e notórios malandros da vida pública, que acreditavam na impunidade pela força do dinheiro, mas, nada seria possível sem a mobilização popular.

A classe política, porém, aparece de uma forma decepcionante. Mesmo o PMDB, que é essencial para a mudança, compareceu muito ao reboque dos acontecimentos. É verdade que mamaram nas tetas, todos mamaram, mas, são políticos e, como políticos, tem a necessidade imperativa de dinheiro para sobreviver, mas, esta sobrevivência não pode abrir mão de representar a vontade popular sob pena de ser  o que se tornou o governo Dilma, uma fraude completa.  Lembro das palavras de Winston Churchill,  afirmando que “pior do que a derrota é a desonra”.  

Lula e Dilma não tem nem sequer a capacidade de preservar o respeito que poderiam adquirir se cedessem à vontade popular. Vão tentar prolongar a posse do poder até o fim. Vão prolongar o nosso sacrifício por absoluta falta de bom senso e visão de futuro. Serão enterrados, sem a menor dignidade, pelos os que se fizeram partícipes da quadra mais negra da vida brasileira, pois, podem dizer o que quiserem, como disseram antes até mais contra, Sarney, Collor, Maluf, Renan, Cunha, Jucá e tantos outros, mas, a verdade é que, hoje, fazem um papel mais tosco e vergonhoso do que todos os que acusaram antes. Saíram da história como os vilões que venderam as esperanças de melhores dias e nos entregaram, ainda tentando nos enganar, a recessão, o desemprego, a inflação e a falta de perspectivas. Não terão as benesses mais do presente e no futuro serão vistos apenas como uma página negra da história do País que foi preciso virar para que se possa de novo retomar o desenvolvimento  e dias melhores.

(*) É professor da UNIR-Fundação Universidade Federal de Rondônia de Economia Internacional e Professor Doutor em Desenvolvimento Sustentável pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos-NAEA da Universidade Federal do Pará-UFPª.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSegunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Baixa taxa de desemprego: pleno emprego ou ilusão

Baixa taxa de desemprego: pleno emprego ou ilusão

A taxa de desemprego no Brasil manteve-se em 5,6% no trimestre encerrado em agosto de 2025, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí

Eu, um desconhecido em Porto Velho

Eu, um desconhecido em Porto Velho

Existe uma sensação peculiar que se instala com o passar dos anos e a vertiginosa mudança do mundo ao nosso redor: a de se tornar um estranho na ter

O Rei que nunca perdeu a coroa

O Rei que nunca perdeu a coroa

É impossível, e centenas de tentativas já provaram isso, desmerecer o notável e duradouro sucesso de Roberto Carlos. Ele reina absoluto na música br

Livro aprofunda os papéis-chave para o crescimento na carreira gerencial

Livro aprofunda os papéis-chave para o crescimento na carreira gerencial

A transição para a carreira gerencial é um desafio complexo que exige uma mudança significativa de mentalidade. Para auxiliar aqueles que percorrem

Gente de Opinião Segunda-feira, 27 de outubro de 2025 | Porto Velho (RO)