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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 23/03


POLÍTICA & MURUPI

 

Frase do dia

 

“Sugiro que o dinheiro dessa economia retorne não para o Governo, mas para os deputados, de maneira que os parlamentares possam levar benefícios para sua base política”.  Deputado Euclides Maciel e a nova versão da historinha do coelho esperto que cuida da horta de cenouras.

 

Pauta Política de 01 a 10

 

01-CIDADANIA – Urbanidade:

Está lá no Aurélio. Qualidade de urbano; civilidade e cortesia. Características imprescindíveis para quem vive numa cidade. Dar bom dia, ceder a vez no trânsito, elogiar em lugar de criticar, sorrir em vez de engrossar e reclamar com um sorriso. Visitar amigos, não ser agressivo no trânsito. Ouvir mais que falar, interessar-se pelo jovem e ajudá-lo a crescer. Amar e aprender com os mais velhos. Assim a vida fica mais fácil e num ambiente assim, a cidade se torna mais agradável. Urbanidade é conviver de forma educada. É fácil. Só depende de prática e o retorno é garantido.

 

02-Proposta indecente:

Vou rachar a canela: emenda parlamentar é usurpação de poder. Ao Executivo caberia executar o orçamento e ponto. Mas no Brasil das MPs, tudo é possível. Em Rondônia, a nova mesa da ALE disse que vai sobrar dinheiro do orçamento inchado por conta da corrupção. E aí? O deputado Euclides Maciel sugere um rachachá entre eles mesmos para uso nos seus feudos. O deputado sabe o significado mas faço questão de lembrar-lhe que coonestar é dar aparência de honestidade; fazer que pareça honesto, honrado, decente. Um proposta que não dignifica o autor.

 

03-Sem desculpas:

A Angevisa procedeu a vistoria em unidades de saúde, encontrou irregularidades e agiu dentro do que preceitua a lei. A solução por parte da Semusa seria sanar as irregularidades e dar ciência à população. As irregularidades não foram produzidas pela Angevisa e sim pela falta de cuidados dos agentes públicos das unidades vistoriadas. Portanto, a sabotagem está ausente do processo. A Angevisa tem fé pública e não se prestaria ao papel de mentir ou forjar provas. Para qualquer erro, o remédio é humildade em reconhecer, presteza em reparar e aceitação da crítica por mais dura que seja. Qualquer palavra no caso em pauta, soa como desculpa esfarrapada.

 

04-Uma pequena grande ação:

O presidente Neodi de Oliveira determinou que os advogados da ALE exerçam todo o rigor nos atos do legislativo. Toda medida administrativa terá o parecer jurídico, para garantir a legalidade do ato, fora a certeza da prestação do serviço pelo advogado pago pela Casa. A medida é boa. A co-responsabilidade nos atos já é um avanço mas, a figura do “controle interno” deve ter sua independência reforçada, para agir “a priori”, com o TCE. De nada vale a intenção se não houver controle. Grandes gestões não são marcadas por grandes ações e sim por rígidos controles. Sem eles, é só boa intenção. O inferno é cheio de bem intencionados.

 

05-Quem quer dinheiro?

Todo mundo sabe que para ser eleito presidente da Câmara dos Deputados Arlindo Chinaglia fez acordos de todo tipo. Chegou a hora de pagar e a estratégia é uma pergunta direta: Quanto vocês querem ganhar? Resolvida a pendenga, Chinaglia vai ao outro lado da rua. "Nunca conversei com os ministros, mas se compararmos os salários do Executivo com os dos parlamentares e dos judiciários, acho que o presidente ganha pouco", disse o benfazejo. E não adianta espernear. O trator formado pela base governista vai aplicar o golpe e todos nós seremos roubados democraticamente e de forma legal.

 

06-Trocar de partido é traição:

Por falar em trator do governo, o monstrengo foi criado ao arrepio da vontade do povo. Em cada eleição, por um confuso sistema de votação proporcional separam-se a ala governista e a de oposição. Isso dura pouco tempo. Finda a eleição o experto parlamentar de oposição troca de partido rumo ao poder central que detem a grana. Cargos, dinheiro, favores, são as ferramentas do aliciamento e por aí nasce o trator. Você não o vê, mas vê o estrago que ele faz. E o estrago maior é a morte da esperança, representada pelo voto num candidato que se tornou um banana sem coragem para ser oposição.

 

07-A última do trator:

Ontem o trator fez um strike. Obstruiu e interrompeu a sessão plenária da Câmara, fazendo abrir a sessão da CCJ. A manobra sepultou instalação da CPI do apagão aéreo. Nada de investigar as causas dos problemas ocorridos desde o ano passado. O trator construiu uma barragem, mas a insatisfação da sociedade e a marcação da imprensa devem derrubá-la. A CPI é um instrumento legislativo de fiscalização que deve ser utilizado e incentivado. Mesmo que seus resultados não tenham força para por os ladrões na cadeia, só a sua simples existência inibe a roubalheira desenfreada.

  

08-O novo apagão:

O controle de tráfego aéreo do Brasil poderia ser chamado de vagalume. Ontem depois de uma nova piscada, Lula resolveu trocar o chefe. Sai Valdir Pires, o zen. Foi aí que comecei a perceber que não vai dar certo. Para o lugar de Valdir Pires, o ministro da Defesa que vivia tomando bola nas costas, entra um outro que é especialista na mesma coisa. Aldo Rebelo é lembrado por ter sido traído, ter levado uma bola nas costas e por não ter negociado uma saída para a candidatura que naufragava. Pois é: Para apagar o apagão, entra um apagado. Sem chance de dar certo.

 

09-Vida de pobre é um choque:

O Ministério da Previdência adverte: o déficit de arrecadação registrado em janeiro foi 11% maior que o do mesmo período de 2006. Para minorar o problema, o governo acena com uma mudança de cálculo que reduziria o rombo em R$ 2 bilhões. Essa advertência poderia ser colocada nos contracheques dos aposentados, da mesma forma que são postos nos maços de cigarros. Todos sabem que é perigoso, errado, mas é difícil largar. Para quem está começando a vida corra do INSS. Pague só o obrigatório e faça um plano de previdência privada. É mais caro mas é melhor.

 

10-A farra é grande:

Auditoria do Tribunal de Contas da União concluiu que, de 2003 a outubro de 2006, o Ministério das Cidades liberou sem análise técnica as obras feitas a partir de emendas parlamentares, relata Marta Salomon. O valor das obras soma R$ 2,4 bilhões, ou 90% dos contratos assinados no período. Que farra hein...Nada como gastar dinheiro público em obra pública e fazer a prestação de conta pública. Vai tudo pra privada.

 

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