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Gente de Opinião

Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 13/03/09


 

 

Frase do dia:

"Prestarei todos os esclarecimentos necessários. Inclusive sobre a participação das pessoas do cenário nacional. O Brasil saberá o nome de cada pessoa envolvida".– Protógenes Queiroz, o grampeador-mor da República doido para voltar à CPI dos Grampos.

 

 

01 – Caindo

POLÍTICA & MURUPI 13/03/09 - Gente de OpiniãoA passarela cai, o edifício cai não cai, a licença caiu mas, a obra não; o veto caiu pela mão dos vereadores governistas, o frigorífico não caiu e nem a licença; o contrato de publicidade não caiu no gosto dos deputados que, caíram de pau no publicitário; o matador do Olavo Pires caiu sem “dar o serviço”; a taxa de juros caiu e a “tchurma” caiu de pau pois não caiu o que queriam. Um secretário caiu mas se arrumou e outro escorregou na grama sem cair. A chuva continua caindo e fazendo buracos. Para a Sesdec a violência caiu mas, ninguém viu. Tem político que continua cai não cai. E com tanto cai-cai, o teto do shopping caiu junto com as vendas que já vinham caindo levando na queda a arrecadação, o FPE e o FPM e dando a impressão que o mês de agosto caiu no mês de março. Vixi...Melhor cair fora!  

 

    

02 – Tucanos na alça de mira

A pressão é tão grande, dentro e fora, que o ninho de tucanos em Rondônia corre o risco de não agüentar e se espatifar de uma vez. O “bruxo” Carlos Sperança diz que a nominata virá de cima empurrada goela abaixo, sob o comando do Cahula e com as bênçãos do Cassol. Para os adesistas tucanos a reza que vale é “venha a nós o vosso reino e seja feita a vossa vontade”. Para os tucanos com o pé no breque só vale o “livrai-nos do mal amém”. Se tudo ocorrer como esperado, será a grande jogada política do ano e o coroamento da estratégia traçada por Cassol. Se não ocorrer, Cassol ainda terá o PPS – de onde nunca saiu – para levar à frente o seu projeto. PPS DEM e PSDB estão fechados em torno de um só candidato e nas eleições a coligação substitui o partido. E Cassol é um nome que independe de siglas.    

 

 

03 – Nem “tchuns”

A Sedam mirou em Jirau, apertou o gatilho, ouviu-se o estampido mas, o tiro passou longe. Assustou e foi isso o que aconteceu. A repercussão da licença cassada foi prato cheio para a imprensa mas, havia o caso de outra licença e aí, o tiro que tinha endereço certo atingiu a fachada do frigorífico. Ilações feitas, foi a vez da Sedam chamar a imprensa para explicar que uma coisa nada tinha a ver com a outra. E mais, a cassação da licença não tinha e não tem o poder de paralisar a obra mas, acabou jogando luzes sobre a história do frigorífico. Aí ficaram todos no aguardo: a Enersus vai falar sobre o assunto? A resposta é óbvia: Falar o que? Talvez algo como, “feliz natal e um próspero ano novo”. Falar é prata. Calar é ouro.

 

 

04 – As contas do Sobrinho

A tendência é que o TRE use tinta preta no julgamento da prestação de contas do prefeito Roberto Sobrinho. Da decisão que ainda não saiu – houve pedido de vistas e o julgamento foi adiado – cabem recursos e, há num caso ocorrido lá no Nordeste uma decisão favorável da justiça. Trocando em miúdos, a coisa só agora começou a andar e pelo andar da carroça, vai longe. No pior dos mundos – sentença tinta aqui e confirmada no TSE – Roberto estaria ilegal junto à justiça eleitoral até o fim do seu mandato, o que o impediria de candidatar-se a cargos eletivos no período. Para o PT é uma clara tentativa de forçar um terceiro turno. Não creio. A coisa é mais assim... burocrática, mesmo que haja – e há – um componente político.   

 

 

05 – Um passo atrás...Avante!

POLÍTICA & MURUPI 13/03/09 - Gente de OpiniãoO bispo católico que teria excomungado médico, família, equipe, enfim quem participou do aborto que gerou tanta polêmica, recebeu um refresco da CNBB. “Na verdade, o arcebispo não excomungou ninguém. Ele anunciou que este tipo de ato traz consigo tal possibilidade e fez isso movido por sua sensibilidade. Às vezes a pena da excomunhão é colocada para chamar a atenção não só da pessoa, mas da comunidade eclesial da gravidade do ato”, disse o presidente da CNBB, Dom Geraldo e mais, que a “excomunhão” não é condenação eterna. A intenção é chamar a atenção para um fato e reclamou que, diante da excomunhão, a gravidade do crime contra a menina acabou sendo esquecida. Mas não esqueceram Dom Geraldo. O mesmo bispo disse depois, que o estuprador não sofreria a excomunhão. Éraste!

 

 

06 – Um passo à frente...Avante!

O velho Código Penal pretende fazer uma plástica. A CCJ do Senado aprovou um projeto de lei que diminui a lista das pessoas que têm direito a prisão especial e que só as autoridades, como deputados, senadores, prefeitos e ministros, membros das Forças Armadas, do MP, da Defensoria Pública, magistrados, delegados, integrantes dos tribunais de Contas e cidadãos que tiverem exercido função de jurado em julgamentos terão direto às regalias da prisão especial. O projeto é um substitutivo do Senador Demóstenes Torres, ao enviado pelo Executivo e inclui outras medidas como a ampliação dos valores de fianças, principalmente para os que cometerem crimes de colarinho branco – o juiz poderá fixar fiança de até R$ 93 milhões – bem como o monitoramento eletrônico. A porteira parece que se abriu. Agora vai.

 

 

07 – Espionagem ou fuxicaria?

Dois deputados da CPI dos Grampos, Raul Jungmann e Gustavo Fruet estão com a pedreira de rever 11 volumes, com 200 páginas cada, além de CDs, fitas de vídeo e áudio, da lavra  do ínclito Protógenes. "O volume de informações é tão grande que eu considero impossível, mesmo com a equipe trabalhando intensamente, analisar tudo. É preciso ter cautela", disse Fruet. "Tem muita mentira. Todos mentiram quando vieram na CPI. É mentira generalizada. A gente fica espantado de ver quanta informação. Não havia foco. Mas há material suficiente para gerar muita confusão. É nitroglicerina total", disse Jungmann. E tem gente que reclama da imprensa. A Veja trouxe a público apenas parte desse submundo tenebroso. E tem mais.

 

 

08 – Teles: mito e verdade

A Justiça Federal absolveu os integrantes do alto escalão do governo FHC da acusação de terem privilegiado o Banco Opportunity e outras empresas durante o leilão de venda da Telebrás, em julho de 1998. A decisão foi tomada pelo juiz titular da 17 Vara Federal de Brasília, dez anos depois do início da tramitação do processo.  A conclusão é que eles não atuaram para interferir na concorrência de modo a favorecer alguns participantes do leilão e sim o contrário: eles teriam é viabilizado o certame. A decisão foi embasada em parecer do TCU. O tempo passa, o tempo voa, e ainda permanecem alguns mitos como o caso da Vale, vendida segundo mito ou verdade por uma ninharia. Assim como as teles, um dia talvez se saiba com certeza o que existe de mito e/ou de verdade. Mas o discurso continua: Fora FHC

 

 

09 – FeBeACon

Com tanta coisa grande por fazer e o Congresso se apequena. A Mesa Diretora da Câmara adiou discussões sobre a proposta indecente de incorporar parte da verba indenizatória aos salários dos parlamentares e que elevaria o salário dos nababos dos atuais R$ 16,5 mil para R$ 24,5 mil. A conta é esquisita. A incorporação de R$ 8 mil dos R$ 15 mil da verba traria uma economia – segundo Rafael Guerra, primeiro secretário – de de R$ 100 milhões aos cofres públicos. Guerra esquece o efeito cascata do reajuste dos parlamentares federais nos Legislativos estaduais e municipais. Ou seja, para economizar no banquete, querem cortar o palito e turbinar champanhe, caviar, uísque e escargot. Escargot? Pois No final é só isso aí que pinta no Clube Social Recreativo e Beneficente Congresso Nacional. Cada dia piorzin... 

 

 

10 – Fernanda e as escrituras

Avessa à liturgia do cargo, Fernanda Kopanakis, a titular da Semur, ficou no seu canto, feliz e com a consciência do dever cumprido. Com as escrituras entregues hoje, o número chega a 14.140 imóveis regularizados na capital. É o maior programa de regularização fundiária do país. E os humildes, como D. Tertulina que recebeu sua escritura das mãos do próprio Lula, sabem o valor que isso tem.  E Fernanda fez mais que o dever. Na campanha eleitoral levou um tranco ao ser acusada de forjar escrituras e continuou ao lado do chefe, sem abrir o bico, mesmo com a tentativa de desqualificação do seu trabalho como servidora e advogada. Hoje os detratores não estavam na festa e Fernanda curtiu a seu jeito a vitória. Quando lhe perguntei “e agora”?, a resposta foi apenas um simples: “o trabalho e a luta continuam”. É tocar em frente pois ainda há muito a fazer. Parabéns e bom trabalho Fernanda.


Léo Ladeia / www.gentedeopiniao.com.br

leoladeia@hotmail.com

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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