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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 12/07


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

"O clima no Senado está tão pesado que os senadores estão mais felizes aqui". Comentário de Ciro Gomes durante a sessão do Congresso

Pauta política de 01 a 10

 

01-Trabalho bem feito:

Foco no relevante, união de forças e criatividade foram os ingredientes para retornar a obra da BR-364, paralisada por suspeita de superfaturamento. Na linha de frente o deputado Lindomar Garçon apoiado pelo senador Expedito Jr. traçaram o retorno das obras como foco e trouxeram aqui a Rondônia os técnicos do TCU para uma audiência. O esforço ao que parece certo e, o TCU pegou o processo, analisou em tempo recorde e a obra deve voltar agora a todo vapor. O tipo do trabalho que se espera da nossa bancada federal. É assim que funciona: foco, contato e pressão. Mais pressão

 

02-Fim de uma pendenga burra:

O deputado José Amauri dos Santos, do PMDB, pediu o arquivamento da CPI contra o Sintero. Amauri, presidente da CPI, consultou um jurista e...bingo! A CPI é inconstitucional. Mas não é da sua competência arquivar a CPI. Depende da justiça, da CPI ou do plenário. A ALE não pode extrapolar sua competência sob pena de aumentar seu descrédito junto à opinião pública. "Por isso me convenci de que é preciso acabar, o quanto antes, com esta CPI  "porque senão, daqui a pouco, a ALE de Rondônia vai querer investigar o Conselho Regional de Medicina, a Associação dos Magistrados de Rondônia ou a Associação dos Servidores do Ministério Público". Se der certo Alexandre Brito e Miguel Sena vão ter que arranjar uma outra. Posso sugerir?

 

03-Uma CPI na educação:

Depois da ré engatada na CPI do Sintero, a ALE tem um bom motivo para propor uma CPI para investigar as razões do monumental insucesso sobre o ensino de Rondônia. A sugestão não tem caráter revanchista. É que a partir do volume de dinheiro que o governo apregoa ter sido gasto com a educação, o resultado foi pífio. O fato determinado é investigar o uso das verbas de educação, já que escolas precisam de reforma, os salários estão defasados e pipocam denúncias sobre malversação de dinheiro. E aí alguém se habilita? Quem não deve não teme. É função dos deputados a fiscalização do Executivo e a minoria tem o direito de propor CPIs. 

 

04-Outra CPI na saúde:

Outra sugestão com fato determinado. Prorrogação do contrato para alimentação do Cemetron e HB. A renovação foi por um ano e valor, R$ 3.3 milhões, mas a Rondo Service está sendo processada e a Justiça viu indícios de superfaturamento de preços. Isso é como tirar comida da boca de quem está internado no hospital, para dar dinheiro a quem tem saúde e esperteza para fraudar um processo. Mais: o MP quer saber como a empresa obtém certidões para manter contratos e receber créditos. Algum deputado tem peito para encarar? Mãos à obra. Vou repetir: É função dos deputados a fiscalização do Executivo e a minoria tem o direito de propor CPIs.

 

05-A gosto de Deus:

Á sessão de ontem para votação da reforma política foi cancelada e agora, a mãe de todas as reformas ficou para o início de agosto. O tema foi fatiado em três partes: financiamento público para campanhas majoritárias para prefeitos, governadores, senadores e presidente, fim das coligações nas eleições proporcionais de deputados e vereadores e a fidelidade partidária. Deputados ainda tentaram inverter a pauta, mas o assunto de ontem era a LDO. Um arremedo de reforma é o que está vindo por aí, se muito, pois as eleições municipais já ganharam as ruas.

 

06-LDO e os bastidores da crise:

Sem Renan no comando da sessão do Congresso, a votação da LDO foi tranqüila, mas, claro com alfinetadas disparadas contra o ausente. Foi nos bastidores porém, que o papo rolou solto entre congressistas. Uma enquête feita com 59 senadores pelo jornal O Globo mostra a dimensão o grau de insatisfação deles com Renan Calheiros à frente do Senado: 37 dos 59 senadores que participaram da enquete disseram que sua permanência atrapalha o Congresso. Ontem o Planalto pediu a Renan que não presidisse a sessão. Até Lula já se envolveu no rolo.

 

07-Gim Argello subiu no telhado:

"Cabe à maioria dos membros da Casa Legislativa decidir se o parlamentar acusado de quebra de decoro parlamentar praticou ato que o torne indigno de conviver com os seus pares, em razão de seu comportamento extravasar os limites de sua pessoa para respingar na instituição que integra", diz um parecer da Consultoria Legislativa do Senado pedido pelo PSol. Na prática, Gim, suplente do ex-senador Roriz, poderá ser processado. Como o Senado se transformou numa casa de caba, é quase certo que Gim nem seja empossado Coitado do Gim. Não terá dentista de graça para o resto da vida. Mas, no seu caso nem terá razões para sorrir. Com sorrisos ou lágrimas, é menos um.

 

08-Sujando as mãos:

Ao responder ao senador Artur Virgílio, Renan Calheiros disse que sé alguém quisesse tirá-lo da cadeira de presidente, teria que "sujar as mãos". A frase ficou batucando em minha cabeça e fui procurar o Zé de Nana, que é do ramo, pois vive com as mãos sujas devido aos bicos que faz. Nem precisei fazer a pergunta. Estendi a mão para cumprimentar e Zé de Nana se negou: "Desculpe Léo. Tô com a mão suja, pois acabei de limpar uma fossa". Paguei uma pinga pro Zé e saí com a resposta. Os senadores vão ter que usar luvas se quiserem tirar o Renan.

 

09-República de São Francisco:

Ministros das áreas política e econômica do governo tentam conter o início de rebelião na base aliada e garantir a aprovação da prorrogação da CPMF em agosto, tão logo o Congresso volte de seu recesso. Na presença de alguns líderes, o ministro Mares Guia disse ter em mãos listas prontas para a distribuição de cargos do segundo escalão em pelo menos 12 Estados. As nomeações sairão o quanto antes. Ao ministro Paulo Bernardo coube informar que liberou há 20 dias, as emendas parlamentares reivindicadas pela base. Maquiavel já ensinava fazer o bem aos poucos. A turma segue a cartilha: É dando que se recebe. E la nave vá!

 

10-Barraco no Senado:

Com um barraco por dia, vai ser preciso fazer "um puxado" no Senado sem câmeras. Corria a Reunião da comissão do Conselho de Ética e Almeida Lima não foi, sob a alegação de que a reunião era ilegal mas, rápido foi ao plenário e denunciou aos berros que não seria pautado por ninguém e pedindo que a reunião fosse suspensa. Casagrande e Marisa chegaram ao plenário a tempo de ouvir parte do discurso e o tempo fechou. Marisa pegou pesado: "Não vamos nos prestar a nenhum papel que não seja a celeridade" e Almeida entregou o ouro: "Por que o Conselho não trata com a mesma velocidade outros processos, contra outros senadores?"

 

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