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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 09/09


POLÍTICA & MURUPI

 

FRASE DO DIA

“Por que eu sentiria falta? Ele não veio porque não quis."  – Ministro Tarso Genro sobre Renan Calheiros que não foi à parada do Sete de Setembro

 

Pauta política de 01 a 10

 

01-O pau que está dando no Chico:

Não adianta chorar o leite derramado. Esquecem os que reclamam da indicação de Chico Paraíba que ele é um legítimo representante do povo, eleito e senhor das prerrogativas que o mandato popular lhe confere. No sistema político não há “recall”. Os erros, e são muitos, devem ser reparados nas urnas. Voltemos no tempo. Há um ano pesavam sobre Chico Paraíba e outros, uma série de acusações. Mas, com tudo isso, foi reeleito. A hora de retirá-lo da vida pública era aquela. Depois de eleitos, os deputados são iguais. Não há deputado de primeira ou segunda classe. O erro afinal é de quem postula, ou de quem elege?

 

02-O pau que acerta os “Franciscos”:

O caso Chico Paraíba é motivo de reflexão para os que acham que política se resume na coisa bissexta de colocar um voto na urna. Mas serve como aprendizado. Para quem vende o voto, qualquer reclamação é improcedente, pois o negócio foi feito e o voto, pago. Para quem vota por indicação, a reclamação de ser feita a quem indicou. Antes de votar é preciso conhecer o candidato, sua vida e propostas. Depois de votar é preciso acompanhar a vida dos eleitos, independente do destino do seu voto. A propósito, qual o cargo mais importante, deputado ou conselheiro? E você, votaria no Chico para Conselheiro do TC? Pois é.

 

03-Meia volta, volver:

Como diz o Zé de Nana, “a coisa fedeu carbureto”. Cutucada pelo deputado Wilber da Astir, a PM de Rondônia se pronunciou em nota à imprensa e em 21 tópicos, demonstra toda a indignação e decepção com os discursos proferidos pelo deputado. Técnica, a nota rebate as acusações e política, rechaça os ataques à honra de oficiais e a cisão da tropa, feitos sob o manto da imunidade parlamentar, mas, abre o canal de entendimento pela reafirmação de respeito ao seu filiado. Castro Alves expõe numa frase o que pode se esconder sobre a fato: "Não cora o sabre de ombrear com o livro, nem cora o livro de chamá-lo irmão".

 

04-Enquadrada geral:

Nem tudo é tão ruim que não possa ser piorado ou além da queda o coice. Como esperado, a Associação de Oficiais da PM divulgou nota emprestando solidariedade à Cel. Angelina Ramirez, Comandante da PM, evidenciando a harmonia e respeito que deve existir entre os diversos segmentos que compõem a corporação e concitando os dois deputados estaduais originários das suas fileiras a união em prol do engrandecimento. A nota não faz referência aos discursos proferidos e até pelo contrário os minimiza. Acho que o caminho é por aí.

 

05-Meninos, eu vi:

De carona com Chico Lemos e Carlos Sperança, fui a São Carlos de carro. A reportagem do Diário da Amazônia está sendo preparada pelo “bruxo”, com todo cuidado como se prepara uma peixada à beira do rio. Segunda feira deve estar nas bancas, mostrando o gol de placa do Cassol. Um gol de placa do Carlão Sperança que consegue ver e falar de política no meio da mata. Meninos, eu vi. E vi mais: Vi a alegria de moradores, o aumento de visitantes e do comércio, a seca do Madeira, a paisagem exuberante e, já em casa, a chuva que caiu. E aí foi banho de bica.

 

06-Força máxima provinciana:

Leio estupefato que até a PF está sendo acionada para combate ao furto de energia. Ao que parece, autoridades estariam fazendo “gato” e...bingo! Além do furto, a coisa passa pela crença de que autoridades não podem ser tratadas como pessoas comuns. Só a PF pode atuar contra os “cabeças gordas”. Se a moda pega, hora dessas o Exército, Marinha e FAB podem ser chamados para separar um rapapé caseiro que envolva, por exemplo, a esposa e a autoridade. E se o caso for sério chegando ao divórcio, o STF entra na parada. Éraste!

 

08-Missa de sétimo dia:

Paulo Queiroz em sua Coluna – Três Tempos -, revela facetas do saudoso Hugo Mota e uma Nota da Família, revela o horror dos que perderam seu dileto filho-pai. Junte-se às duas a missa de sétimo dia e o sentimento de todos que estupefactos viram os acontecimentos da semana como desdobramento de uma morte no momento em que a dor e o choro eram as únicas realidades da família e amigos. A morte, reveladora de amigos, é também reveladora de canalhas. Hugo perdeu a vida enquanto alguns ganharam a morte pública ainda em vida.

 

07-Morte e letra morta:

Mais uma morte dentro do sistema prisional. Mais uma nota, mais uma entrevista, mais uma constatação de que aquilo é apenas um depósito de presos apinhado de gente a mercê dos seus instintos e suas habilidades para sobreviver, onde ressocializar é apenas um verbo conjugado nos autos dos processos e mudança apenas o ato de trocar presos de uma cela para outra. Até quando? Até sempre, creio. A cada morte, se percebe que o artigo 144 da constituição é rasgado diariamente nos presídios – versão atual dos velhos asilos de loucos.

 

09-Oxigênio para o gasoduto:

Durante audiência pública na Comissão de Infra-Estrutura do Senado, à época, ministra das Minas e Energia, Dilma Rousseff, disse que  o gasoduto de Urucu a Porto Velho é prioridade absoluta para resolver definitivamente a escassez de energia elétrica no Norte. Para a ministra, questões ambientais não podem servir de empecilhos para uma obra com a dimensão social que é o gasoduto, além de ser uma fonte de energia barata, limpa, abundante e nacional. Isso foi em abril de 2003. O que será que mudou de lá pra cá?

 

10-Para não esquecer do Renan:

Para consumo público, o ministro da Justiça, Tarso Genro, garante que o governo não estaria fazendo qualquer tipo de articulação. O presidente Lula já disse que o caso deve se restringir ao Congresso, reiterando uma posição de neutralidade. Nos bastidores porém, o governo estaria negociando uma licença do Renan, depois da votação de seu processo de cassação. A intenção seria evitar mais desgastes na Casa, já que pairam também contra ele suspeitas de ter utilizado laranjas na compra de empresas de comunicação em Alagoas e da transação com a Schincariol. Opinião do Zé de Nana: “Me engana que eu gosto”

 

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