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Leo Ladeia

POLÍTICA & MURUPI 04/11/10


 

 "Talvez seja mais uma obra de Lula. Na sua onipresença, cuidou de organizar ambas as campanhas, a dele e a dos adversários."  – Alon Feuerwerker


 

POLÍTICA & MURUPI 04/11/10 - Gente de Opinião

01-Novos tempos, novos rumos

Claro que tudo ainda está por vir entretanto, o ruído diminuiu e idéias começam a aparecer. A paralisação das obras tocadas pelo governo do estado como o esgotamento sanitário, CPA, água tratada, segundo informa o Decom, já foram reiniciadas. Sobre as pontes do Rio Madeira, o Dnit destravou a pauta depois da visita do Ministro dos Transportes e acho que agora vai. Ou não, diria Caê. Do lado do governador eleito uma notícia sobre planejamento: antes de passar o chapéu é preciso preparar projetos. Outra boa notícia é o pronto socorro para a Zona Leste, mas não da noite para o dia. Eita nós! Ou seriam “Baitas nós”?  

02-Encantamento

Gostaria de já ter-me encantado mas, ainda falta muito para esse aprendiz de São Tomé. Entretanto, do pouco que ouvi da presidente eleita, Dilma Roussef, fiquei feliz quando ela fez uma profissão de fé na imprensa livre. E, apesar da fala entre técnica e embolada, a comunicação é superior à do seu guru. Dilma diz que pau é pau e pedra é pedra. Para quem gosta do jeito bonachão de Lula é bom se acostumar com a presidente eleita: Dilma é precisa e navega sem os rodeios dispensáveis ou metáforas futebolísticas de gosto duvidoso. Cintura? O tempo resolve. Mas olhaí “Seu Menino”: ainda não me encantei com a Dona.

03-Milagres de Santo Antonio

O Zé Calos Sá já havia “pipirado” o assunto e agora é oficial. A Santo Antonio Energia fará mais um milagre “ressuscitando” as ruínas do Hospital, Cemitério da Candelária, Oficina, entorno da Igreja Santo Antônio além de projetos para construção e implantação de um Centro de Memória dos Povos Indígenas e outro com a Memória dos Trabalhadores Vitimados pela Construção da EFMM. O milagre – dos grandes - é parte do Programa de Revitalização do Patrimônio da EFMM, uma das condicionantes do Projeto Básico Ambiental da usina de Santo Antônio, com entrega para março 2011. Uma vela pro santo milagreiro! 

04-Eleição na Unir

Às vezes um pequeno ato nos proporciona uma grande satisfação. Pelo Via Sat promovemos o encontro entre candidatos a reitor da Unir. A repercussão foi maior que a esperada e a eleição normalmente circunscrita ao ambiente da Unir ganhou as ruas. Uma excelente oportunidade para o público conhecer as entranhas da nossa maior universidade e para os candidatos amplificarem suas idéias. O espaço foi aberto e espero que a Unir volte a utilizá-lo no dia a dia. Fechar-se em copas dá margem a ilações de todo tipo. Transparência gente!   

05-O vice subiu no telhado

“A intenção é essa mesma, é para enfraquecer o vice e para ter sempre um presidente eleito”. Quem disse tudo isso aí foi o Demostenes Torres, relator da PEC que não permite mais ao vice-presidente suceder o presidente em caso de vacância de cargo. O vice seria apenas o substituto temporário do titular. Na impossibilidade da volta do presidente, seriam convocadas novas eleições. O projeto precisa ser votado ainda duas vezes no plenário do Senado antes de ir para a Câmara. Cá pra nós, não seria melhor matar – no sentido de extinguir o cargo – todos os vices e de lambuja acabar com suplentes de qualquer cargo?

06-Pensando bem...

Na linha do Demóstenes Torres – eu gosto de ver o circo pegar fogo – extinguir o sistema bicameral e de lambuja reduzir o número de deputados para algo em torno de 260 – 10 para cada estado – e mais, transformar o Distrito Federal em município? E que tal limitar o número de ministérios a 18 e vedar a criação de novos, ainda que especiais ou secretarias? E que tal proibir que alguém com mandato legislativo assuma cargos no Executivo em quaisquer as esferas? Já pensou a bagaça que iria dar e a redução de custos que o país obteria? Aliás... 

07-Pensando mais ainda...

Tico e Teco estão infernais hoje! Que tal criar cursos específicos para prefeitos, deputados e governadores determinando que a média para aprovação seja 8? Que tal exigir que todo ministro e secretário tenha curso de nível  superior com experiência comprovada dentro do ministério ou secretária que vai dirigir? Que tal limitar cargos comissionados no governo federal em 3 mil, nos estados em 300 e nos municípios em 30? E que tal eliminar o salário de vereador? Que tal não exigir filiação partidária a candidato a qualquer cargo eletivo? É demais...

08-Só mais um pouquinho disso...

Que surto véio! E que tal acabar com o instituto da reeleição e mais, vedar que alguém deixe o cargo para o qual foi eleito para se candidatar a outro, qualquer que seja? E que tal obrigar que os orçamentos da União, Estados e Municípios sejam impositivos e que só possam sofrer alterações por aprovação de 2/3 dos parlamentares reunidos com esse único fim? E que tal acabar com as MPS? E que tal submeter qualquer PEC ao crivo do STF para, em sendo aprovada, ir ao plenário do Congresso para votação, em reunião específica para esse fim?  

09-Novos tempos, novos rumos, pero no mucho

Fui checar “in loco” e... esgotamento sanitário e água tratada ainda estão meio que em compasso de espera com previsão de desfecho amanhã. Como diria D. Dilma na campanha, “se Deus quiser”. Quanto às obras do Teatro e do CPA, o que vi – mesmo não sendo engenheiro – me deixou cabreiro. Não devem ficar prontas este ano, mas nem que a vaca tussa ou a búfala espirre. Sobre pontes, o Dnit deve passar informações mais concretas por esses dias, principalmente sobre a ponte de Abunã. Tradução: entre rosa e preto a coisa está meio cinza.         

10-O custo do voto

Aos poucos vão surgindo os verdadeiros absurdos em termos de financiamento de campanha. Para cálculo da média nacional o TSE faz uma conta que são os custos da eleição pela viúva. A outra conta é aquela apresentada com oficial por partidos, coligações, candidatos, comitês, etc., que todo mundo está careca de saber que não é real. Como perguntar não gera cláusula de inelegibilidade, lá vai: será que a justiça não vê nisso aí a maior distorção que ocorre no pleito eleitoral? Como um partido pequeno com candidatos pobres pode disputar com ricos às vezes, no poder, com doadores ávidos para “contribuir”? É osso barão!     
 

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Fonte: Léo Ladeia - [email protected] 
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