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Leo Ladeia

O problema não é ECA ou limite de idade, mas a reconhecida má gestão pública


Frase:

Deste governo há pouco a esperar, mesmo quando, movido pelas circunstâncias, tenta corrigir os rumos. Tanto quanto popularidade, falta-lhe credibilidade”. – FHC em artigo chutando cachorro morto


 


1-Eca I

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Com a participação do Dr. Marcelo Tramontini, Dr. Juracy Loura Junior, Alexandre Porto e Everton Leoni, além de Sergio Mello, Beni Andrade e Sergio Pires, os dinossauros debateram a redução da maioridade penal, na rádio Parecis FM. Clique AQUI e ouça o debate domocrático dos dinos.

A discussão sobre a redução da maioridade penal chegou à CCJ e entre choro e ranger de dentes, passou. O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA é quase perfeito como instrumento legal. É aplaudido, é um avanço, porém o estado não o cumpre e creiam, não por moto próprio. É que faltam os meios – educação, saúde, ressocialização e emprego – para ganhar o jovem infrator. Sem meios e fins, restam as prisões. Aí o  crime organizado vai buscar no estado desorganizado, a mão de obra de jovens e com um qualificador: a baixa imputabilidade. O problema não é ECA ou limite de idade, mas a reconhecida má gestão pública.

O problema não é ECA ou limite de idade, mas a reconhecida má gestão pública - Gente de Opinião

 2-Eca II

Para quem gosta, há mais pontos para debater. O estado tutor, esse gigante gordo e mal dirigido meteu os pés pelas mãos e o que se vê é rolo de cobra. Na escola: entender, ainda que escrevendo ou falando errado, pode? Na segurança: deter o menor usuário com pouca quantidade de drogas pode ou o dano causado com a detenção é maior para a sua vida futura? Na casa do cidadão: palmada pode, mas e se os pais forem denunciados? Apenas exemplos. Junte-se a tudo isso a cultura difusa da dívida social que se instalou no país e veja como a letra fria do Estatuto se dissociou da realidade do “dimenor” no país.  

O problema não é ECA ou limite de idade, mas a reconhecida má gestão pública - Gente de Opinião

3-Eca III

“Lugar de bandido é na cadeia e quem mata com qualquer idade é assassino”. “Reduzir maioridade não reduz criminalidade.” Os dois argumentos trazem verdades, mas da forma apaixonada como estão sendo postos, pouco ajudam no debate em razão dessa passionalidade. Da mesma forma como discutimos o uso de células-tronco, divórcio, união homoafetiva, código ambiental, podemos e devemos debater a questão dos menores em situação de risco, sem empacarmos na idade para punição. O debate deve priorizar as soluções para questões de crianças e adolescentes, infratores ou não. O resto é periferia sem trocadilho.



 

4-Banzeiros: dá gosto ler

O problema não é ECA ou limite de idade, mas a reconhecida má gestão pública - Gente de OpiniãoMeio afastado dos teréns em função das suas múltiplas atividades, o amigo Zé Carlos “Banzeiros” Sá não perdeu o jeito ou, pondo reparo, calibrou a mira, reduziu drasticamente a paciência que, aliás, nunca foi mesmo o seu forte e assim, mais amiúde, passou a distribuir o melhor do seu mau humor via Banzeiros. Zé está solto, focado, ferraduras brilhantes e limadas e expondo no texto, a sua “impressão digital”. A ira cidadã pula do blog, seja “dedando” a feirinha, o MP, a pizza ou outros grozópis. Tá bom de ler o Sêo Zé.

5-Em busca do elo perdido

“O copo está transbordando. Não dá mais para disfarçar. Os modelos da velha política e da economia se esgotam. Estão saturados. O povo quer ver propostas concretas, viáveis, simples. A população dispõe de entidades que a representam em diversos foros, algumas delas com atuação política tão densa quanto o Congresso.” Daqui em diante vá você e o mestre Gaudêncio Torquato. A leitura é leve e em drops.

6-Descontinuidade

Quem não se lembra de programas como Fome Zero, PAC, ou promessas de portos, ferrovias, aeroportos, pré-sal, reformas, combate à inflação, UPPs, UPAs, coisas tais. Abstendo-me das opções partidárias ou de comentários sobre a corrupção, você já parou para pensar que          tudo isso vai de forma sistemática e sem prévio aviso sendo descontinuada? A queda do avião ou o incêndio em Santos não podem ou não devem nos fazer esquecer que o Brasil parece um navio à deriva. Ocorre que tais programas e projetos custeados com nosso rico dinheirinho, não são cargas mortas que se jogam ao mar nas tempestades. Que treva!!!

7-Falando em cargas ao mar...

Com a Petrobrás sangrando e sem ver um horizonte estável, outras empresas internacionais ancoradas em operações com a brasileira, estão sentindo o baque e sem solução a médio prazo. A portuguesa Galp, a espanhola Repsol, a italiana Saipem e a britânica BG Group, além da Siem Offshore e a Halliburton estão na prancha do navio pirata com olhos vendados para o mergulho suicida e sem equipamento. Nem vou lis não listar as grandes empreiteiras nacionais e os peixinhos da indústria brasileira. Sabe aquela hora em que tudo dá errado? É agora. E pior: sem BNDES, sem governo, sem propina e com o Dr. Moro na cola.  

 

8-Mas o processo continua

Não recebi qualquer pedido do palácio para uma trégua no noticiário sobre águas turvas do governo, mas creio que tenha havido e que tenham concedido, haja vista a propaganda sobre feitos notáveis, indeléveis e coisa e lousa de um lado e o silêncio obsequioso de outro. Nada dessemelhante do que sempre há: “não sou eu quem me navega, quem me navega é o mar” ensina Paulinho da Viola. Contudo prazos e recursos dentre outros que tais, correm tirando o sossego de uns, grana de todos e cabelos de quem ainda os tem.

9-Sem leite, sem chupeta...

A crise do segundo mandato da presidente Dilma provocou um “derretimento da base social” do governo, avalia um cacique depois de tragos, salgadinhos, pajelanças e tendo por base pesquisas internas do PT. Sindicatos e grupos de diversos matizes atrelados aos benefícios ou bolsas das gestões petistas dizem não tolerar mais a corrupção e detonam as medidas recentes do Planalto que não condizem com as bandeiras defendidas na campanha. “Perplexos”, dizem que o cenário “dificulta a reação” do partido. Traduzindo: nem sair na rua pois ninguém acredita mais. Aí é sentar na sarjeta e chorar feito bezerro desmamado.

10-Um coió zapeando

De vez em quando me canso dos filmes, dou folga ao rock e ao blues e dominado por minha preguiça atávica, figadal e eterna, passo a exercitar meu corpo apertando as teclinhas do controle remoto da TV. Foi assim no domingo de páscoa e de repente os Titãs martelavam “Bichos Escrotos” no programa de TV do Sílvio Santos recebendo o troféu imprensa de 1987. O canal é o “Arte 1” e o coiozão aqui recomenda.    

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