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Leo Ladeia

O Governador acredita demais


Frase do Dia:O Governador acredita demais  - Gente de Opinião

 


“O dia em que atuarmos de acordo com o clamor público estaremos mal. Nos meus quase 22 anos de STF nunca houve isso”. Ministro Marco Aurélio Melo que provavelmente esqueceu  que há sempre uma primeira vez para tudo

O Governador acredita demais  - Gente de Opinião

01-Será que agora vai?

“Se não vai pelo amor, vai pela dor”, diz um ensinamento espírita. Passo. Minha praia não é a religião, apesar da frase me levar a refletir sobre a atual quadra porque passa Rondônia. É que há algo no ar que cheira a bom senso, a respeito pela coisa pública a medo ou encagaçamento com o povo que se manifesta via comentários pelas redes sociais repercutidos pela imprensa. Talvez nossos governantes tenham recebido notícias de que a pólvora e a roda já existem e que não é preciso reinventá-las. Talvez tenham recebido notícias que as fortunas pessoais não podem ter como fonte apenas a transferência do que é público para si, para sua casa, família, amantes, parentes e sócios. Talvez tenham recebido notícias de que a polícia está prendendo...

 


Gente de Opinião02-É melhor que vá...

Na coluna passada falei do acordo de cooperação entre MP e TCE. Outro órgão público tomou providências para restaurar a moralidade perdida. A ALE que devia uma resposta à sociedade mandou pra casa das cucuias um contingente que encheria todo um corredor da Casa, mas continuamos esperando o resto dos nomes que ainda estão pendurados na folha. Falta muito. No caso da ALE, duas forças foram definitivas: a pressão da justiça e o povo que cobrou. Claro que até aqui são ações pífias e o pior é o boato que vão decepar a cabeça do deputado Valter Araújo, mas manterão as outras. Aí é brincadeira. Tá-se falando, tá-se teimando... Sei não...



Gente de Opinião03-Explicação x desculpa

Durante o imbróglio da Operação Termópilas, a ALE praticamente ficou parada por uns 60 dias. Pelas razões explicitadas a questão maior era e é o regimento da casa que não previa tal ação. Ora, ora, No Congresso Nacional se o regimento de uma das casas é omisso em determinado assunto, a Casa em falta usa por analogia o regimento da outra Casa. Os exemplos estão por todo o Brasil e se preferirem, consultem juízes, oráculos, o jurídico da ALE, ou algum pai de santo. Quem quer fazer encontra os meios, pergunta ou se for o caso volta à escola. 200 anos a.C. Archimedes propunha mover o mundo usando uma alavanca e um ponto de apoio. Avia!



Gente de Opinião04-Faxina na ALE

Já que o regimento da ALE é falho ou omisso que tal proceder a revisão? Já que não existem comissões específicas criadas ou instaladas, como a Comissão de Ética, por que não criá-la? E que tal um banho de moralidade, dignidade, decência e vergonha acabando-se com esse estrupício que é votar e eleger uma Mesa Diretora e poucos dias ou poucos meses depois proceder outra votação e se eleger a nova Mesa com os mesmos titulares? E já que a nossa constituição estadual é uma tarrafa rasgada e cheia de emendas, que tal uma revisão? E que tal se para os cargos de chefia só pudessem ser preenchidos pelos servidores concursados?


 



Gente de Opinião05-Por falar nisso...

O governador Confúcio Moura lascou a caneta ou os dedos na domingueira. Gosto de ler o que ele escreve ou ouvir sua fala, principalmente pela manhã quando está ativo. O que não gosto é que o governador acredita demais. De vez em sempre ele casca a tamancada no cabôco e depois alisa. Não dá. Bateu tá batido. Santo Antonio faz milagre, mas não sabe tirar pancada. No meu tempo quando menino ia tomar corretivo dos pais – surra mesmo – o resto ia junto e com a singela explicação: “posso não saber porque estou batendo mas você sabe porque está apanhando”. Zé de Nana se espanta e diz: “Póbatê sêo Confúcio... Bata!” Concordo. Tudo o que foi escrito na domingueira é de conhecimento público. Até seus secretários sabem disso.



06-Linha direta

Acho que passou da hora da justiça divulgar mais e melhor suas ações para a população. Vejam por exemplo o que ocorreu esta semana que passou. Um grupo de pessoas foi condenado à prisão pelo desdobramento da Operação Dominó. Para o povão quês está acostumado com as batidas policiais em que a PM pega o pé de chinelo enfia no camburão e leva para a delegacia, a explicação de que apesar da condenação o “cristão” pode recorrer em liberdade soa como “a pizza pronta”. Não que o juiz tenha que justificar cada sentença, mas em caso de comoção, o que sai do próprio juiz para o público, sem intermediários, ajuda o povo a entender e aceitar.

07-Por exemplo, o Arruda...

Poderia pegar alguns dos nomes locais que foram pegos, processados e sentenciados, mas que continuam vivendo somo se nada disso fosse com eles. Vejam os casos recentes de sentenças contra envolvidos na Operação Dominó. Mas em lugar de casos locais como o deputado Kaká ou Donadon, fico com Arruda que é revisitado pela Veja desta semana. Como explicar que o pobre Arruda mais de dois anos após a Caixa de Pandora, não tenha sido denunciado pelo Ministério Público Federal, mesmo tendo sido preso, expulso do seu partido DEM, apeado do cargo e proscrito da política... Só alguém com sólidos conhecimentos jurídicos para explicar.

 

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08-Lá vem o bumbo

Mais previsível que safadeza embaixo de lençóis em programa de TV, está chegando a hora de um novo pronunciamento do ex-governador e atual senador Cassol. No fim de semana estava ele no Grilão jogando futebol e ouvindo novidades. O circuito já é bastante conhecido. A partir daí começam as visitas e logo depois as entrevistas e ao final uma hora de baticum de bumbo num pool de emissoras de rádio do interior. Para escolha do alvo, a caixa de sugestões está disponível. Confúcio Moura e sua Nova Rondônia é barbada e na seqüência entra para variar Roberto Sobrinho e os que estiverem pontuando para prefeito. A partir daí é bica corrida, sobrando sempre para alguém. Entrevista com Cassol apesar de previsível é boa de audiência.
 



 

09-Premeditando o breque

As comunidades terapêuticas sem fins lucrativos – OS’s – que nos últimos três anos prestaram serviços em regime de residência, poderão apresentar projetos para recuperar dependentes químicos com ampliação de atividades culturais e esportivas durante o período de internação de pessoas viciadas em crack, álcool e outras drogas. Gosto da idéia e deve sair algo positivo disso aí. O problema é que o dinheiro para a festa vai sair de onde não existe. Vá lá que a “tchurma da nóia” precisa. Não sei se tanto quanto cardiopatas, diabéticos, doentes de câncer e renais, recém-nascidos no mundão periférico do Brasil, índios, ribeirinhos, meninas grávidas e haja fila. Mas esse negócio de recuperar noiado e reinserir com apoio de OS’s e ONG’s vende bem e o país fica bem na foto pro mundo. Não queria ser rabugento, mas não tem jeito. A velha canalhice política em ano eleitoral já começou com os ridículos de São Paulo. Ô mundiça!



10-Três perguntas cretinas

Apenas porque o mês de janeiro vai terminando, proponho três interrogações bem básicas: Quem é o dono daquele dinheiro falso que apareceu num sítio em Candeias do Jamary? Onde está Valter Araújo que sumiu sem deixar rastros? Quando recomeçam as obras de saneamento básico e tratamento de água de Porto Velho?

 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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