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Leo Ladeia

Lupi, o reator derretido


Lupi, o reator derretido - Gente de Opinião

Antigamente o termo seria “fritado”. Com Dilma Roussef, com suas preferências específicas de gramática, como o pouco conhecido “presidenta”, mudamos para um palavreado mais à cara do modernismo das tais mídias sociais. Como o núcleo de um reator nuclear fora de controle, Lupi ficou contido e blindado e em condições adversas de temperatura e pressão, mas sob observação on line. Depois de um período necessário ao desmonte dos mecanismos de reação pública, explosão descontrolada com riscos não mensurados para todos e o interdito contra o vazamento de informações para a imprensa e oposição, a operação de envelopar o Lupi já “derretido” em lugar de “fritado”. 

Lupi já curado de seus inusitados surtos primeiro de rebeldia e coragem para enfrentar balas e depois, de paixão escancarada foi levado à presença do seu efêmero objeto de desejo, ainda que saibamos todos que seu desejo, visceral, único e absolutamente total, seria manter a parte que lhe cabia no latifúndio. E lá se foi Lupi como vão todos os dias os bois para os matadouros, sem chance de serem salvos e sem direito de reclamar. Bovinamente certos do seu destino. 

Não deixa de ser cômica a parte final ou o fechamento do “grand finale”. Lupi sai dizendo que conversou e resolveu pedir demissão para cuidar da sua defesa. Como o algoz da sua demissão foi a revista Veja, atira contra a imprensa de uma maneira geral, pois no futuro pode precisar de alguém específico, inclusive a revista Veja e, recebe, o único gesto de carinho funcional que se permite a sua chefa, presidenta e objeto de sua paixão histriônica, Dilma Roussef. Em nota presidenta diz: "A Presidenta agradece a colaboração, o empenho e a dedicação do ministro Lupi ao longo de seu governo e tem certeza de que ele continuará dando sua contribuição ao país" e só. Nem Caladril ou qualquer outra pomada para queimados, ou 30 segundos a mais de conversas, nada. Do Lupi, o melhor a fazer é manter uma prudente distância e observar suas reações. 

Quando o núcleo do reator se derrete a única coisa que se pode fazer é resfriá-lo, fechá-lo com aço e concreto e isolá-lo para sempre. Lupí é o sexto ministro-reator produzido pelo Luzinácio derretido por corrupção. É o sétimo posto fora de combate e isolado em 11 meses de governo Dilma e a gente nem se deu conta e quer mais. 

Afinal o que é uma flecha a mais no corpo de São Sebastião? 

 

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Fonte: Léo Ladeia - leoladeia@hotmail.com
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