Quarta-feira, 2 de setembro de 2020 - 07h04
Bagé, 02.09.2020
Porto Velho, RO/ Santarém, PA ‒ Parte IV
Rio Madeira
O Rio Madeira, afluente da margem
direita do Rio Amazonas, banha os estados de Rondônia e do Amazonas e tem um comprimento
total aproximado de 1.450 km.
Possui uma extensão navegável de 1.056
km entre a sua Foz no Rio Amazonas (AM) e a Cidade de Porto Velho (RO). Tem uma
profundidade mínima de 2 metros, na vazante, principalmente no trecho entre a
Cidade de Humaitá (AM) e Porto Velho (RO), e máxima de 20 a 30 metros. É
navegável em toda sua extensão durante todo o ano, com atenção especial na
estiagem (agosto a outubro) aos bancos de areias e pedrais, principalmente no
trecho entre a Cidade de Humaitá (AM) e Porto Velho (RO).
Seu período de enchente máxima vai de
março a maio. Nas suas águas vive uma subespécie de “boto endêmica”
(Inia boliviensis) da Bacia do Madeira a montante das corredeiras.
Golfinho boliviano: O golfinho boliviano Inia boliviensis compartilha
muitas semelhanças anatômicas com a espécie Inia geoffrensis. À diferença do
gênero Sotalia, que são os golfinhos que vivem em ambientes marinhos e de águas
continentais, as espécies do gênero Inia vivem estritamente em água doce, por
isso apresentam algumas adaptações ao ambiente em que vivem.
Manuel Ruiz Garcia, biólogo espanhol pesquisador de
golfinhos na América do Sul, explica que algumas das características notáveis
do Inia boliviensis são o tamanho médio da população, que é ligeiramente menor
que o tamanho médio dos botos-cor-de-rosa que existem no Peru e no Brasil.
Outra diferença é a cor, já que o golfinho
boliviano é mais claro, o que para alguns pesquisadores é provavelmente devido
à temperatura, transparência da água, atividade física e da localização dos
indivíduos.
“É um cinza mais escuro que caracteriza as populações
de outras localidades. Estes animais são de menor comprimento, mas certas
partes do corpo, como o pescoço ou o peito, são mais grossas”, diz Ruiz
García, e continua: “Esses golfinhos bolivianos têm um maior número de
dentes e parece que a capacidade craniana é menor do que o encontrado em outras
formas de golfinhos de Rio”.
Na Bolívia, este golfinho endêmico do país tem sua
distribuição nos Rios da Bacia amazônica, nos departamentos de Cochabamba,
Santa Cruz, Beni e Pando. (Fonte: Giovanny Vera)
O Rio Madeira nasce com o nome de Rio
Beni na Cordilheira dos Andes, Bolívia e desce em direção ao Norte recebendo as
águas do Rio Mamoré pela margem direita formando, a partir desta confluência, o
Rio Madeira, que delimita a fronteira entre Brasil e Bolívia até encontrar o
Rio Abunã.
A partir daí, o Rio segue em direção ao
Nordeste atravessando dezenas de Cachoeiras até chegar a Porto Velho, onde se
inicia a Hidrovia do Rio Madeira.
Hidrovia do Rio
Madeira: a Hidrovia do
Madeira, com seus 1.056 km navegáveis, é de vital importância para o
desenvolvimento regional devido a sua posição estratégica. Constitui-se
praticamente como a única via de transporte para a população que vive nas
cidades às suas margens, excluindo-se apenas a Cidade de Humaitá, AM.
A Hidrovia do Madeira inicia-se em Porto Velho, no
Estado de Rondônia e vai até a sua Foz, na confluência com Rio Amazonas, no
Estado de mesmo nome, do qual recebe classificação “A”.
Nesse trecho, são movimentados diversos tipos de
cargas, as principais são: Soja, fertilizantes, derivados de petróleo, cimento,
frutas, eletroeletrônicos, veículos, produtos frigorificados, seixo, bebidas,
carga geral, etc. O período de águas altas está compreendido entre os meses de
março a maio e o de águas baixas nos meses de agosto e outubro. (Fonte: www.ahimoc.com.br)
A sua Foz, no Amazonas, forma um grande
delta onde se encontra a enorme Ilha Tupinambarana, uma região de alagados. Na
estação chuvosa (dezembro a maio), ao mesmo tempo em que o Rio aumenta de
volume com as águas das chuvas, ele é invadido pelas águas do Amazonas e sobe
cerca de 17 metros, alagando Cachoeiras, invadindo áreas de várzea e praias.
Seu nome de batismo tem origem na grande quantidade de troncos e restos de
madeira das árvores que flutuam na sua superfície neste período.
Na estação seca, as águas do Rio, que
fluem em direção ao Amazonas, formam praias belas ao longo de suas margens e
neste período avistam-se grande quantidade de pedras que ajudam a formar
corredeiras.
Solicito Publicação
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de
Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
· Campeão do II
Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989)
· Ex-Professor
do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
· Ex-Pesquisador
do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
· Ex-Presidente
do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
· Ex-Membro do
4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS)
· Presidente da
Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
· Membro da Academia
de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
· Membro do
Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
· Membro da
Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO)
· Membro da
Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
· Comendador da
Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS)
· Colaborador
Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG).
· Colaborador
Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN).
· E-mail: hiramrsilva@gmail.com.
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