Sábado, 7 de outubro de 2006 - 12h08
O segundo texto com que iniciei minha despretensiosa colaboração neste espaço recebeu o título de um filme: "A cor do dinheiro". Paul Newman foi o vencedor do Oscar de melhor ator desse filme, do ano de 1986, que trás também Tom Cruise, etc, sob a direção de Martin Scorsese.
Título e filme compõem trama bem urdida e (mal)sucedida, vale dizer: para o que ainda possa significar de os chamados "bons costumes" para os padrões da época, como vistos nos dias presentes, passados e vindouros bem ou mal a se reproduzirem na sociedade brasileira contemporânea. A despeito de ter contado com a ajuda de muitos bons truques utilizados no enredo do mencionado filme, continuação de um outro, cujo título é altamente sugestivo e sempre atual: "Desafio à corrupção", que foi lançado em 1961, e também estrelado por Paul Newman.
Daí que fiz uma paráfrase correlacionando um dos personagens, o interpretado por Paul Newman, com o então à época deputado Roberto Jefferson, por sua decisiva atuação no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Foi, não resta a menor dúvida, por sua atitude corajosa, leal e desassombrada como demonstrou na CPMI dos Correios, recheada de lances exibicionistas e de quase pugilato por parte de obtusos deputados, quais semelhantes lances cinematográficos melodramáticos vistos na telinha, cujo vulto político e histórico ainda se há de reconhecer na brilhante atuação do ex-deputado Jefferson, pelo arqueólogo do futuro da crônica política desse inescapável chamado "país do futuro", quando realizou verdadeira catarse política dos seus feitos republicanos e não republicanos. Ele, grande ilustre figura política, que sempre pertenceu durante 23 anos a um único e mesmo partido - o PTB.
Porquanto, jamais se pode esquecer, foi por sua coragem, seu espírito público e sua inquestionável competência que o bravo e destemido homem público, respeitável advogado criminal e presidente nacional do PTB, desmascarou os próceres do lulo-petismo e quejandos. Aqueles mesmos que estiveram envolvidos nos escândalos que foram amplamente pronunciados/denunciados à nação brasileira, e noticiados a mancheia na mídia.
O leitor interessado tem agora a imperdível oportunidade de saber mais e melhor o que se passou, cronologicamente, durante aquela CPMI, etc, etc, lendo o livro "Nervos de Aço - um retrato da política e dos políticos do Brasil", recentemente lançado pela Topbooks Editora, 375 páginas, R$ 40,00, que trás o depoimento do advogado Roberto Jefferson ao jornalista Luciano Trigo.
Já lido e anotado (desde o dia 28/9), no depoimento são reveladas grandes novidades, a exemplo desta que foi pinçada do livro e publicada para os leitores da Folha, (23/9/2006), informando que o ex-deputado Jefferson "contou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o PT e o PTB tinham acertado partilhar R$ 3 milhões arrecadados de empresas prestadoras de serviço à estatal Furnas Centrais Elétricas".
Já prefiro, no varejo, a estas duas que citarei os nomes e as páginas para que o leitor possa saber mais sobre estes dois parlamentares: sen. Eduardo Suplicy (página 46) com comentário do autor e ao que me consta não contestado até esta data; e dep. Roberto Freire (página 153) com transcrição ipsis verbis do saudoso ex-governador Leonel Brizola. É, simplesmente: surpreendente!
O título acima refere-se à dinheirama (R$1.700.000,00) do dossiêgate, querendo lembrar e chamar a atenção de que não basta só a cor do dinheiro, como tem sido mostrado na mídia. Interessa saber mesmo é a sua origem.
É isto.
Fonte: [email protected]
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