Cochá News 22/09/10

ESQUECENDO COMPROMISSO

O exagero da campanha eleitoral dominou as discussões, sufocou problemas, desperdiçou tempo e embaçou a responsabilidade de gestores e agentes políticos, que acabaram esquecendo-se de temas de grandeza macro para se dedicarem aos próprios umbigos.

PONTE PODE PARAR

Enquanto isso, a obra da ponte sobre o Rio Madeira corre o risco de ser paralisada, por falta de pagamento das medições, sem que nenhum candidato se exponha para defender seu andamento, o que leva a crer que para eles tudo isso é apenas detalhe. Isso explica porque existem tantos elefantes brancos no País.

BALSEIROS ESTÃO GANHANDO

É preciso dizer a esses políticos, ávidos por votos, que se a obra da ponte não lhes interessa, muito menos interessa aos donos de balsas e aos seus asseclas (seguidores). Os políticos de Rondônia, principalmente os detentores de mandatos, deveriam fazer uma reflexão, visto que os papéis que desempenham não são meras fantasias. São reais. Há uma situação viva, singularmente importante, que precisa ser enfrentada. Ou será que mais uma vez o lobby dos balseiros vai suspender ad eternum esta obra?

 
O BRASIL NO PREJUÍZO

Assim, devem os políticos que se consideram honestos e preocupados com o desenvolvimento do Estado, e a própria comunidade, se envolverem definitivamente nesta questão, para sanar, de vez, qualquer falha de projeto ou impropriedade que pairem neste processo junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), sob pena dos balseiros vencerem de novo, e o Estado e a União ficarem no prejuízo. Os estados de Rondônia e Amazonas, o Brasil e o povo desta região precisam e esperam há muito tempo por esta obra.

CONSCIÊNCIA NO TCU

Já o TCU, amparado no seu fim (missão) constitucional, tem todas as prerrogativas para analisar, fiscalizar e adotar as providências que julgar necessárias, mas, num caso como este, deve ser mais dinâmico, adotar procedimentos mais céleres, para não causar mais prejuízos. A Corte Federal deve ter consciência que, em função do momento que Rondônia vive, era da execução dos maiores projetos de obras do País, há um caráter peculiar que rejeita comparações. Para se ter ideia, havia menos de um ano se contratava um pedreiro por R$ 30,00 a diária, e hoje, se achar algum, a diária não sai por menos de R$ 100,00. Além disso, a peculiaridade da obra da ponte, a geografia da área, os interesses econômicos e políticos, tudo isso requer gente especializada não só para executar, mas também para fiscalizar. É preciso bom senso em tudo.

FARQUHAR EM EXECUÇÃO 

Conforme prometido, a Prefeitura de Porto Velho retomou a obra de pavimentação do prolongamento da Avenida Farquhar, anunciado no início do mês pelo engenheiro Sebastião Valadares (Semob). Pelo que é possível notar já foi feito o trabalho de ampliação do aterro da pista de rolamento, com cascalho, já devidamente compactado.
 

ESPERANDO O ASFALTO

Segundo Valadares, a intenção da Prefeitura era de fazer já a imprimação para receber a camada de asfalto, o que não foi possível em virtude da seca do Rio Madeira que impossibilita o tráfego das balsas que trazem o asfalto. Segundo ele, por esse motivo a municipalidade está perdendo o trabalho de imprimação realizado em várias trecho de ruas no Cidade do Lobo, Calama, etc.

FIM DO ISOLAMENTO

O engenheiro esclareceu que está mantendo interditado o trecho da Avenida Farquhar até a chegada do material asfáltico visto que o trabalho de sub-base, base e compactação está praticamente pronto, e que a liberação do tráfego de veículos e carretas na pista poderia comprometer todo esse trabalho. Valadares fez questão de lembrar que esta não é uma obra eleitoral, e sem definir uma data, disse que o prefeito Roberto Sobrinho pretende entregá-la à comunidade antes do período chuvoso, acabando com qualquer risco de isolamento do bairro. Vamos esperar.

 

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Fonte: Cleuber Rodrigues Pereira -  [email protected]
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