Terça-feira, 8 de janeiro de 2019 - 20h06
“A fronteira é nossa”. Essa
apropriação de dísticos nacionalistas como “O petróleo é nosso” e “A Amazônia é
nossa”, assinada em pichação de tapume em Tabatinga (AM) pela FDN (Família do
Norte), serve como aviso para a gravidade da expansão do narcotráfico, o
alcance de seus tentáculos no controle da fronteira terrestre.
Ironicamente, enquanto nas
eleições os candidatos escondem suas siglas e compromissos partidários e se
identificam por um número, o “Estado” do tráfico é disputado por facções que
escondem seus líderes, mas apregoam farta e abertamente suas siglas: além da
FDN, disputam as rotas principais do comércio das drogas, identificações mais
ou menos conhecidas, como PCC (Primeiro Comando da Capital), CV (Comando Vermelho),
ADA, TCP, GDE ou PGC. Inclusive com coligações.
Além das questões legais,
administrativas, econômicas, sanitárias ou morais que se desdobram da situação
criada na Amazônia e que interessa a todo o país, já que a droga colombiana
entra pela fronteira e chega ao “consumidor” por uma ampla rede de comércio,
cresce o impacto da questão política: quem deveria proclamar que “a fronteira é
nossa” é o Estado soberano, com ações à altura de suas obrigações.
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Um pente fino
Os governadores que assumiram em
janeiro, inclusive o nosso, Marcos Rocha em Rondônia, começaram um pente fino
nos pagamentos a fornecedores ocorridos na virada do ano, seguindo o que esta fazendo
o governo Bolsonaro com a gestão Michel Temer. E já foram identificadas várias
jabuticabas lá – e cá. O que o futuro nos reserva? Pereirinha e Rocha podem
ficar em lados opostos.
Pacto Federativo
Os prefeitos brasileiros já não
escondem a ansiedade com relação a um novo Pacto Federativo, promessa de campanha
do presidente Jair Bolsonaro, para melhorar a distribuição do rateio do bolo
tributário aos estados e municípios. As lideranças municipalistas acreditam que
ainda em 2019 o Planalto vai remeter um projeto alterando as regras do rateio.
A sucessão
Nos círculos políticos o que vai
tomando conta do cenário a partir de agora é na eleição das mesas diretoras da Assembleia
Legislativa, Câmara dos Deputados e Senado, em fevereiro. Em Rondônia, o
favorito é o deputado Lebrão (MDB), na Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), no Senado, o major Olimpio (PSL). Mas política é como as nuvens,
mudam a cada instante.
Os cheiradores
A oposição já joga duro para as
eleições municipais do ano que vem. Numa certa cidade da Amazônia, fala-se que
se instalou uma “Republica dos Cheiradores de pó”. Em Rondônia a oposição
sempre joga pesado: sabota-se as gestões de prefeitos e governadores e pratica-se
toda sorte de infâmias. Não acredito que as coisas mudem tão cedo já que são
típicas do modus operandi local.
Asas crescidas
O ex-governador Daniel Pereira
(PSB) já esta transformando sua posse no Sebrae no próximo dia 15, num grande
ato político em Rondônia, numa parceria
com as entidades empresariais. Passando as férias na Argentina e com as asas
crescidas depois do seu mandato tampão, ele vem quente e fervendo com projeto
político pronto para a sucessão de HIldon Chaves ou até mesmo de Marcos Rocha.
Via Direta
***Alvo de constantes escândalos locais e nacionais, a justiça do trabalho
esta sob alça de mira do presidente Jair Bolsonaro *** Foram descobertos juízes ganhando salários de mais
de R$ 160 mil, verdadeiros marajás *** E
nada mais se falou do projeto de esgotamento sanitário na capital, seguidamente
adiado pelos governadores e prefeitos *** A tarifa de transporte coletivo
pode aumentar de uma hora para outra ao meio de entendimentos entre a concessionária
e a prefeitura de Porto Velho.
Uma revoada de petistas nos municípios de Rondônia e do Acre
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