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Gente de Opinião

Agnaldo Ferreira

O PECADO NOSSO DE CADA DIA


 
Caro leitor, escrevi em meu artigo de dias atrás sobre um tema que mistura a relatividade da vida familiar e os problemas que decorrem quando não a levamos com seriedade. Hoje, analisando o período da semana santa que acabamos deixar para trás, contemplando as diversas cerimônias religiosas nas inúmeras igrejas cristãs espalhadas por esse imenso Brasil cristão, pudemos perceber que a fé ainda esta viva em meio a tantos e tão seleto brasileiros. 

É fácil acreditar no que vemos, porém, como diz santo Ignácio, é difícil acreditar naquilo que não vemos. E a fé é algo que não vemos. Ela, para nós cristãos, é para se viver e não para se ver. Tivemos a oportunidade nesses dias de contemplar a paixão, a morte, e a ressurreição de Cristo. E analisando a vida do divino Mestre nos vem a mente as palavras dele naquele momento cruel de agonia, conhecida como sendo uma das sete ultimas palavras em sua dolorosa paixão: “pai perdoai-lhes pois não sabem o que fazem”. 

Já trazendo para nossos dias atuais nos vem à mente a nossa sociedade, que chamamos vulgarmente de massa humana. – massa é algo que vive descontrolada, não pensa por si mesmo e muito menos analisa seus atos. No entanto, essa imensa massa humana com as inúmeras atrocidades cometidas a cada dia anda sem saber o que faz, anda perdida sem saber para aonde ir, sem saber o que fazer, e, principalmente, sem saber para que nasceu. Diz Max Weber que quem não sabe para onde vai, não sabe aonde quer chegar. 

Nossa sociedade, ou melhor, nossa massa humana vive a cada dia perdida na imensidão do nada sem medir as consequências dos seus atos e de suas atitudes. Como resultado, podemos ver o que decorre de sua irresponsabilidade. Ficamos atônitos por ver desastres apocalípticos acontecidos nos últimos dias, sejam eles no Brasil ou no exterior, como é o caso dos maremotos na Ásia e os furacões nos Estados Unidos. Ou como no Brasil, com os desabamentos nos morros do Rio de Janeiro e os tornados em Santa Catarina; sem falar da seca no Amazonas. No entanto, somos levados analisar somente os efeitos e esquecemos de analisar as causas. E é nela que devemos deter nossa analise e nossa atenção. Porém, como fazer se, infelizmente, o homem do nosso século, por culpa própria, perdeu o Lumen Rationis, ou seja, a luz da razão e não consegue enxergar e muito menos analisar e se autocriticar? Diz um famoso comercial da TV cultura: “Não são as respostas que movem o mundo e sim as perguntas”. Todavia, o homem do nosso século não o faz pois não consegue olhar para fora de si mesmo, e como resultado temos catástrofes espalhadas pelo mundo afora. 

Antes de analisar é necessário se auto-analisar No entanto, pecamos por não pensar em nossos atos, por não vermos a gravidade dos atos praticados contra nós mesmos. Diz o catecismo romano que a hediondez do pecado é o próprio pecado, é a feiúra do ato. Pensando de forma bíblica refletimos sobre as palavras do Eclesiastes, que afirma:“O justo peca sete vezes ao dia”. Por isso necessitamos de muito mais vigilância do que qualquer coisa. Sejamos vigilantes para não cair no pecado do egoísmo e achar que nossos atos não têm repercussão na natureza e na vida dos outros. 

Concluindo, afirmo, como adepto de Santo Tomás, quando ele dizia: ”Lembrai-vos que seus atos de hoje repercutem na eternidade”, podemos dizer como São Paulo: “É preciso nascer a cada dia”. Façamos isso e seremos, com certeza, felizes,. Eis o conselho 

Agnaldo Ferreira dos Santos

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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