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Carlos Sperança

Rachadinhas até em alguns casos até do pagamento do abono natalino


Rachadinhas até em alguns casos até do pagamento do abono natalino - Gente de Opinião

Antes de acolher

Se os EUA de fato quisessem combater o tráfico de drogas com operações militares terrestres internacionais já o teriam feito no México e Colômbia, cujos cartéis introduzem mais narcóticos por lá que a Venezuela. Essa evidência torna ainda mais preocupantes as ameaças do presidente Donald Trump de que autorizaria ações em terra. Por ora, o que há de concreto nesse caso é que a CIA foi autorizada a fazer o que sempre fez: agir nas sombras em alvos de interesse do governo e empresas dos EUA.

O temor do Brasil e nações vizinhas da Venezuela – Colômbia e Guianas – é que ações militares dos EUA em terra costumam causar guerras sangrentas e duradouras, como ocorreu no Vietnã e no Afeganistão. Como cabe aos comandos militares prever e prevenir possíveis invasões aos territórios nacionais, os cenários possíveis já foram traçados.

O primeiro cenário é atuar sobre as consequências imediatas da ação militar terrestre na vizinhança, das quais a mais óbvia é humanitária: o deslocamento das populações civis para fugir à matança e destruição de seus locais de produção e moradia. O que fazer com a migração de refugiados dos teatros de luta para cá? Nesse caso, o Brasil já tem a base da melhor alternativa possível: a Operação Acolhida, criada em 2018 pelo presidente Michel Temer. Antes disso, porém, é preciso agilizar a ação diplomática para que nenhum só disparo venha a ser feito.

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Cenário clareando?

Algumas decisões vão clareando o cenário político em termos de eleições 2026 para o Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual. O senador Marcos Rogério (PL) confirma em suas peregrinações sua candidatura à sucessão do governador Marcos Rocha. O senador Confúcio Moura (MDB) já anunciou com todas as letras que vai pleitear a reeleição. O ex-prefeito de Porto Velho Hildon Chaves (PSDB) desistiu definitivamente do seu projeto de disputar o governo estadual e entra na peleja de uma cadeira a Câmara dos Deputados. Sem composições de apoio ao Senado e formando chapas a ALERO e Câmara Federal, o prefeito de Cacoal Adaiton Fúria (PSD) ainda e duvida.

Plano de definições

O governador Marcos Rocha (União Brasil) ainda não se definiu se permanece no palácio estadual ou entra na peleja de uma cadeira ao Senado. Com isto estão indefinidas também as campanhas da sua esposa Luana Rocha a deputada federal e do maninho Sandro Rocha para Assembleia Legislativa. O vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil) depende da renúncia do governador Marcos Rocha para confirmar sua disposição de ir à reeleição. Na semana dois novos nomes foram cogitados ao CPA, talvez para se tornarem vices de algum candidato de ponteira: o prefeito de Vilhena Flori Cordeiro e o ex-secretário de estado da Agricultura Padovani.

Que situação!

Nos meios bolsonaristas o acordo com a cúpula de direita se volta aos nomes do deputado federal Fernando Máximo e do milionário Bruno Scheidt ao Senado e do senador Marcos Rogério ao governo estadual. Pergunta-se como fica a situação de outros candidatos da direita? Ao Senado, Silvia Cristina (PP-Ji-Paraná) fica na mão?  E o Delegado Camargo (Republicamos-Ariquemes) será escanteado? O bolsonarismo entra rachado nas eleições em Rondônia. Os desprestigiados podem procurar até um candidato a governador alternativo a Marcos Rogério, por exemplo

Até no abono

É coisa de louco! Recebi informações dando conta que existiram rachadinhas até em alguns casos até do pagamento do abono natalino. Os políticos de Rondônia se superam e inovam. Aqui funcionário fantasma morando fora do estado contrata alguém em seu lugar para pagar rachadinha ao político. É rachachá para todos os lados. E alguns diretórios de partidos políticos também se pratica a coisa, uma invenção que foi exportada pelo Rio de Janeiro ainda na década de 80 para o restante das câmaras municipais e assembleias legislativas de quase todo o país. Volta e meia explodem denúncias de funcionários lesados pela prática.

Tem espaço

Com o quadro de candidaturas ao governo estadual de Rondônia se delineando, e com o vice Sergio Gonçalves fora do páreo se o governador Marcos Rocha permanecer no cargo, abre-se uma lacuna para um candidato de Porto Velho entrar na peleja pelo governo estadual. Senão vejamos: as postulações postas até agora, são todas do interior: Marcos Rogério (Ji-Paraná) Adailton Fúria (Cacoal), Flori Cordeiro (Vilhena). Porto Velho, com um terço do eleitorado rondoniense fica fora da peleja, sem um nome ao CPA para chamar de seu, já que Hildon Chaves amarelou, Com o interior tão rachado, um candidato da capital tem chances de chegar pelo menos ao segundo turno e com o bolsonarismo rachado no segundo turno.

Via Direta

*** O bolsonarismo é tão forte no Acre que ameaça fazer o governador e os dois senadores. E o petista Jorge Viana, ex-governador já está amarelando com sua candidatura ao Senado no vizinho estado *** Em Rondônia a coisa não é diferente  já que o campo progressista está sem candidato a governador depois da desistência do emedebista Confúcio Moura que optou pela disputa a reeleição ao Senado *** O Rio Madeira vai subindo e com isto o fenômeno das terras caídas (os desbarrancamentos as margens do rio) ameaçando alguns distritos e até bairros da capital, como o Triângulo *** Nem passou o Ano Novo e o carnaval já entra em pauta na capital rondoniense.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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