Quinta-feira, 29 de julho de 2021 - 08h10
China
e Cuba se queixarem de boicotes dos EUA ou o Brasil reclamar de concorrentes
agrícolas até serve aos nacionalistas internos, mas ninguém no mundo liga para
isso: enquanto não houver boas regras para o comércio internacional nem a ONU
recuperar o papel de arbitragem universalmente aceita, governos e empresas
farão tudo para vencer os concorrentes. O agro de ponta do Brasil percebeu que
reclamar dos concorrentes é atirar no pé. Nas complexas relações mundiais, sobretudo
com as nações populosas e ricas, há mais clientes que concorrentes.
Reclamar
da Europa e da China, clientes ávidos por produtos brasileiros, nem é
ingenuidade: é falta de juízo. Por conta disso é preciso verificar quais são os
pontos fracos de nossas relações comerciais e os pontos a fortalecer. Os mais
fracos são o meio ambiente e democracia frágeis, sempre sob ataque. Sem sinais
claros de que o meio ambiente é protegido, ganhar e manter clientes será uma
tarefa hercúlea. Enquanto as instituições e a Constituição continuarem diariamente
atacadas por interesses de seita será difícil garantir que o Brasil é livre e
democrático.
Além
do agronegócio poderoso, o Brasil está prestes a despejar no mundo uma
enxurrada de produtos sustentáveis procedentes da bioeconomia. Com melhores
regras comerciais, combate ao drama climático e afirmação da nossa democracia o
mundo terá um olhar menos assustado para o Brasil no futuro.
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Disputa feroz
Num
quadro de múltiplas alternativas, com previsível fragmentação de votos
sinalizando a existência de um pleito em dois turnos, a eleição 2022 em Rondônia
aos poucos vai evidenciando a presença de dois ex-governadores, Ivo Cassol (PP)
e Confúcio Moura (MDB). Os únicos que foram eleitos e reeleitos, o dois únicos
que deixaram o segundo mandato para se eleger senadores. E no quadro de candidaturas
que aí está, podem ser considerados favoritos para polarizar a peleja e conquistar
as duas vagas ao segundo turno. Largam léguas na frente da concorrência.
A polarização
Para
que outros candidatos considerados competitivos ao CPA, como o seu atual
inquilino governador Marcos Rocha que pleiteia a reeleição e o líder bolsonarista,
senador Marcos Rogério (DEM) tenham algumas chances na disputa 2022 em
Rondônia, o primeiro passo é quebrar a polarização inicial entre Ivo contra
Confúcio. Avariar as asas destes dois andarilhões é preciso para sustar suas
propulsões. Independente das definições, cassolistas e confucionistas já se
olham torto de Praia do Tamanduá a Planalto São Luís. Ivo é o maior favorito
também para o segundo turno, mas Confúcio está cansado de quebrar asas de
favoritos!
Briga ao Senado
Empolgante
também se prevê uma peleja ao Senado, onde o bolsonarista Bagatolli (PSL),
líder do agronegócio em Rondônia já está em campo. Tem no seu rastro o
ex-senador tucano Expedito Junior (PSDB-Rolim de Moura), o ex-senador Amir
Lando (Porto Velho) o ex-senador Valdir Raupp (MDB-Rolim), a ex-senadora Fátima
Cleide (PT-Porto Velho), o atual senador Acir Gurgacz (PDT-Ji-Paraná), atual
ocupante da cadeira, o deputado federal Leo Moraes (Podemos-Porto Velho). É um
cenário de quebrar a cabeça tal a fragmentação dos votos em vista da regionalização
das candidaturas.
As tendências
Configurando-se
o quadro das candidaturas ao Senado acima, admite-se algumas tendências. Leo
Moras é o franco favorito na capital, Acir Gurgacz em Ji-Paraná e cercanias,
Bagatolli no Cone Sul. Só que Raupp tem votos em todo estado e numa dobradinha
com Confúcio, se agiganta no Vale do Jamari. Expedito tem uma média sensacional
nos pequenos e médios municípios e o apoio de Hildon Chaves e Marcos Rogério.
Fátima Cleide tem o carimbo de Lula, de novo numa crescente. Amir Lando a pose
de estadista. Mas vence quem fizer melhor seu dever de casa, ganhando bem em
suas bases e beliscando com eficiência alguma coisa nos redutos dos adversários.
A imigração
Preocupa
a situação dos imigrantes brasileiros capturados na travessia ilegal para os Estados
Unidos através da fronteira com o México. Centenas de rondonienses fizeram este
trajeto, guiados por “coiotes”, ao custo de R$ 15 a R$ 25 mil cada e muitos
deles não deram mais notícias para suas famílias preocupadas com a situação, já
que tantos foram vítimas de golpes e abandonados no meio do deserto. As autoridades
da imigração estadunidense não aliviam e agem duramente como ocorria na Era
Trump. Quem consegue passar a fronteira dá boas notícias as famílias: uma
empregada doméstica, com faxinas, chega a ganhar R$ 15 mil, um operário da
construção civil um pouco mais
Via Direta
*** Com o trafego voltando a normalidade
em Porto Velho multiplicam-se os acidentes com motos e ciclistas *** Não é a toa que o
Pronto Socorro João Paulo II não está dando conta da demanda de tantas vítimas com
pernas quebradas que também buscam socorro com
próteses nas Irmãs Marcelinas ***
A Secretaria dos Direitos Humanos do Amazonas começou na semana passada a campanha denominada Coração
Azul para combater o tráfico de pessoas e o trabalho escravo *** Os recursos
alocados pela LDO –a Lei de Diretrizes Orçamentárias para a pavimentação da BR-319
foram considerados insuficientes para a restauração da rodovia *** Mesmo assim o DNITT já desenvolve esforços em vários trechos da estrada
que foi tão deteriorada durante o inverno amazônico *** Em Porto Velho o governo
do estado está erguendo muros mais altos do que em presídios nas escolas para conter
ladrões e traficantes.
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