Sexta-feira, 5 de abril de 2024 - 07h57
Enquanto
o Brasil não se conhecer melhor nem controlar cada palmo de seu território
prejuízos bilionários continuarão a ocorrer. A tecnologia decretou que não é
preciso um guarda em cada esquina para controlar a criminalidade. Câmeras que
capturam e cruzam informações nos instantes exatos em que os fatos acontecem
permitem facilidades à investigação. Com este princípio também será possível
controlar o território.
O
inimigo não está só na má intenção dos criminosos humanos nem os prejuízos
provêm apenas do roubo que eles praticam. Segundo relatório da Plataforma
Brasileira de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos, um prejuízo de pelo
menos US$ 3 bilhões por ano à economia nacional é causado por invasores
pequenos e até aparentemente inofensivos, como caramujos africanos, pombos, algas
e o mosquito Aedes aegypti, dentre outros organismos alheios à fauna e flora do
país.
A estimativa
de 3 bilhões de dólares anuais decorre das projeções em torno de apenas 16
espécies invasoras. Ainda não é possível avaliar o impacto em dinheiro das
demais 460 espécies já identificadas no território brasileiro: 268 e 208
plantas e algas, em sua maioria nativas da África, da Europa e do Sudeste
Asiático. Para o biólogo Mário Luis Orsi, os prejuízos poderiam chegar a 15
bilhões de dólares. Mesmo valor estimado para a reconstrução do que foi
destruído pela guerra na Faixa de Gaza.
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Nossa história
Na coluna anterior nos
reportamos sobre as primeiras eleições gerais de Rondônia em 1982 – para vereadores,
prefeitos, vices, deputados estaduais federais e senadores – menos para
prefeito na capital Porto Velho e ao governo do estado que seguiam com chefes
do Poder Executivo indicados. Como se recorda, a eleição para prefeito da
capital só aconteceria em 1985, sendo o primeiro alcaide pelo voto direto, o
ex-guerrilheiro do MR-8, Jeronimo Garcia de Santana (MDB). O espaço de hoje é
dedicado as eleições gerais de 1986, atingindo então todos os cargos, exceto
prefeito da capital com pleito em 1988.
Grande impulso
Na
década de 80 o jovem estado de Rondônia fervilhava com o garimpo nas águas do
Rio Madeira em Porto Velho e o desembarque de milhares de migrantes recebendo
módulos rurais para colonizar o novo estado, tornando os polos regionais de Ariquemes,
Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena em grandes municípios se transformando em recordistas
de crescimento demográfico no País. Foi neste ambiente, em 1986, que depois de
ocupar a prefeitura de Porto Velho durante seis meses, o prefeito Jeronimo
Santana (MDB) em seguida foi eleito o primeiro
governador do estado pelo voto direto. Façanhas
do popular Bengala.
Nova republica
Beneficiado
pelos ares da Nova República, que uniu no mesmo balaio MDB e PFL, para eleger
Tancredo/Sarney, Jeronimo Santana teve um grande embate naquela eleição com
Jacob Atallah, que ficou em segundo lugar e Odacir Soares que era considerado o
nome mais forte, por ter sido o senador mais votado em 1982, desabando para a terceira
colocação. Foram eleitos então dois senadores, Olavo Pires (Porto Velho) e
Ronaldo Aragão (Cacoal). O mais votado no pleito ao Senado em 1986, Chiquilito Erse
ficou de fora, em virtude da casuística sublegenda implantada na época.
Na Assembleia
Na Assembleia
Legislativa seria eleita a segunda legislatura em 1986, já sem os grandes
astros eleitos no pleito de 1982, quando tivemos a composição mais dinâmica do Poder
Legislativo estadual. Neste pleito foram mais votados os deputados Joselita Araújo
(Ouro Preto do Oeste),Vicente Homem Sobrinho (Pimenta Bueno), Pedro Kemper (Cacoal),
Ernandes Amorim (Ariquemes) e Odaisa Fernandes (Porto Velho). A curiosidade desta
legislatura é que um dos deputados estaduais menos votados, Oswaldo Piana Filho
(Porto Velho) seria eleito governador em 1990 com o relevante apoio dos prefeitos
de Porto Velho Chiquiito Erse e de Ji-Paraná, José Bianco.
Os clãs políticos
Ainda
nesta década iriam surgir os clãs políticos que acabaram criando asas no
estado. Em Ariquemes, o clã Amorim, em Jaru, o clã dos Muletas, em Vilhena o
clã Donadon. Ainda na década de 80, os clãs Cassol e Raupp (Zona da Mata e Região
do Café) já mostraram força. Deles saíram dois governadores nos anos seguintes,
Valdir Raupp e Ivo Cassol. O clã Donadon chegou a raspar na trave na busca do
Palácio Presidente Vargas, então sede do governo estadual, com Melki Donadon derrotado
por José Bianco já na década de 90. Nos atualmente novos clãs políticos vão se
formando já envolvidos nas eleições municipais 2024.
Via Direta
***Ainda em nossa história política: desde o final dos anos 80, o interior de Rondônia
vai mantendo pelo menos dois terços da população do estado *** Com isto,
explorando o bairrismo, vários governadores de polos regionais importantes do
interior chegaram ao poder executivo estadual ***Além de Ângelo Angelim (Vilhena) nomeado em 1985, são os casos de
Valdir Raupp e Ivo Cassol (Rolim de Moura), José Bianco (Ji-Paraná), Confúcio
Moura (Ariquemes). Dois deles foram reeleitos, Ivo Cassol e Confúcio Moura ***
Porto Velho emplacou os dois primeiros governadores, em 1986 com Jeronimo Santana
Oswaldo Paina em 1990, e mais recentemente o coronel Marcos Rocha, também
reeleito.
Que os deputados estaduais de Rondônia fiquem de barbas de molho
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