Sábado, 27 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Carlos Henrique

MDB: o ocaso de um coadjuvante de luxo


MDB: o ocaso de um coadjuvante de luxo - Gente de Opinião

Lula está certo ao cobrar dos ministros a lembrança de que há um governo central no comando dos diversos órgãos da administração. E que embora cada um tenha contas a prestar ao partido que o indicou, é preciso dar o devido crédito ao governo central, de onde sai o dinheiro. Não poderia, nem precisaria, ser mais claro.

A espinafrada geral no ministério decorre da queda de popularidade do governo que, convenha-se, acerta muito mais do que erra. Mas a conjunção de pequenos erros, aliada à precariedade do sistema de comunicação e à competência da oposição tem deixado o presidente ainda mais rouco de preocupação.

E não é para menos. As eleições municipais estão logo ali. Os partidos da base aliada podem até se sair bem. Mas o que isso significa para o governo central? Tome-se como exemplo o caso de Rondônia, no mínimo emblemático: o governo federal prevê investimentos da ordem de R$ 5 bilhões do novo PAC somente na infraestrutura de transportes. E quanto vale isso em votos para o governo federal e até mesmo para o MDB, que controla o ministério?

Se você disse “nada!” está perto da verdade. Até porque todos os partidos abocanham um naco desse bolo, especialmente o governo do estado. Menos o MDB e o presidente. Após o puxão de orelhas presidencial certamente o ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB) aparecerá em breve por aqui. Mas, passada a visita, tudo voltará ao imobilismo atual, cada qual interessado na própria vida, no próprio umbigo. E o conjunto que se exploda!

Um deputado federal que destine uma pequena emenda para a construção de uma praça faz um escarcéu danado para apregoar o feito no estado inteiro. Mas o governo federal anuncia a construção da ponte binacional em Guajará Mirim e quem fatura eleitoralmente é o governador, que inclusive quer assumir a paternidade do projeto, elaborado há mais de uma década por iniciativa do ex-deputado Miguel de Souza, quando diretor de Planejamento do DNIT nacional.

O certo é que, com isso, o MDB de Rondônia está cada vez mais distante dos dias de glória, do protagonismo no comando do estado. Sujeita-se hoje à tentativa de figurar como mero coadjuvante na disputa eleitoral. E arrisca-se a não eleger um único vereador na capital do estado que ajudou a consolidar.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoSábado, 27 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Quer saber? Melhor  não cassar Sérgio Moro!

Quer saber? Melhor não cassar Sérgio Moro!

Só para incomodar: você, petista, acredita realmente haver algum benefício eleitoral para o PT ou Gleisi Hoffmann no encontro em Havana com o presid

Porto Velho não é a pior capital do País

Porto Velho não é a pior capital do País

Não tenho procuração para defender a prefeitura ou o governo do estado, mas não posso me abster de fazer a defesa de uma terra que me acolheu há qua

Fratura no fêmur: quebrou por que caiu ou caiu por que quebrou?

Fratura no fêmur: quebrou por que caiu ou caiu por que quebrou?

“As pessoas precisam entender que, em grande parte das vezes, a fratura do fêmur ou quadril em idosos não é causada por uma queda. Em muitos casos é

Caiu a Máscara - “Bibi” anuncia mais  10 mil casas em novo assentamento

Caiu a Máscara - “Bibi” anuncia mais 10 mil casas em novo assentamento

A citação do holocausto por Lula foi equivocada. Ele acertou ao declarar que o povo judeu, vítima da aniquilação nazista, não pode aplicar tratament

Gente de Opinião Sábado, 27 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)