Sábado, 19 de outubro de 2024 - 12h51
Você, leitor, já ouviu falar do “Efeito
Dunning-Kruger”? Trata-se do princípio definido em 1999, a partir do estudos de dois psicólogos americanos,
David Dunning e Justin Kruger. Grosso modo, estabelece que, quando uma pessoa é ignorante, ela
ignora até o fato de ser ignorante. Em resumo: “a estupidez acaba cegando as
pessoas estúpidas, a ponto delas acreditarem que são inteligentes”.
Temos encontrado, nas redes sociais, freqüentes
manifestações desse desvio cognitivo. Colunistas julgam-se no direito de
agredir impiedosamente o vernáculo. Não ligam a mínima para o que supõem
exibição de “tecnicalidades fúteis”, como regência e transitividade verbal, regras
de pronominalização, crase e outros “meros detalhes” gramaticais. Abusam do
gerúndio em lugar da pontuação e exigem orgulhosamente a indigência de seu
repertório vocabular.
Isso acontece com frequência entre representantes
da classe política, que se sentem obrigados a exibir inteligência como condição
para permanecer no cargo. Daí adotarem vocábulos, que acreditam “inteligentes e
sofisticados”, para convencer o eleitor a repetir o erro que os colocou lá.
Exempo disso é a exaustiva repetição, não importa se apropriada, do vocábulo
“narrativa”. É também por aí que surgem propostas indecentes, que pretendem
apresentar soluções simples e erradas para problemas de alta complexidade
(Mencken).
O filósofo, palestrante, escritor e ensaísta, Clóvis
de Barros, cita Ana Arand, alemã e judia, em “A Banalidade do Mal” para
explicar por que o mal pode se tornar trivial, óbvio, corriqueiro, incapaz de
suscitar indignação. “O mal se torna banal em função da ruptura de cada um
consigo mesmo. A começar pela incapacidade de pensar por conta própria. Seguida
da incapacidade de atribuição de valor à própria ação, à própria conduta.
“Vemos aí, então, pessoas que pensam como todo
o mundo pensa e agem como todo o mundo age. Todo o mundo, claro, pode ser seu
grupo, sua tribo ou mesmo uma bolha da internet. Quando você observa pessoas
reunidas para se manifestar contra a corrupção, por exemplo, mas vestindo
uniformes de uma entidade corrupta, você se pergunta se isso faz algum sentido”.
A alusão à camisa da seleção e à CBF não é mera coincidência.
Isso acontece porque não se pensa mais senão o pensamento
do grupo, ou se age mais segundo a vontade própria, mas segundo a vontade do
grupo. O sujeito delega ao grupo a tarefa de pensar. Ao mesmo tempo em que se
desobriga de avaliar suas ações. Aí está perdido! Completamente dominado!
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