Quarta-feira, 11 de novembro de 2020 - 19h24

Com a proximidade das eleições municipais muitos podem se questionar: ainda vale a pena votar, depois de tantas decepções, desilusões? Votar em quem já mostrou trabalho ou dar chance para o novo? O que vale mais: escolher pelo currículo, pela formação intelectual, experiência profissional, ou pelo coração, com quem simpatizo? Confiar em quem me procurou ou ir atrás de históricos diferentes?
Alheios a essas interrogações, muitos candidatos despejam promessas, soluções mágicas nas propagandas eleitorais, nos panfletos e abordagens presenciais. Aproveitando-se do momento que passamos por conta da pandemia, ainda há aqueles que descaradamente oferecem “remédios” milagrosos para praticamente tudo. E o eleitor, espantado, se sente meio “leso”: como não pensei (ou não pensaram) nisso antes?
A falta de debate deixa “pinóquios” seguros de que não serão confrontados e desmascarados. Mas o eleitor fica com uma “pulga atrás da orelha”: se era tão fácil assim, por que ninguém fez até agora? Não foi feito porque faltam recursos e os municípios vivem com “o pires na mão”; Não se realizou porque a política exige conhecimento de causa, preparo sim, e não deveria ser habitat de aventureiros; Não se concretizou porque NÃO EXISTE salvador da pátria, nem varinha mágica que irá resolver todos os nossos problemas.
Esqueça esse papo de “vontade política”, pois como se diz: “de boa vontade o inferno está cheio”. Quem insiste em votar em um “sonho”, pode acordar num “pesadelo”.
É preciso estar consciente de que o próximo mandato tende a ser ainda mais difícil. O pós pandemia exigirá muito trabalho, com muitos desafios e poucos recursos. Para quem você daria a chave de sua casa? Quem você vai indicar para lhe representar, estar no seu lugar? Porque votar é exatamente isso: na impossibilidade de todos participarem de todas as decisões, passamos uma “procuração” para alguém! Sinceramente? Não vale a pena votar levado pela raiva, deboche ou, pior, por segundas intenções.
Diante de tantas promessas vazias, esta eleição poderá bater recorde de abstenções, votos brancos e nulos. Entendo o desânimo e os obstáculos, mas não podemos deixar que escolham por nós! Nos momentos mais delicados é que se faz necessária uma maior participação dos cidadãos.
Nessa reta final para a eleição, queria deixar aqui uma dica: acesse o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), verifique a página de divulgação das candidaturas do seu município. Lá estão os candidatos a prefeito, vice e a vereador que, se eleitos, assumirão em 2021. Seja curioso, vá além dos apelidos engraçados e cheque as propostas, os bens declarados e os gastos de campanha.
Boa eleição!
* Osvaldo Luiz Silva é jornalista, autor dos livros “Ternura de Deus” e “A vida é caminhar”, pela Editora Canção Nova, e membro da Academia Cachoeirense de Letras e Artes (ACLA), em Cachoeira Paulista (SP).
Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
Usinas nucleares e manipulações retóricas
“É necessário se espantar, se indignar e se contagiar,só assim é possível mudar a realidade”Nise da Silveira (médica psiquiatra) Tem se tornado lug

A linguagem não verbal para além da aula padrão
Qual é o tipo de comunicação que você transmite para os seus alunos? A sala de aula é um dos maiores desafios para os professores que não dá a mínim

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil
É cada vez mais comum vermos crianças, cada vez mais novas, expostas ao uso de telas. Além disso, o tempo de uso também está cada vez maior. Estudos

Quando nos deparamos diante de uma notícia de um acidente envolvendo avião, ficamos estarrecidos, pois, de forma geral, muitas vidas são ceifadas. S
Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)