Sábado, 15 de novembro de 2025 - 07h22

É cada vez mais
comum vermos crianças, cada vez mais novas, expostas ao uso de telas. Além
disso, o tempo de uso também está cada vez maior. Estudos mostram associação
entre excesso de telas e dificuldades de atenção, sono e desempenho escolar.
Logo, é fundamental
ter atenção não somente a esses riscos como também a redução da criatividade,
das habilidades sociais e dependência em crianças que passam muito
tempo consumindo conteúdo digital sem supervisão.
O cérebro infantil
está com 95% da sua estrutura formada entre 0 e 6 anos, estando assim em pleno
desenvolvimento. O uso constante pode afetar a qualidade do sono, já que a luz
azul emitida pelas telas interfere na produção de melatonina, o hormônio do
sono. Isso pode impactar negativamente a memória, a aprendizagem e o
desenvolvimento emocional.
O excesso também
pode gerar uma sobrecarga de dopamina, um neurotransmissor relacionado ao
prazer. Ao usar o celular por muito tempo, a criança é constantemente
recompensada com estímulos rápidos e fáceis, como likes ou vídeos curtos, o que
cria um ciclo de dependência. Isso reduz a tolerância ao tédio e dificulta o
envolvimento em tarefas que exigem esforço cognitivo, como leitura ou resolução
de problemas.
Outros efeitos do
uso: dificuldade de atenção e concentração; redução da motivação para
atividades off-line, como brincar, conversar ou ler e déficits nas habilidades
sociais e emocionais.
Veja alguns
indícios de prejuízo pelo excesso de telas que pais e professores devem ficar
atentos: irritabilidade ou agitação ao ser afastada das telas; desinteresse por
brincadeiras presenciais ou leitura; dificuldade de concentração nas atividades
escolares e redução da linguagem espontânea e das interações sociais. Se esses
sinais forem persistentes, é recomendável avaliar a rotina digital da criança e
buscar a orientação de um profissional da área da saúde ou educação.
Segundo a Academia
Americana de Pediatria (AAP), o tempo de tela considerado adequado
para crianças varia conforme a idade: de 0 a 2 anos, deve-se evitar o
uso, exceto em chamadas de vídeo com familiares; de 2 a 5 anos, o limite é de
até 1 hora diária, priorizando conteúdos educativos e com acompanhamento de um
adulto; para as crianças maiores, o uso deve ser equilibrado com um
bom padrão de sono, prática de atividade física, brincadeiras livres e momentos
em família.
Além da mediação no
uso das tecnologias, é importante oferecer estímulos que favoreçam o
neurodesenvolvimento infantil de forma ampla. Atividades como desenhar,
escrever e explorar o ambiente contribuem para o aprimoramento da coordenação
motora e da cognição.
É fundamental que
pais, educadores e profissionais da saúde estejam atentos a esses efeitos e
adotem estratégias para garantir um uso equilibrado e saudável das tecnologias.
Lembre-se que as tecnologias não são inimigas, mas devem ser usadas com
moderação respeitando a idade das crianças.
(*) Luciana Brites
é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e
doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e
autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto
NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br
Sábado, 15 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)
A linguagem não verbal para além da aula padrão
Qual é o tipo de comunicação que você transmite para os seus alunos? A sala de aula é um dos maiores desafios para os professores que não dá a mínim

Quando nos deparamos diante de uma notícia de um acidente envolvendo avião, ficamos estarrecidos, pois, de forma geral, muitas vidas são ceifadas. S

Black Friday 2025 deve movimentar R$ 13 bilhões só no Brasil, diz ABCom
O Brasil se prepara para mais uma Black Friday com expectativas de faturamento recorde. Segundo projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrôni

Quais são as doenças identificadas por colonoscopia mais comuns?
Cuidar da saúde intestinal é cuidar de uma parte essencial do bem-estar e da qualidade de vida. Apesar do receio que muitos sentem ao ouvir falar em c
Sábado, 15 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)