Segunda-feira, 9 de março de 2020 - 12h11

Admirava-se
meu conhecido, que costumava almoçar na Casa da Beira, que poucos aceitam
passar os últimos dias, na casa dos filhos.
Para
ele, que era solteiro, o lugar dos idosos, era, a seu pensar, em companhia dos
seus.
Tenho
amigo - digo: tinha, porque já faleceu, o Anselmo Tavares, homem bom e
trabalhador, que costumava dizer a propósito dos filhos: “ A casa dos
pais é a dos filhos; mas a casa dos filhos nem sempre é a os pais! …”
Recordo,
agora – como recordo”, – a expressão desalentada de velho parente que
regressando da missa, em minha companhia, ao aproximar-se de casa, desabafou em
voz apertada e velada:
-
“ Gostava que entrasses… mas a casa não é minha…Não sei se minha filha ia
gostar…”
E
a confidência do amigo Alberto, que me disse à puridade: -” Não te
telefono mais, porque receio que meu filho repare…”
Nesse
tempo, as ligações telefônicas eram pagas ao minuto.
Entre
amigos e conhecidos, poucos são os que gostavam de passar a velhice na casa dos
filhos.”Uma coisa é a visita; outra é a convivência diária”
dizem.
É
natural que assim seja: todos querem ser livres: sair e entrar, sem dar
satisfação.
Se
o idoso recebe boa aposentação, e os filhos não carecem dela, em regra,
internam-no num Lar, argumentando: que lá está melhor, e melhor cuidado…
Caso
a aposentação seja pequena recolhe-se em albergue, sem as mínimas condições
humanitárias; ou vegeta, solitário, na solidão de andar ou quarto sombrio e
triste ou passa a morador de rua.
A
velhice dos pais e avós, é, quantas vezes, estorvo para filhos e netos.
Eu
sei que cabe, principalmente, ao Estado, a obrigação de acolher o idoso
abandonado, em lares com dignidade, mas, por razões monetárias ou desinteresse,
não o faz, na maior parte das vezes.
Todavia
se azafama a transformar quartéis vazios, para alugar a estudantes, a preços
módicos; mas, porque não constrói ou adapta casa desocupadas, para a população
envelhecida?
A
Igreja parece seguir o mesmo caminho, cem conventos vazios e
seminários…alugando a estudantes universitários, para obter rendimento, com
pouca despesa e trabalho.
Ser
idoso, em Portugal, onde os jovens, em grande número, partem em busca de
melhores condições, tornou-se uma calamidade, que poucos se preocupam. Dizem
que há Casas de Repouso, que outrora se dedicavam à Classe Média, que começaram
a imitar certos hotéis algarvios: preferindo receber estrangeiros: porque, além
da estadia, gastam em outros bens.
Olvida-se
que uma das prioridades da Nação, deveria ser: proporcionar aos cidadãos – que
nasceram, trabalharam e viveram sempre no seu País, – fim de vida feliz, sendo
eles: pobres, da Classe Média ou ricos.
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