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Kibutz: a implantação dos assentamentos rurais


Kibutz: a implantação dos assentamentos rurais - Gente de Opinião

Estudei em Israel em 1969, portanto, apenas dois anos após a chamada Guerra dos Seis Dias; Israel como nação soberana foi instituída em 1948 em memorável Assembleia da ONU, presidida pelo diplomata Osvaldo Aranha, daí o respeito e admiração expendidos em todas as ocasiões ao povo brasileiro pelo israelenses, senti isso lá.

Após a sua delimitação e sua instalação a Autoridade de Israel sempre foi questionada pelas populações árabe e mulçumana. Sempre teve de se preocupar com a segurança interna de seu povo e com a manutenção das conflituosas fronteiras.

A partir de 1948 e com a oficialização da criação do Estado de Israel, judeus do mundo todo (inclusive do Brasil) acorreram àquele novo país com o objetivo de ali se estabelecerem e terem condições de viverem uma nova vida com horizontes mais definidos e terem um pouco de paz e sossego.

As autoridades israelenses tinham como fundamental encontrarem opções para acomodar toda essa gente.

Assim conceberam várias alternativas com essa finalidade, e uma delas foram os assentamentos rurais nas planícies e nos desertos.

Na concepção inicial, esses assentamentos tinham três funções principais: destinar espaços para acolher e assentar as populações que ali chegavam do mundo todo; propiciar a produção de alimentos; e o principal, que era o de ocupar aquelas fronteiras e aqueles vazios com pessoas que além de produzirem alimentos pudessem funcionar como bastiões avançados nos postos de segurança nas fronteiras recém estabelecidas.

Assim é que implantaram vários kibutz, assentamentos rurais, onde as terras continuavam pertencendo ao Estado e a convivência entre os participantes se fizesse em forma de “cooperativa” onde ninguém de per si era dono de nada, mas todos se beneficiavam dos resultados econômicos e sociais obtidos, através também, do trabalho coletivo.

Esses kibutz responderam significativamente com o abastecimento e com a alimentação de Israel, bem como permitiram o estabelecimento pleno da autonomia sobre aquelas terras e fronteiras sempre contestadas pelos vizinhos árabes e mulçumanos.

O kibutz pode ser considerado o melhor exemplo de convivência coletiva, produtiva e pacífica entre pessoas (homens e mulheres) do mundo todo.

Bem diferente da balbúrdia generalizada que imperava nos povoados árabes e muçulmanos vizinhos.

Em Israel, à mercê dessas dificuldades iniciais, tinha uma vontade e uma férrea disciplina de seu povo a aposta certa para se estabelecer como Nação autônoma, soberana e progressista em meio àquele caos generalizado que até hoje impera no Oriente Próximo.  

E nesse particular o kibutz teve papel preponderante!

Visitei alguns deles, inclusive um de predominância de judeus egressos do Brasil.

Esses kibutz se desenvolveram de tal sorte, que uma boa parte deles, tornaram-se verdadeiros núcleos onde se processaram as melhores experiências de produção agrícola de que se tem notícias até hoje, em regime comunitário!

Foram e são pioneiros em várias tecnologias de produção de alimentos e hoje sobram excedentes que exportam, principalmente, para a Europa!

                                                                  

Ji-Paraná, abril de 2021.

Assis Canuto

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