Sexta-feira, 16 de agosto de 2024 - 15h01

Dados recentes
revelaram que o Brasil atingiu um patamar de 56% de crianças alfabetizadas no
último ano. Esse resultado mostra que o país conseguiu alcançar desempenho
anterior à pandemia de covid-19, período em que sabemos que a educação foi
bastante prejudicada.
Há municípios que
conseguiram alcançar resultados acima da média como 80,1% das crianças do
segundo ano alfabetizadas. Dados que superam a meta estabelecida para 2030. É o
caso de Perdigão que fica em Minas Gerais. Mas como podemos atingir dados tão
importantes em todo país?
Sabemos que muitas
vezes a capacitação oferecida pelas graduações ou magistérios não dão segurança
nem uma metodologia para que isso seja feito de forma adequada. Saber quando
ensinar a letra cursiva e como ensinar é uma dúvida presente no dia a dia de
muitos profissionais da educação e pais que se interessam pelo tema.
A cidade de
Perdigão, em Minas Gerais, está acima da média nacional e estadual em
alfabetização. Para isso, profissionais de educação focaram em programas que
incentivam a consciência fonológica, princípio alfabético, percepção visual,
percepção auditiva, vocabulário, grafomotricidade, entre outros.
A capacitação
ensina os professores a terem um melhor direcionamento. Além disso, faz com que
eles se sintam mais seguros para aplicar técnicas em sala de aula visando uma
alfabetização para crianças típicas e atípicas, como é o caso do programa
Proleia, que foi aplicado no município.
É válido ressaltar
que ela é a base de toda a aprendizagem. Ela não apenas capacita os alunos a
compreenderem o mundo ao seu redor, mas também as ajuda a se expressarem e se
comunicarem de maneira eficaz. Todos precisam estar alfabetizados até o final
do segundo ano, no máximo. No entanto, muitos enfrentam desafios únicos ao
longo desse processo.
Uma das principais
diferenças entre o Brasil e em outros países é o acesso à educação de
qualidade. Infelizmente, por aqui, muitas ainda não têm acesso a uma educação
de qualidade desde a infância.
A alfabetização é
muito importante, principalmente para as crianças atípicas. Mesmo que tenham
algumas dificuldades de aprendizado, quando aprendem a ler e escrever, isso faz
uma diferença enorme em suas vidas. Elas conseguem se expressar e se comunicar,
aprendem coisas novas de um jeito mais independente, sentem-se mais confiantes
e conseguem participar de atividades sociais e escolares.
Logo, para aumentar
os níveis de alfabetização é necessário um trabalho em conjunto envolvendo toda
a sociedade. Mais políticas públicas e investimentos para capacitação e cursos
de aprimoramento para professores e participação dos pais com atividades que
auxiliem nesse processo e incentivando os alunos típicos e atípicos a se desenvolverem
da melhor forma possível.
Vale lembrar de
que, hoje, a formação do professor em alfabetização não leva em conta a
neurociência. Quando os profissionais da educação têm acesso aos materiais
baseados em evidências científicas, eles entendem melhor o assunto e até mesmo
mudam o olhar diante do magistério. Isso faz uma enorme diferença.
(*) Luciana Brites
é CEO do Instituto NeuroSaber, psicopedagoga, psicomotricista, mestre e
doutoranda em distúrbios do desenvolvimento pelo Mackenzie, palestrante e
autora de livros sobre educação e transtornos de aprendizagem. Instituto
NeuroSaber https://institutoneurosaber.com.br
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