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Boi lerdo bebe lama – O mínimo que se espera de um político é que saiba escolher assessores


Edson Lustosa - Gente de Opinião
Edson Lustosa

Chega a impressionar como boa parte (e estou me referindo à parte boa, mesmo) dos políticos eleitos por nosso Estado estão cercados de assessores lerdos e despreparados, para deixar só nesses aspectos mais diretamente relacionados ao desempenho. Mas há casos notórios de desonestidade de todo tipo.

Nesse contexto todo, obviamente chamam mais atenção aqueles que foram eleitos pela mesma legenda do presidente Jair Bolsonaro. Afinal, fale-se o que quiser de Bolsonaro, ninguém será capaz de dizer que ele é lerdo e que não procure se acercar de pessoas operosas.

Muita gente não gosta do trabalho feito pelo ministro Moro, mas ninguém vê nele ausência de disposição para o batente ou incapacidade de enxergar e aproveitar oportunidades de promover junto à opinião pública o grupo político que integra. O mesmo se pode dizer dos demais membros da equipe ministerial.

Aquele general que recebe jornalistas é um show de raciocínio rápido, assertividade, perspicácia. Pode-se discordar do que ele diz, mas não se pode dizer que ele enrola, que ele se esconde da imprensa ou coisa assim. Mas o objetivo aqui não é falar da equipe, nem tampouco do chefe, mas da felicidade do chefe em compor a equipe que compôs.

Quando se vem para o PSL em Rondônia, a lógica seria esperar-se que houvesse alguma espécie de repetição do que se vê na cena nacional. Infelizmente, não. Por aqui não demos sorte. O PSL rondoniense beira o letárgico, tanto quanto partido político, quanto como conglomerado de pessoas com suas intenções diversas, divergentes e até divertidas.

E ainda pior é quando se verifica que até mesmo seus parlamentares, aqueles que vão precisar de novo captar votos em 2022, quiçá já em 2020, segundo se ouve falar nas pretensões à disputa da Prefeitura de Porto Velho, incorrem no mesmo erro de achar que compor uma assessoria e conduzir um gabinete é algo que não exige um planejamento estratégico, um critério seletivo de pessoal e outros cuidados do gênero. Isso está pra lá de patente. Aliás, por falar em patente, isso já está virando piada. Anuncia-se para breve que um cabo assumirá importante cargo.

Pobre Bolsonaro. Já não bastassem sua problemática incontinência verbal, a oposição cerrada que lhe é feita, os problemas decorrentes dos relacionamentos de seus filhos com personagens que a indefectível Polícia Federal não se interessa em localizar, não tem o presidente em Rondônia um cartão de visita de seu agrupamento político, apesar dos votos que obteve e de ter sido eleito um governador de seu mesmo partido. Ao contrário, amarga não ser viável chamar seus correligionários ao palanque em 2022.

Está aí, para quem quiser enxergar, a incapacidade de ao menos montarem equipes eficientes, apesar de, no caso do Executivo, haver honrosas exceções. Mas, no geral, na área parlamentar o que se percebe é que não acabaram de comemorar a vitória. E a alegria é momesca. Literalmente. Mas isso é tema para outro capítulo. O ideal seria que houvesse uma unidade de propósitos em um partido que se propõe à defesa da família. Mas, por enquanto, apenas lamente-se quem dentre seus correligionários não mais esteja em comunhão.

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