Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

×
Gente de Opinião

Artigo

A revolta da sociedade civil


A revolta da sociedade civil - Gente de Opinião

Cada vez mais as pessoas estão ficando revoltadas e irritadas com a incompetência e a falta de sensibilidade das autoridades estaduais e municipais. Não é à-toa que, em Manaus, os manifestantes, aos gritos de impeachment para o governador, obrigaram deputados a recebê-los e conseguiram abrir o comércio. Algo similar está ocorrendo no Distrito Federal e não se diga que é coisa de povo pouco esclarecido e sem educação. O mesmo aconteceu, por exemplo, na Alemanha, na Dinamarca, na Itália, na França e, recentemente, na Inglaterra. Aqui os sintomas estão aumentando, inclusive com vozes exaltadas contra a “Operação Restrição”. A lógica nos informa que se repetimos o mesmo método obteremos os mesmos resultados. Isto parece não importar para as autoridades públicas (que não tem problemas em receber seus polpudos salários independente do que fazem), pois, junto com uma mídia irresponsável que faz o jogo de interesses que somente podem ser escusos, insistem em querer manter as atividades econômicas paradas. Com que finalidade? É mais do que comprovado que não é o comércio que impulsiona a transmissão do vírus. É mais do que comprovado que a cada 1% que se perde de empregos aumenta em 0,5% o número de mortos por causa do empobrecimento da população. É mais do que comprovado que, depois da fase inicial, o lockdown é inócuo. Não há, já que se fala tanto em ciência, nenhum estudo que comprove a sua eficácia

E, a própria Organização Mundial de Saúde-OMC desaconselha sua adoção para as sociedades onde as pessoas necessitam trabalhar para sobreviver. Não bastasse isto levantamento epidemiológico do covid-19, da última semana, demonstra, com clareza, que São Paulo, quem mais fechou a economia, é, justamente, onde existe maior letalidade e maior número de mortos, praticamente 1/5 do total do pais. Entre os dez primeiros, com maior letalidade, somente Santa Catarina (4º lugar) não adotou um fechamento maior, mas, todos os outros, como Rio de Janeiro, Ceará, Minas Gerais, Bahia, Paraná, Pará e Góias foram muito mais severos nas suas medidas e, ao contrário do esperado, não tiveram bons resultados. Rondônia, que adotou um fechamento maior em Porto Velho tem, aliás, na capital, a liderança de mortalidade, mas, aparece em 22º lugar entre os 27 estados do país em termos de letalidade, segundo o governo federal. Não há, cientificamente falando, nada que comprove a eficácia de medidas restritivas fortes, do lockdown. Os estragos econômicos, segundo a própria OMC, são maiores do que o proveito, mas, o que parece, é mais fácil culpar o comércio do que procurar tomar as medidas efetivas de prevenção, que já se provaram efetivas, o controle e acompanhamento do vírus. Não se leva nem em consideração que a letalidade no Brasil é de 0,027 (9 morrem em cada 30 mil dos que contraíram o vírus), mas, só com a queda de 3% nos empregos  derivado da crise já morreram mais de 31 mil pessoas diretamente. Aqui, em Rondônia, 83% das pessoas afirmam que perderam renda e 65% das famílias apontam que dependem das suas atividades cotidianas para sobreviver. É uma situação explosiva. Só, por exemplo, no setor de bares e restaurantes 40% dos estabelecimentos fecharam suas portas e os demais lutam para sobreviver sob o terror de ver a polícia chegar, receber multas e ainda obrigá-los à comparecer as barras da justiça. Agora quem se responsabiliza pela renda perdida, pelos empregos, pela sobrevivência das pessoas? Até quando continuaremos sob a tirania de medidas que não tem, comprovadamente, efeito algum? 

Gente de OpiniãoDomingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

A linguagem não verbal para além da aula padrão

A linguagem não verbal para além da aula padrão

Qual é o tipo de comunicação que você transmite para os seus alunos? A sala de aula é um dos maiores desafios para os professores que não dá a mínim

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil

Uso excessivo de telas impactam o desenvolvimento infantil

É cada vez mais comum vermos crianças, cada vez mais novas, expostas ao uso de telas. Além disso, o tempo de uso também está cada vez maior. Estudos

Salvar vidas de jovens no trânsito é tema de campanha do ONSV: “O futuro não pode mais ser interrompido nas ruas”

Salvar vidas de jovens no trânsito é tema de campanha do ONSV: “O futuro não pode mais ser interrompido nas ruas”

Quando nos deparamos diante de uma notícia de um acidente envolvendo avião, ficamos estarrecidos, pois, de forma geral, muitas vidas são ceifadas. S

Black Friday 2025 deve movimentar R$ 13 bilhões só no Brasil, diz ABCom

Black Friday 2025 deve movimentar R$ 13 bilhões só no Brasil, diz ABCom

O Brasil se prepara para mais uma Black Friday com expectativas de faturamento recorde. Segundo projeção da Associação Brasileira de Comércio Eletrôni

Gente de Opinião Domingo, 16 de novembro de 2025 | Porto Velho (RO)