Quinta-feira, 27 de agosto de 2020 - 15h01

Grande dialética esta que inclui nela a contradição
Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu a 27 de agosto de 1770, em Stuttgart e morreu em Berlim em 1831 (14.11).
Hegel é um filósofo universal; o seu modelo de filosofia assenta todo ele na razão. Para ele “Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional. O verdadeiro é o todo”.
Hoje vivemos num modelo de pensamento do “ou… ou”, um pensamento pombaleiro (em prateleiras) que chega a confundir a prateleira com o armário, a parte com o todo.
Não chega formar as pessoas só no sentido de um pensamento devocional, no seguimento de heróis. Importante é sentir-se em processo, num processo inacabado de contínua procura da verdade; diria que as certezas seriam as pedras em que colocamos os pés do pensamento na caminhada em procura do sentido, da verdade/realidade. De Hegel aprendi que tudo é processo, o mesmo que reconheci na teologia e na espiritualidade cristã que floresce na inter-relação pessoal.
Tudo é procedimento com sentido, não se perdendo no caos nem no acaso. Na dialética procura-se expressar a coisa e o seu contrário ao mesmo tempo (inclui nela a contradição). Assim a realidade é a-perspectiva e, como tal, pode ser sempre observada de uma perspectiva (ponto de vista) diferente. A realidade encobre sempre outros aspectos a descobrir nela! Por isso ela terá tantos rostos como há de humanos racionais.
Segundo o seu biógrafo Sebastian Ostritsch em entrevista (HNA, 27.08) e no seu livro "Hegel: O Filósofo do Mundo “, Hegel encontra-se na fila de Platão, Aristóteles e Kant. "Ele é um filósofo mundial porque pensa o mundo como um todo, não deixando de fora nenhum aspecto da realidade"… “Hegel afirma sempre considerar a sua própria perspectiva limitada. Ele obriga-nos a reflectir sobre as nossas próprias limitações a fim de as ultrapassarmos.
Todo o pensamento sério procura o inteiro. O todo também contém o que falta e a parte que a nossa perspectiva não consegue ver também faz parte dele. O zeitgeist de hoje tem medo disto e perde-se em particularismos e em sentimentalismos!
Para Hegel o pensar é um tipo especial de movimento. “quem se envolve com um pensamento ou conceito no sentido de Hegel e o pensa consistentemente até ao fim, nota que o pensamento muda, torna-se outro pensamento. Os pensamentos são móveis, começam a fluir e formam um contexto fora de si mesmos. Esta é uma experiência incrível”.
Ainda a respeito da limitação Hegel dizia: “Quem quer algo de grande, deve saber limitar-se. Quem, pelo contrário, tudo quer, nada, em verdade, quer e nada consegue”. E avisava: “A necessidade, a natureza e a história não são mais do que instrumentos da revelação do Espírito”. Daí o muito repetido ditado hegeliano: "o medo do erro já é o próprio erro".
A filosofia de Hegel pretende interpretar toda a realidade nas suas manifestações de forma sistemática e integral.
António da Cunha Duarte Justo
In Pegadas do Tempo, https://antonio-justo.eu/?p=
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