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Silvio Persivo

Latinos calam as vuvuzuelas e as críticas


Se ontem foi o dia do Uruguai, hoje, foi o dia da Argentina. O fato inconteste é que os sul americanos entraram em campo ofensivos e confiantes de que ganhariam e ganharão com uma facilidade que foi proporcional ao talento dos times, embora, se tivessem tido um pouco mais de calma teriam feito muito mais gols. A verdade é que o melhor futebol e a lógica prevaleceram embora, principalmente, em relação à África do Sul a Copa tenha ficado mais triste. Eles alimentavam a ilusão de que poderiam ir mais longe, porém, para nós que conhecemos bem o estilo de Carlos Alberto Parreira, que é mestre em mandar tocar a bola de lado, nunca demos muito crédito. E foi o que assistimos: bola prá lá, bola prá cá e…nada acontecia. A aparente organização em campo não criava uma única chance real. Quem dominava e era mais ofensivo, segurava o jogo nas mãos, era o Uruguai que, mesmo sem conseguir furar o bloqueio, não deixava nem o toque dos africanos ser o melhor que poderiam fazer. O Uruguai marcou bem, não deu espaços e, quando o adversário abria aproveitava para os contra-ataques. Mais efetivo procurava chutar em gol e numa das tentativas Forlán chutou, a bola bateu nas costas de um sul-africano e matou o goleiro. Era só o que faltava. O jogo continuou igual e, no segundo tempo, fora uma jogada de linha de fundo, bem construída, para uma cabeçada de Mphela que trouxe algum perigo, aos 22 minutos, o Uruguai não correu perigo. E aos 30 minutos veio o que já era esperado quando o goleiro Khune para salvar outro gol fez penalti e foi expulso. Forlán cobrou no alto, forte, indefensável. Depois o passeio foi completo quando Suárez cruzou e Álvaro Pereira marcou o terceiro da celeste olímpica. Parreira, braços cruzados, olhos parados, era a imagem do desalento que se tornaria tristeza para os africanos. Quase classificado o Uruguai e a Àfrica do Sul corre o grande, o imenso risco de quebrar um tabu: o de ser a a primeira vez que o anfitrião cai na primeira fase.

Quanto ao jogo da Argentina, apesar de Messi ter feito umas boas estripulias, o nome da vez foi mesmo o de Gonzalo Higuaín que empurrou a bola para a rede três vezes e assumiu a artilharia da Copa. Não sem tempo o vilão na primeira rodada, graças aos gols perdidos, se transformou no herói ovacionado da goleada desta quinta-feira. A vitória por 4 a 1 mostrou o que os argentinos vieram para tentar ser campeões mesmo. Se bem que o ritmo do jogo foi o mesmo da Nigéria. Tanto que, nos primeiros 15 minutos, pouco aconteceu e em campo o roteiro parecia ser o mesmo do jogo de abertura. Sem jogadas com a bola no chão esta era levantada sobre a área, mas, aos 17 minutos, numa destas bolas, quem abriu caminho para o triunfo foi o gol contra do sul-coreano Chu-Young. Facilitou tudo. Higuaín ampliou de cabeça, e, tudo indicava que o terceiro viria logo quando, por um vacilo de Demichelis, que passou mal a bola na entrada da área, o oprtunismo de Chung-Young diminuiu antes do intervalo e criou alguma incerteza oara o segundo tempo. Porém, na volta se viu que a Argentina continuava no comando do jogo e era mesmo uma questão de tempo. Demorou, mas, aos 31 e aos 35 do segundo tempo novamente Higuaín voltaria a marcar massacrando a Coréia do Sul. Destaques para ele, que saiu aplaudido pelos 82.174 torcedores em Joanesburgo e para as boas atuações de Tevez, Messi e Di Maria. A Argentina sacramentou sua passagem, praticamente, para a outra fase em grande estilo e o Uruguai está quase lá também. De qualquer forma ambos mostraram força e disposição para ir em frente. E marcaram sete gols. Uma chuva para a seca de gols que já havia visto até agora.


Fonte: Sílvio Persivo 
 
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