Segunda-feira, 12 de julho de 2010 - 18h25
Um título que nunca havia sido conquistado jamais viria facilmente. Ainda mais para uma seleção que antes nunca havia se saído bem e tinha fama de fracassar na hora H. Não foi assim neste domingo, apesar dos gols perdidos, de quase ter entregue a partida para um time que não merecia, mas, o que vale é o resultado. E o título finalmente veio. Não sem sofrimento, pois, foram preciso muito mais que noventa minutos. Neles somente o empate. E vieram os 120 que pareciam que levariam os contendores aos pênaltis. Não aconteceu. Quase no final do jogo com apenas uns três a quatro minutos restando Iniesta fez o gol salvador e tirou da garganta e do peito dos espanhóis mais do que o grito de gol. Tirou deles o peso de, apesar de ser um meca do futebol moderno, jamais ter abiscoitado o título mundial. O 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação é um prêmio ao conjunto e, com louvor, a primeira Copa do Mundo na África viu nascer o oitavo campeão da história. Um campeão que não foi espetacular (mas, quem foi?). Muito ao contrário. Foi um campeão de um futebol até meio chato, muitas vezes, pouco objetivo, no entanto, solidário e que jogou como uma equipe de basquete fechando os espaços.
Não foi um jogo bonito de ser visto, pois, as equipes começaram o jogo com os cuidados que existem em todas as finais. Com mais medo do adversário que vontade de atacar. E os artilheiros, no primeiro tempo, não conseguiram ter nem mobilidade nem oportunidade presos na marcação cerrada que, não poucas vezes, deslanchou para a jogada desleal e a violência. Assim, foram poucas as oportunidades e a maioria de longe contra goleiros que estavam muito bem na partida. A Espanha conseguiu ter mais posse de bola, do jeito que gosta, não apenas no primeiro como no segundo tempo (57%) com o seu jogo de passes laterais e até deu 12 chutes, mas, sem conseguir marcar.
No segundo tempo o jogo melhorou com mais chances de parte à parte, mas, a melhor esteve num dos contra-ataques quando Sneijder, até então sumido, acertou um lançamento perfeito para Robben entre dois zagueiros espanhóis. O atacante do Bayern de Munique invadiu a área, cara a cara com Casillas, e chutou, mas a bola bateu no pé do goleiro e foi para escanteio. Robben teve outra grande oportunidades de acabar cim o jogo sozinho diante de Casillas, aos 38 minutos, depois de ganhar de Puyol na corrida. O goleiro saiu bem e evitou o drible, e o holandês reclamou de forma acintosa de falta do zagueiro, recebendo o nono cartão amarelo do jogo. Assim, por má qualidade dos artilheiros e dos ataques voltou a acontecer o que não acontecia desde 1994, quando o Brasil bateu a Itália nos pênaltis, uma final não terminava em 0 a 0 e foi para a prorrogação assim, sob a esperança de que uma das equipes acertasse o pé numa jogada de bola parada. tal tinha sido a falta de oportunidades de gol reais, embora tivessem quase existido não fosse os erros de ambos os lados. Na prorrogação, como se esperava, o bicho pegou. E gols voltaram a ser desperdiçados até que, quando não se esperava mais nada, veio o gol de Iniesta avermelhando o mundo. Festa da Espanha, a nova campeã do mundo.
Fonte: Sílvio Persivo
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