Quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010 - 10h07
Aécio Neves não se pode negar tem o “feeling’ dos políticos mineiros. Mal teve certeza de que o PSDB não faria as prévias internas, com a matreirice mineira bem conhecida, anunciou sua desistência e candidatura ao senado. Foi um gesto calculadamente surpreendente ainda mais que ao se preparar para ser senador semeia ter uma maior importância no futuro que ser um vice, um mero apêndice do poder como costumam ser os vices. Em que pese o inconformismo de muitos que gostariam de subir ao poder com ele foi um atitude muito acertada. Como acerta mais uma vez, agora, quando se desliga do tiroteio entre tucanos e petistas que não lhe interessa nem faz ganhar nada. Melhor é se preservar para ser um negociador sem problemas e ileso de possíveis balas perdidas da disputa. O cálculo de Aécio é o mesmo de José Serra: ainda não é tempo de se expor ao desgaste de um tiroteio prematuro. Claro que isto é o oposto do que interessa ao governo. Afinal Lula lançou uma noviça política que precisa ser testada no fogo. Dilma, que é egressa do PDT gaúcho e foi devota do brizolismo, é uma cristã nova que precisa dos focos e das luzes da imprensa o que tem buscado desesperadamente e, diga-se de passagem, sem sucesso. Falta-lhe o carisma e a proximidade do povão que ninguém pode negar ao presidente operário.
O lançamento da candidatura de Dilma é uma operação arriscada que somente se justifica pela falta de opções dentro do partido. Com o Mensalão e suas conseqüências nefastas o PT perdeu todas as lideranças que poderiam ser uma opção e, a grande verdade, é que Lula da Silva não deu sombra para nenhuma grande liderança. Até mesmo promessas como Marta Suplicy ou Aluizio Mercadante se tornaram pífias apostas eleitorais até mesmo no seu próprio estado. Quem mais poderia ser? Tarso Genro? Um nome muito pouco palatável. Logo sobrou para Dilma, apesar das dúvidas não só das lideranças internas, como da coligação palaciana, sobre a viabilidade da candidatura da ministra. Lula, sem escolhas, tenta fazer da campanha presidencial um plebiscito entre ele e Fernando Henrique. FHC até o ajuda,porém, os problemas no caminho são imensos. Inclusive Ciro Gomes, anunciado como uma terceira força, que perde fôlego, porém, se sai arrisca facilitar a vida de Serra e até permitir que ganhe no primeiro turno. Pesquisas indicam que Serra lidera, mas Dilma cresce. Mas, a posição do tucano é imensamente confortável.
Fonte: Sílvio Persivo (Drº em Desenvolvimento Sustentável)
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