Sexta-feira, 8 de abril de 2011 - 06h14
CARTA BRANCA QUE AUTORIZA O
ASSASSINATO EM SÉRIE NO BRASIL
"Nós temos que entender que o território indígena não é como uma propriedade privada. As terras dos povos indígenas são uma extensão de sua vida, de sua cultura. Eles têm de lutar por elas. Não posso ficar condenando os índios por defenderem seu território. Os garimpeiros sabiam do risco." A declaração, feita poucos dias depois do 7 de abril de 2004, quando 29 garimpeiros foram massacrados de forma selvagem, como se fossem animais e não seres humanos e representou um salvo-conduto para o assassinato em série. Porque foi feita pelo então presidente da Funai, Mércio Gomes Pereira. O Ministério Público e o Judiciário assinaram embaixo, porque ontem, quando os bárbaros crimes completaram sete anos, sequer foram indiciados os responsáveis pelo massacre. Dependendo de quem decide, não há imparcialidade. Quando 29 seres humanos, pais de família, que invadiram a reserva Roosevelt (em muitos casos mancomunados com chefes indígenas) foram mortos a pauladas e tiros de espingarda, as vítimas se tornaram vilãs e os assassinos foram perdoados.
Que Brasil é esse que essa gente quer? Um país mantido por ideologias pessoais ou uma terra onde há lei, ordem, respeito à vida, não importa de quem seja? Dar carta branca a massacres é o exemplo que queremos que nossos filhos aprendam? Em nome de que direito ou razão se conclui que os índios – liderados por uma minoria de caciques que andam de camionetes importadas e falando ao celular – podem matar sem sequer serem repreendidos? Esse é o país que estamos legando para o futuro, onde não há certeza do que é certo ou errado, onde as autoridades, dependendo de suas ideologias pessoais, punem ou não a violência. Sete anos se passaram. Há muito gente que faz questão de esquecer. Mas há os que não se esquecerão nunca.
COMEÇANDO PRÁ VALER
Neste final de semana, o governo Confúcio Moura completa seus primeiros cem dias no comando de Rondônia. A fase inicial foi de conhecimento da máquina, estruturação e adaptação ao novo comando. Os primeiros projetos já estão em andamento e a partir de agora começará, sem dúvida, a aparecer a marca pessoal de Confúcio. Esperemos para ver.
POUCAS MUDANÇAS
Nos 100 dias, as avaliações da equipe também foram feitas. Mudanças à vista, por enquanto, muito poucas. Uma delas, no segundo escalão, já está confirmada. Deverá ser trocado também um dos secretários. Afora isso, pelo menos nesse momento, não vai mudar o time titular lançado por Confúcio desde que começou a governar.
DEM POR CIMA
O comando de uma das principais secretarias de Estado vai trocar. Sai o titular e ainda não há, ao menos oficialmente, a decisão sobre seu substituto. O que se ouve nos corredores palacianos é que o setor ficará nas mãos de um representante do DEM de José Bianco. Mas nada oficial, ao menos até agora.
HUMILDADE
Confúcio dificilmente se queixa. Quando ouve críticas – aquelas justas e não feitas ao sabor apenas de interesses financeiros e pessoais de quem as faz – tem humildade para escutar. É uma virtude rara, no meio dos poderosos. Dias atrás, inclusive, ele reconheceu a um amigo próximo que fez uma escolha errada em uma de suas assessorias. Por isso vai trocar.
DOIS NOMES
Com relação à futura eleição na Capital, Confúcio já tem pelo menos dois nomes com que simpatiza. O primeiro deles é o do atual vice-prefeito, Emerson Castro, companheiro de PMDB e por quem Confúcio nutre respeito e amizade. No decorrer das conversas, apareceu outro: o do jovem deputado David Chiquilito, do PC do B.
DAVID NO PODER
David está prestes a perder sua cadeira na Assembleia, por causa da não validade da Lei Ficha Limpa. Marcos Donadon deve assumi-la. Confúcio já estaria preocupado com a situação e teria comentado a pessoas próximos que pode levar David para a sua administração, quando ele sair da ALE. É um indício forte de que o filho de Chiquilito Erse está nos planos de Confúcio para 2012.
PT REGIONAL
O PT também começa a se articular. A deputada Epifânia Barbosa, muito ligada ao grupo que tem como maior líder o prefeito Roberto Sobrinho, está muito cotada para ser a presidente regional do partido. As conversações estão em andamento e nas próximas semanas deverá ser batido o martelo.
VAI DECIDIR
No diretório municipal, o comando continua com Tácito Pereira, outro aliado fortíssimo de Sobrinho. Ou seja, a escolha dos nomes petistas para 2012 e como o PT vai andar, passará, sem dúvida, pelo prefeito da Capital.
OBSTÁCULO
Sonhando com a Prefeitura da Capital, o deputado José Hermínio Coelho, que tem se mostrado muito atuante na Assembleia Legislativa, é nome quentíssimo para 2012. Ele terá, contudo, que superar a grande divergência que tem com o grupo que comanda o Palácio Tancredo Neves para ter seu nome homologado. É daqueles obstáculos duros de se transpor.
Fonte: Sergio Pires - ibanezpvh@yahoo.com.br
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