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Gente de Opinião

Hiram Reis e Silva

Salve Lindo Pendão da Esperança


Salve Lindo Pendão da Esperança - Gente de Opinião

24.11.2025

Mais uma vez tenho a honra de repercutir um artigo de meu Mestre Higino Veiga Macedo. Há muito que as datas magnas de nossa nacionalidade vem sido esquecidas e corrompidas contando, infelizmente com a aquiescência daqueles que deveriam cultua-la. Um País sem memória, que não valoriza seu passado, está condenado a repetir os mesmos erros no futuro. “Consentio in genere, numero et gradu

Salve Lindo Pendão da Esperança

(Cel Eng Higino Veiga Macedo)

Mais um dia, de mais um ano, em que o maior SÍMBOLO NACIONAL – a Bandeira do Brasil fica sem comemoração. Perguntei, na rua, a três alunos de escolas diferentes, como teria sido o culto à Bandeira, nesse Dia da Bandeira. Apenas disseram que a aula foi normal.

Esqueceram do Rito ([1]) que fortalece a Nacionalidade. Mataram o Símbolo da Nacionalidade. As Escolas deixaram de formar também o CIDADÃO. Apenas praticam didáticas, que sabemos, precárias, de fundamentos à algumas ciências.

Com vivemos em ambientes, disfarçados, do velho marxismo, culto à nacionalidade virou prática de FASCISMO. Engraçado, irmãos siameses: nazismo e leninismo, por nascimento alemão, e companheiros na Segunda Grande Guerra, o marxista, hoje, usa como sua mais profunda OFENSA moral, nomear alguém de FASCISTA. E na dita guerra, os maiores matadores (genocidas – palavra, de ofensa, da moda) na humanidade foram: nazismo e marxismo-leninismo.

Mas o que é a BANDEIRA? Quando surgiram as Bandeiras como representatividade?

Consultas ao Google, chega-se à conclusão de que esse modelo não foi invenção de pessoas. Já na antiguidade, Exércitos em combate usavam bandeiras para que o combatente soubesse onde se encontrava sua tropa ou sua especialidade: Cavalaria, Infantaria, etc., etc...

Os romanos foram os primeiros a usar um tipo primitivo de bandeira, chamado “vexillum”, a partir de 107 a.C.. “Vexillum” ([2]) também pode ser sinônimo de “vexilo”, “estandarte” ou “insígnia” em português.

Com o tempo, as Bandeiras passaram a significar mais que tropa. Foi ressignificada como representatividade de um povo, a partir da Idade Média.

Hoje, a Bandeira é mais que carteira de identidade de um País. Ela é a foto do documento. Por ela, se deduz a Forma de Governo, Regime de Estado. Dos SÍMBOLOS NACIONAIS ([3]), ela é a de maior potência simbólica (união do humano com sua transcendência). É a Bandeira que acompanha as delegações sejam oficiais ou sejam desportivas; ela que acompanha os desfiles cívicos dos alunos; é perante a Bandeira Nacional que os militares fazem seus JURAMENTOS de Sangue; é a Bandeira Nacional que recebe “continência” prestada pelo Hino Nacional. A sua portabilidade a transcende além de objeto. A Bandeira é o molde do cidadão.

E, a atual Bandeira Nacional é o passaporte internacional certificando que aqui não há reino, império, principado. Aqui não há proprietário monárquico do solo. Não há súditos hereditários. É Símbolo da República por consciência coletiva, de que se é tomado, ao cantar segmentos do Hino da República:

Liberdade! Liberdade! / Abre as asas sobre nós! / Das lutas na tempestade / Dá que ouçamos tua voz! [Estribilho]

 

Do Ipiranga é preciso que o brado / Seja um grito soberbo de fé! / O Brasil já surgiu libertado, / Sobre as púrpuras régias de pé. / Eia, pois, brasileiros avante! / Verdes louros colhamos louçãos! / Seja o nosso País triunfante, / Livre terra de livres irmãos! [IV Estrofe]

 

E nada como complemento do Hino da Bandeira, para essa República:

Em teu seio formoso retratas / Este Céu de puríssimo azul, / A verdura sem par destas matas, / E o esplendor do Cruzeiro do Sul. [II Estrofe]

Há os nostálgicos da monarquia que insistem em definir as cores da Bandeira Nacional como um favor concedido pela monarquia destronada. Os mais radicais classificam a República como um “Golpe de Estado” A frágil monarquia seria herdada pelo Conde D’Eu dada a inexpressividade da Princesa. Os atentos militares brasileiros se anteciparam à manobra (isso seria Golpe).

Assim, foram felizes os autores ([4]) da heráldica da nossa Bandeira: manter as cores antigas em respeito aos feitos dessas cores em lutas que garantiram toda nossa integridade física, defendidas  por brasileiros, como está no Decreto Provisório de Deodoro de 19 de novembro de 1889:

Considerando que as cores da nossa antiga Bandeira recordam as lutas e vitórias gloriosas do Exército e da Armada na defesa da Pátria;

Assim passamos a ter ([5]):

Verde: “Representa as matas (vejam que não é FLORESTA) e a vegetação brasileira” e não “a Casa de Bragança de Pedro I”, Braganças que nada tinham de brasileiros, mas de “parasitas monárquicos europeus”. Aqui, mistura de três etnias;

Amarelo: “Simboliza o ouro e as riquezas naturais do País” e não a “cor da Casa dos Habsburgo-Lorena da esposa de D Pedro I, Dona Leopoldina”. Esta descendência sim: nada, mas “muito nada”, com brasileiros; parasitas de outros naipes.

Azul: “Remete ao Céu brasileiro e aos Rios”;

Branco: “Na faixa branca representa o desejo pela paz, inspirado pela filosofia positivista”, o lema “Ordem e Progresso” inspirado pelo lema do positivismo de Auguste Comte: “O Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim”.

Os saudosos monarquistas classificam os “POSITIVISTAS” de antimilitares. Os marxistas, de “FASCISTAS”. Esquecem que o POSITIVISMO respeita o que de mais “positivo” existe no humano: “sua inteligência”. Respeita todas as ciências; rejeita as metafisicas e adivinhações. Como iluministas, são racionalistas e empíricos. Se defendem a paz, é porque ela existirá com a racionalidade.

Enfim, cada vez mais nos distanciamos do maior e mais significativo SÍMBOLO NACIONAL. Há que haver um “arranjo legal” para que o Dia da Bandeira seja comemorado com a mesma importância do Dia de Independência e o Dia da Proclamação da República. Estes são marcos temporais. A Bandeira do Brasil é física, é objeto, é palpável. A Bandeira Nacional provoca, ao mesmo tempo, os sentimentos – amor, respeito, empatia; e os sentidos: tato, cor, forma...

É um SÍMBOLO NACIONAL visto que nunca existirá Símbolo Estatal; ou símbolo Governamental. É perante ela que o cidadão despoja de sua vida e a entrega em benefício da Nação (empatia). É o único símbolo Nacional capaz de, sob seu manto, SAGRADO, e por sua portabilidade, capaz de unir brasileiros e não desuni-los com CORES, “pseudoRAÇAS”, RIQUEZAS e POBREZA.

[...] Bandeira do Brasil

Ninguém te manchará

Teu povo varonil

Isso não consentirá

 

Bandeira idolatrada

Altiva a tremular

Onde a liberdade

É mais uma estrela

A brilhar! ([6])

Sic Cogito, Higino

(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;

 

YYY Coletânea de Vídeos das Náuticas Jornadas YYY

https://www.youtube.com/user/HiramReiseSilva/videos

 

Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989);

Ex-Vice-Presidente da Federação de Canoagem de Mato Grosso do Sul;

Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);

Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);

Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);

Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS);

Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);

Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);

Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);

Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO);

Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);

Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTAP)

Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS);

Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG);

Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN);

E-mail: hiramrsilva@gmail.com



[1]    RITO é rumo. E nele começado, como rumo, não deve ser trilha, mas trilho. Qualquer desvio, do rumo ou do trilho, há risco do descarrilo. O rito descarrilado: – Banaliza a cerimônia; – Degrada o símbolo e – Desmoraliza a instituição. (Higino, 10.05.1995)

[2]    Objeto semelhante a uma Bandeira usado como estandarte militar por unidades do Exército Romano. Um vexillum comum exibia imagens da águia romana sobre um fundo avermelhado. (www.google.com)

[3]    Símbolos Nacionais: Hino Nacional – 13 abril de 1922 (monarquia); Bandeira Nacional, Brasão e Selo Nacional, estes republicanos e criados com a Lei Nº 5.700/1971 (Lei dos Símbolos Nacionais de Brasil).

[4]    Autores da Bandeira do Brasil: Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemos, Manuel Pereira Reis e Décio Villares. (Higino V. Macedo)

[6]    Canção Fibra de Herói – Letra: Teófilo de Barros Filho e Música de César Guerra Peixe (Higino V. Macedo)

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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