Sexta-feira, 5 de dezembro de 2025 - 07h45

Bagé, RS, 05.12.2025
Vamos continuar reproduzindo
as reportagens da Revista Manchete:
Manchete n° 625, Rio de Janeiro, RJ
Sábado, 11.04.1964
Jango – Sete Dias em
Março
(Escreve Murilo Melo
Filho)
Os
últimos sete dias de março reativaram o processo da crise político-militar. O
grupo de marinheiros, reunido no Sindicato dos Metalúrgicos, venceu a luta
contra o Ministro Sílvio Mota, derrubado de seu posto, enquanto o Almirante
Cândido Aragão retornava ao comando dos Fuzileiros e um Almirante nacionalista
assumia a pasta da Marinha. A vitória da
área esquerdista era
a mais
completa
possível e o marujos a traduziram nas
avenidas do Rio através de manifestações públicas de regozijo. Mas já no sábado
de Aleluia, a reação começou a esboçar-se no Clube Naval, com a participação de
dezenas de Almirantes e centenas de Oficiais Superiores. Consideram-se eles
diminuídos e feridos em sua autoridade pelo fato de não terem sido punidos os
cabos e marinheiros. Declararam, então, a impossibilidade de se manterem em
seus postos e comandos, sem que o princípio da hierarquia e da disciplina fosse
restabelecido. A esta altura, o Sr. João Goulart interrompera seu descanso no
Sul e voltara a fim de debelar os aspectos mais urgentes da crise. Do Rio,
supondo tê-la resolvido, dirigira-se a Brasília, tentando recuperar seu
descanso pascal. Mas foi novamente interrompido pelas notícias chegadas do Rio,
informando-o de que o Clube Militar, através do Marechal Augusto Magessi,
acabava de solidarizar-se com os seus colegas da Marinha na dupla evidência:
punição dos marinheiros e afastamento do Almirante Aragão.
O presidente, apanhado de surpresa pelo alastramento da crise a setores do Exército, justamente no instante em que a considerava debelada e restrita à Marinha, declarou que seus adversários certamente o teriam acusado se não tivesse agido com rapidez, firmeza e serenidade. Mas agira prontamente, evitando que a crise se alastrasse, através de conflitos sangrentos, que chegaram mesmo a esboçar-se. Depois de elogiar a atitude do Exército e da Aeronáutica, a cuja unidade e alto patriotismo declarou dever o País a rápida suspensão da crise – que, se prolongada, poderia nos conduzir a caminhos mais perigosos – o Sr. João Goulart garantiu que a ordem e a disciplina seriam restabelecidas em sua plenitude pelo novo titular da Marinha.

Enquanto Oficiais do Exército e da Marinha se Reuniam nos Clubes Naval e Militar, o Presidente, Acompanhado de Ministros de Estado, Recebia Ruidosa Homenagem de Sargentos de Todas as Armas
Justamente então a Câmara e o Senado se preparavam para reabrir seus trabalhos, após o hiato da Semana Santa. Na ordem do dia da primeira sessão figurava exatamente o processo de anistia aos sargentos rebelados de Brasília. Parecia pacífica a aprovação desse projeto. Todas as bancadas estavam unidas em torno da tese de que era necessário desanuviar as tensões e perdoar os insurretos. Mas o episódio dos marinheiros criou ambiente inteiramente diverso: já ninguém poderia garantir a aprovação do projeto. Foi nessa atmosfera que se reiniciaram os trabalhos legislativos. Na Câmara, isso ocorreu sob um tenso bombardeio dos mais alarmantes boatos o rumores. Um fato contribuiu para o agravamento das preocupações: seu Presidente, Deputado Ranieri Mazzilli, que passara toda a manhã em contato com os líderes parlamentares e não ocultava suas apreensões estava presidindo os trabalhos quando, após ouvir uma comunicação que lhe foi feita ao ouvido levantou-se de forma abrupta da cadeira, foi ao gabinete atender a um telefonema e retirou-se apressadamente do edifício do Congresso.
Tomou depois rumo ignorado, logo começando a circular as mais desencontradas versões sabre a sua ausência. Dizia-se ora que fora chamado ao Rio com urgência para conferenciar com o presidente da República; ora que se dirigira à Granja do Torto para ali falar com Jango; ora que se encaminhara ao seu apartamento em Brasília onde, após comunicar-se com São Paulo, resolvera tomar um avião para ir ao encontro do Governador Ademar do Barros. Enquanto isso, sucediam-se as mais absurdas especulações: Estado de Sítio, intervenção na Guanabara, São Paulo e Minas, convocação de Constituinte e até renúncia de Jango. Só uma coisa era cena: o Sr. Ranieri Mazzilli voara para São Paulo, indo diretamente para os Campos Elísios, a fim de avistar-se com o Governador paulista. Desmentiu, porém, que sua viagem se destinasse a providenciar a transferência do Congresso para São Paulo. Tampouco o Sr. João Goulart se ausentara do Rio. Ao contrário, estava naquele mesmo instante se preparando para dirigir-se ao Automóvel Clube, onde iria receber as homenagens do milhares de sargentos e pronunciar importante discurso.
O líder do PSD, Deputado Martins Rodrigues, homem habitualmente cauteloso e comedido, não escondia seus temores. Acabara de falar com o senhor Ranieri Mazzilli e dizia que talvez estivesse o País vivendo os últimos momentos do regime. Foi nesse clima que chegou ao Congresso a notícia da proclamação feita pelo Governador Magalhães Pinto, de solidariedade aos Almirantes, em meio a uma reforma de seu secretariado, para dar posse ao Deputado José Maria Alkmin na Secretaria de Finanças. A atitude do Governador mineiro passou logo a ser interpretada como indício de união, em Minas, com PSD e UDN ligados ao Governo Estadual, que por sua vez estaria muito bem guarnecido pelo apoio das Unidades do Exército ali sediadas. Informava-se que o Sr. Magalhães Pinto havia tomado a precaução de ouvir os Generais Carlos Luís Guedes e Olímpio Mourão, Comandantes das Guarnições Militares de Minas. A Força Pública Mineira teria sido igualmente mobilizada, para enfrentar qualquer eventualidade. Simultaneamente, circulavam notícias de que o Governador Ademar de Barros estava bem garantido pelos principais Comandos sediados em São Paulo, sobretudo por parte do General Amauri Kruel, Comandante do II Exército.
Dizia-se, então, que o presidente da República, diante da reação contrária ali desencadeada, teria caído em si e verificado que realmente a falta de punição para os marinheiros constituíra a gota d’água que fizera a taça transbordar. O General Assis Brasil teria traçado o quadro realista da situação, para revelar-lhe que até mesmo os oficiais janguistas se encontravam sem argumentos para rebater a ofensiva dos seus colegas. Todos, de uma forma ou de outra, se consideravam atingidos pela impunidade dos marinheiros. Em razão disso, foi adotada a providência de instaurar três inquéritos policial-militares na Marinha: um para apurar a rebeldia dos Almirantes e Oficiais Superiores em seus manifestos: outro para investigar a atitude dos Oficiais que haviam atirado contra os marinheiros no Arsenal de Marinha ou se haviam opostos à posse do novo Ministro; e, ainda, o inquérito para apurar a responsabilidade dos líderes das manifestações verificadas no Sindicato dos Metalúrgicos. Após receber no Palácio das Laranjeiras o General Oromar Osório, Comandante da Vila Militar, o presidente da República passou a pesar bem na balança as vantagens e conveniências de um recuo ou de uma sustentação de sua atitude. De um lado, os Oficiais da Marinha e do Exército, que no Clube Naval e no Clube Militar, exigiam a punição dos marinheiros, e, do outro, os comandos sindicais impondo a liberdade dos marinheiros como condição indispensável para que não fosse deflagrada uma greve geral. Ao mesmo tempo, circulavam notícias e rumores que completavam o quadro da crise:
I – O Governador Nei Braga voara até Goiânia a fim de conversar com o Governador Mauro Borges, e, possivelmente integrá-lo na entente dos Governadores liderados pelo Sr. Magalhães Pinto.
II – Alegava-se no Congresso que o novo Ministro da Marinha não tinha poderes para anistiar os rebeldes, porque essa atribuição era privativa do Poder Legislativo.
III – No Senado, o Sr. Moura Andrade reunia um grupo de Deputados e Senadores não só para tomar conhecimento do manifesto do Governador Mineiro como também para divulgar uma nota oficial sobre a situação.
IV – Afirmava-se que o Marechal Augusto Magessi Presidente do Clube Militar, poderia também ser punido pela solidariedade ao Clube Naval, embora isso não estivesse nas cogitações do governo.
V – O Banco do Brasil ordenara a suspensão do redesconto de alguns bancos paulistas, mineiros e cariocas, ligados a líderes oposicionistas. O Sr. Hugo de Faria, diretor da Carteira de Redesconto, deveria ser nomeado para a presidência do BB, em substituição ao Sr. Nilo Medina Coeli.
VI – Em Governador Valadares, agravara-se o choque entre camponeses e fazendeiros.
VII – O Ministro da Guerra, em convalescença de uma operação cirúrgica, desmentia os rumores de que pretendia viajar para os Estados Unidos, assim desautorizando indiretamente as notícias de que teria substituto.
Em meio a tantos receios e temores, o Sr. João Goulart dirigiu-se ao Automóvel Clube do Brasil para ser homenageado pelos sargentos do Exército. Aeronáutica, Marinha e Policias Militares. Ali ouviu a palavra de vários líderes da classe, entre outros, o sargento Garcia Filho, atualmente deputado federal, que perguntava:
Quem depôs o Sr. Getúlio Vargas em 1945? Quem derrubou o Ministro João Goulart da pasta do Trabalho? Quem levou o Presidente Vargas ao suicídio em 1954? Foram os soldados? Não! Quem tentou impedir a posse do Presidente Juscelino em 1955? Foram os marinheiros? Não! Quem fez as rebeliões de Aragarças e Jacareacanga? Quem quis impedir a posse do Presidente Jango em agosto de 1961? Foram os soldados e marinheiros? Não e não!
Foi após essas indagações e respostas, e já tendo falado cerca de oito oradores, que o Presidente da República se levantou, para fazer um dos seus mais longos e veementes discursos. Declarou, de início, que a crise que nesta hora se manifestava no País foi provocada pela minoria de privilegiados que vive de olhos voltados para o passado. Afirmou que o momento exige de cada brasileiro o máximo de calma, mas também o máximo de energia e determinação, pois só assim faremos face ao clima de intriga e envenenamento que grupos poderosos estão procurando criar contra o governo e as Classes Armadas. Prosseguiu o Sr. João Goulart:
Para compreender o esquema desses grupos –basta observar que eles estão comandados pelos mesmos inimigos da democracia que ontem pregavam o golpe e a ditadura, concitando o povo ao regime de exceção. As forças e as pessoas que provocaram o suicídio do Presidente Vargas, que foram as responsáveis pela renúncia de meu antecessor, que procuraram impedir em 1950, 1955 e 1961 a posse dos três presidentes eleitos são as mesmas que agora se reúnem contra as reformas exigidas pelo povo brasileiro. Elas, em 1951, desejavam rasgar a Constituição e hoje se julgam as suas defensoras. Tudo isto é história recente, que não precisa ser repetida. Os inimigos do povo Intensificam a luta contra o meu governo.
Declarou que a Nação é testemunha do seu empenho em falar com lealdade e franqueza. Disse ter feito:
Toda a sorte de esforços para procurar soluções conciliatórias no encaminhamento pacífico das reformas, convocando para seus auxiliares alguns representantes das classes dirigentes e submetendo-se, com isto, à crítica de companheiros leais. No entanto, todos esses esforços encontraram a resistência de preconceitos, a frieza da intransigência, o hábito do insulto pessoal ao presidente, a insensibilidade dos mais favorecidos, que encaravam como sinal de fraqueza o meu desejo de encontrar soluções pacíficas. O veto dessa minoria reacionária revelou-se quando disse que reprimiria pela violência as mais legítimas reivindicações das classes populares.
Disse o presidente João Goulart que a campanha de sabotagem foi além da deformação das diretrizes legalistas de seu governo, procurando aliciar os próprios sentimentos cristãos e religiosos do povo brasileiro. E asseverou que, de repente, aqueles que mais pregavam o ódio se irmanaram aos maiores corruptores para juntos falarem em nome do sentimento cristão do povo. E, assim, passaram a acusar de anticatólico e anticristão não apenas o presidente da República, mas o próprio cardeal de São Paulo. Continuou o presidente:
Na hora em que ainda repercutem as Encíclicas de João XXIII – têm esses aventureiros a audácia de falar em nome do povo. Não me cabe combater essa usurpação. A Ação Católica de Minas e a de São Paulo já tomaram essa iniciativa. E a maior resposta a esses fariseus foi dada por aquele extraordinário prelado brasileiro que a 2 de fevereiro de 1963 afirmava:
Os poderosos da América Latina falam muito de reformas de base, mas acusam de comunistas aqueles que querem realizá-las. O egoísmo de muitos ricos, sua cegueira, é um problema muito mais grave e importante do que o próprio comunismo.
Esse grande sacerdote acaba de ser designado pelo Papa para Arcebispo de Recife. É o Arcebispo D. Helder Câmara. Aconselho a todo brasileiro que medite um pouco se está realmente defendendo a doutrina daquele que morreu na cruz ou está apenas defendendo ingenuamente interesses de grupos poderosos.

O Drama da Marinha
Tudo começou quando marinheiros e fuzileiros navais resolveram comemorar o segundo aniversário de uma associação da classe. O então Ministro da Marinha, Almirante Silvio Mota, proibiu tal reunião. Rebelando-se, os marujos foram abrigar-se na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, situado a Rua Ana Néri. A concentração reuniu 3.647 homens encabeçados pelo Cabo José Anselmo, que é também acadêmico de Direito. Ao fim de 90 minutos de debates, fizeram eles cinco reivindicações:
1) Não punição;
2) Reconhecimento da associação;
3) Libertação de todos os presos, inclusive os da Ilha das Cobras;
4) Humanização da marinha, e
5) Melhoria da alimentação nos navios e nos quartéis.
Com estes acontecimentos, criava-se na Marinha, uma crise semelhante à da revolta dos marinheiros, com João Cândido à frente, em 1910.

Durante Quase Três Dias, os Marujos e Fuzileiros Rebelados Transformaram o Palácio do Aço num Grande Acampamento Militar
Quando os marujos o fuzileiros se reuniram no Sindicato dos Metalúrgicos contra as determinações expressas do Almirante Silvio Mota, uma tropa de segurança do Corpo do Fuzileiros Navais foi enviada para desalojá-los e prendê-los. Mas, ali chegando, em face dos apelos dos rebeldes, que cantavam o Hino Nacional e os incitavam à adesão, metade do contingente se despojou de suas armas e ingressou no sindicato, depois de abrir as blusas, imitando os que ali se achavam reunidos. O restante do contingente recebeu ordem de regresso e o então Ministro da Marinha pediu ao Exército que enviasse uma força motomecanizada, para pôr cerco ao Sindicato dos Metalúrgicos. O pedido foi prontamente atendido.

Enquanto o Exército Isolava o Sindicato, a Crise Abalava a Marinha e Levava o seu Ministro a Demitir-se
Se alguns milhares de rebeldes se reuniam no Palácio da Rua Ana Néri, outros viram-se impedidos de alcançar esse local, por terem sido bloqueados, uns na Ilha das Cobras, outros no Arsenal de Marinha. Alguns, que tentaram romper a prontidão ordenada pelas altas autoridades navais, foram contidos por uma descarga de metralhadora. No auge da crise, o Almirante Silvio Mota expediu ordem de prisão contra o Almirante Aragão, comandante do Corpo de Fuzileiros Navais, acusando-o de ter abandonado o cargo. E mais tarde, julgando-se desprestigiado, o titular da Marinha apresentou por escrito ao chefe da Casa Civil da presidência da República o seu pedido de demissão, posteriormente aceito pelo Sr. João Goulart.

Entre as Vítimas da Rebelião Estavam as Intranquilas Famílias dos Marujos Rebelados
Os rebeldes foram retirados, por fim, de seu reduto, da Rua Ana Néri, e levados para o Quartel do Batalhão de Guardas. Esposas, irmãs e noivas de marujos e fuzileiros, presentes à saída destes, esperavam o pior e, por isso, não esconderam a forte emoção que as possuía. Houve longos abraços silenciosos, beijos e lágrimas. Preparados para deixar o Sindicato dos Metalúrgicos rumo ao Batalhão de Guardas, os marujos tinham a fisionomia tensa, numa atitude que contrastava com a exaltação das primeiras horas. No mesmo dia foram libertados. Serão agora submetidos a inquérito militar.

O Ministro do Trabalho, Senador Amauri foi ao Sindicato dos Metalúrgicos, a fim de Parlamentar com os Rebeldes, mas ia Sendo Barrado
Enquanto durou a permanência dos marujos rebeldes no Sindicato dos Metalúrgicos, não lhes faltou a visita e o incentivo de deputados esquerdistas, bem como de associações femininas e de estudantes, de igual tendência. Coletas de dinheiro foram feitas em benefício dos marinheiros e fuzileiros, que receberam também donativos de mantimentos e até diversões, proporcionadas pelo Centro Popular de Cultura, da UNE, que ali fez representações. Durante dias, o País inteiro ficou preso aos acontecimentos, cujas repercussões ainda se fazem sentir intensamente na Marinha como em outros meios militares.

Libertados, os Marinheiros Manifestaram a sua Alegria Numa Ruidosa Passeata. Ao Mesmo Tempo, a Alta Oficialidade Naval se Reunia Para Exprimir Desagrado, em Face da Solução Dada Pelo Governo da República ao Rumoroso Episódio
Enquanto eram grandes as expansões de alegria dos rebeldes, um movimento de reação se verificava entre a oficialidade naval, que não se conformava com a libertação, pura e simples, dos marinheiros. Para ela, a Marinha tinha sofrido rude golpe, com a quebra da disciplina e o rompimento da hierarquia, que é a base das Instituições Militares. Reunidos no Clube Naval, órgão da classe, desde logo, em manifesto, os Oficiais tornaram pública a sua insatisfação ante a solução dada ao episódio, que lhes parecia de natureza gravíssima e no qual identificavam influências comunistas. Mais tarde, idêntico pronunciamento foi feito pelo Marechal Augusto Magessi em nome do Clube Militar. Aliás o Marechal esteve numa das reuniões do Clube Naval, onde falou, de improviso, exprimindo sua solidariedade.

Um Almirante Reformado foi Convocado Pelo Presidente João Goulart Para Ocupar o Cargo Vago com a Demissão do Ministro Sílvio Mota
Primando pela franqueza, o novo Ministro da Marinha declarou que a solução por ele dada à rebelião dos marinheiros causara “péssima repercussão” no almirantado. Mas parece disposto a contornar a crise, tendo, aliás, manifestado que sua permanência no cargo será condicionada pelo êxito de suas gestões no sentido de pacificar a Marinha. Ao mesmo tempo que ele era empossado, o ex-ministro Pedro Paulo de Araújo Susano assumia as funções de chefe do Estado-Maior da Armada. A fim de tentar o apaziguamento, o novo ministro ordenou a abertura de dois inquéritos militares: um sobre a rebeldia dos marujos e outro para apurar as responsabilidades de quem comandou a rajada de metralhadora, no Arsenal de Marinha, contra um grupo de marinheiros rebeldes. (REVISTA MANCHETE N° 625, 11.04.1964)
(*) Hiram Reis e Silva é Canoeiro, Coronel de Engenharia, Analista de Sistemas, Professor, Palestrante, Historiador, Escritor e Colunista;
YYY Coletânea de Vídeos das Náuticas Jornadas YYY
https://www.youtube.com/user/HiramReiseSilva/videos
Campeão do II Circuito de Canoagem do Mato Grosso do Sul (1989);
Ex-Vice-Presidente da Federação de Canoagem de Mato Grosso do Sul;
Ex-Professor do Colégio Militar de Porto Alegre (CMPA);
Ex-Pesquisador do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx);
Ex-Presidente do Instituto dos Docentes do Magistério Militar – RS (IDMM – RS);
Ex-Membro do 4° Grupamento de Engenharia do Comando Militar do Sul (CMS);
Ex-Presidente da Sociedade de Amigos da Amazônia Brasileira (SAMBRAS);
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil – RS (AHIMTB – RS);
Membro do Instituto de História e Tradições do Rio Grande do Sul (IHTRGS – RS);
Membro da Academia de Letras do Estado de Rondônia (ACLER – RO);
Membro da Academia Vilhenense de Letras (AVL – RO);
Membro do Instituto Histórico e Geográfico do Tapajós (IHGTAP)
Comendador da Academia Maçônica de Letras do Rio Grande do Sul (AMLERS);
Colaborador Emérito da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG);
Colaborador Emérito da Liga de Defesa Nacional (LDN);
E-mail: hiramrsilva@gmail.com
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