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Carlos Henrique

Operação Apocalipse: Achou pouco? vem muito mais por aí


 Operação Apocalipse: Achou pouco? vem muito mais por aí - Gente de Opinião

 
Não tenho acesso a qualquer tipo de informação privilegiada e nem preciso dela para perceber que vem mais coisa por aí, no rastro da Operação Apocalipse, especialmente com a entrada em cena da sofisticada aparelhagem da Polícia Federal, capaz de tirar informações cuidadosamente escondidas no fundo da memória dos computadores apreendidos. Basta abrir a folha da assembleia e pronto: os mandados de prisão passarão a ser emitidos em série. Não sou nenhum anjo da anunciação, mas a espada do arcanjo está sendo desembanhada.
 
E vai sobrar para muita gente boa. Eu também não acredito naquilo que meu amigo Carlos Sperança disse não acreditar em sua coluna de hoje, no Diário: o narcotráfico teria plantado um braço na imprensa para desmoralizar as ações policiais contra a Orcrim. Será verdade?” – perguntou ele. Vai saber. Pelo sim, pelo não, tem gente se preparando para uma tão salutar quanto preventiva viagem.
 
 
 
E MAIS:

1 - Fiasco – Não foi pelos R$ 0,20 que milhões foram às ruas em protesto histórico por todo o país. Desconsideradas as ações dos baderneiros mobilizados por interesses diversos e o oportunismo do crime organizado, a população mostrou aos governantes que existe um País aqui. E um povo. Quem não se der conta disso, como tem demonstrado o governo Dilma e o seu Congresso amestrado, corre o risco de ser atropelado pela história. Não é preciso bola de cristal para saber no que vai dar. É só esperar um pouco. As eleições estão aí mesmo.

2 - Da mesma forma, não foi por ser favorável à manutenção da atual jornada de trabalho ou por apoiar a permanência do excrescente fator previdenciário que a chamada “geração Facebook” deixou de atender ao chamado das centrais sindicais e deixaram caminhões de bandeiras sem braços para empunhar. Os sindicatos atrelados ao governo e os partidos de esquerda igualmente incrustados nas mesmas tetas governamentais definitivamente não entenderam o recados das ruas: “vocês não nos representam”.
 
3 - Por isso foi que entubou gloriosamente o tal Dia Nacional de Lutas. A CUT, a Força Sindical, outras centrais e os partidos políticos de esquerda não conseguiram pegar a esperada carona na onda de protestos que sacudiu o país. O que aconteceu foi exatamente aquilo que já está incorporado ao repúdio nacional: gritaria insossa de pequenos grupos cada qual em defesa de seus próprios interesses. Bloqueio de estradas, ocupação de prédios públicos pelo MST, escaramuças aqui e acolá, pois que os baderneiros estão sempre atentos, mas de grandioso mesmo foi o fracasso espetacular.
 
4 - Curiosidade: a manifestação dos sindicatos foi inspirada nas manifestações de protesto que varreram o país. Mas não foi exatamente por um serviço público mais eficaz que todo o país parou? Não há uma dose de contradição nisso tudo? E qual é a da CUT na manifestação? A CUT é do PT, é do governo. A manifestação é prá ser contra o governo. Então o que a CUT tá fazendo lá? Como diz aquele antigo bordão, não precisa explicar: eu só queria entender.
 
5 - Os presidentes dos países do formam o Mercosul entregaram a presidência temporária do bloco ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. Não poderia estar melhor sinalizada a chegada do bloco, com a pompa e circunstância de praxe, ao fundo do poço. Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia e Venezuela ocupam hoje papel de destaque na hilaridade internacional, pelo voo cego de Evo Morales e pela espionagem de Obama.
 
6 - O certo é que estão todos na merda e ainda colocam na presidência um país onde falta até papel higiênico. Que não se anime, porém quem raciocine pela máxima de Tiririca: “Pior do que está não fica”. É preciso lembrar o que estabelece a lei de Murphy: “Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível”.
 
7 - Rogério Gentile, secretário de redação da Folha/SP, escreveu ontem queo PT brinca com fogo ao permitir que o burburinho sobre o retorno de Lula circule novamente no ar, cozinhando Dilma lentamente. O risco maior para o partido é o "volta, Lula" virar um retumbante "fora, Dilma, fora, PT" nas urnas, lá na frente. O volta, Lula, segundo o jornalista, joga toda a crise no colo da presidente, disseminando e retroalimentando uma impressão negativa sobre o governo. Na hora em que a faixa tradicional de apoio ao PT encampar o apelo, a atual avaliação mais ou menos de Dilma vira pó.
 
8 - O articulista observa queLula pode até voltar, mas passará a campanha toda tendo de justificar um governo cuja principal prova do fracasso será a sua própria candidatura. Ele só não considerou um aspecto relevante e muito mais grave para o PT em mais esta ação dos “aloprados”. É que, com o fracasso do governo Dilma, Lula poderá adotar a mesma estratégia que tem norteado seu comportamento nos últimos tempos: vai esconder-se, pular fora. Vai trocar o surrado “não sabia” pelo atual “não estou nem aí”.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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