Terça-feira, 21 de agosto de 2012 - 08h55
Proponho aqui um exercício de raciocínio rápido com o texto de Gilberto Dimenstein. Embora tentado a fazer eu mesmo as substituições para mostrar como a situação da campanha paulista se aplica aqui com variações mínimas, prefiro deixar ao leitor a tarefa, já que assim evito choradeiras, queixas, reclamações e eventuais processos. É que os advogados de lá, ao contrário dos daqui, têm mais o que fazer e não ficam entulhando a Justiça Eleitoral com pedidos de direito de resposta por qualquer tostão de mel coado.
Mas o leitor pode avaliar – e divertir-se – com as similaridades. Diz o brilhante articulista da Folha que “o fato de Celso Russomanno ocupar a liderança na disputa à prefeitura é a melhor síntese para mostrar a esculhambação que impera até agora nessa eleição. Afinal, ele é essencialmente um produto de mídia, onde se destacou por tratar de assuntos que pouco têm a ver (ou quase nada a ver) com questões municipais. De certa forma, é a reprodução do efeito Tiririca”.
Eu pergunto: quem é o nosso Tiririca?
- Chegamos a esse ponto – continua ele - por causa, até aqui, de um vazio. A rejeição de Serra, que, segundo o Datafolha, bateu em 38%, é resultado da percepção de que ele, apesar de seu preparo, não está realmente interessado em ser prefeito. É apenas a falta de alternativa à espera de algo melhor.
Eu pergunto de novo: qual dos nossos candidatos está babando para ter de volta uma vaga em Brasília?
Novamente Dimensteim: “Tanto Serra como Russomanno adaptaram seus discursos para ganharem os votos de evangélicos e católicos, trazendo para eleição uma visão atrasada da política. Gabriel Chalita faz campanha pela inovação e moralidade a bordo do PMDB. Fernando Haddad, hoje, é mais lembrado pela foto com Paulo Maluf e parecer um assessor de Lula. Tanto para o PT quanto para o PSDB a cidade é um trampolim - e isso fica visível mesmo para o cidadão comum”.
O articulista afirma que o horário eleitoral tende a mudar os resultados revelados pelo Datafolha. Também esperamos que isso venha a acontecer por aqui porque, ao contrário do que dizia Tiririca, pior do que está sempre pode ficar sim. E muito.
Acautelem-se, ora pois!
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