Quinta-feira, 14 de junho de 2012 - 15h46
Já usei aqui, mas com, o continua valendo, mais que nunca, repito, para quem não leu (ou esqueceu), a máxima de Eça de Queiroz, que diz “Os políticos e as fraldas devem ser trocados freqüentemente e pela mesma razão."
O ensinamento do brilhante escritor português me vem à cabeça sempre que ocorre movimento como aquele (articulado ou eleitoralmente explorado pelo candidato a prefeito Mauro Nazif), dos moradores em processo de remoção na área em que serão construídos os acessos à ponte da BR-319, no bairro da Balsa, em Porto Velho.Gosto, pessoalmente, de Mauro Nazif, mas sou forçado a considerar que política e pudor não se misturam.
Por exemplo: o Ministério Público Eleitoral certamente já deverá estar de posse das cenas produzidas por uma emissora de TV, que literalmente abandonou a manifestação para exibir uma faixa antiga, porém ainda válida, com a propaganda antecipada do número 4040. Mauro pode até argumentar que a faixa é velha, da campanha passada. Mas isso não justifica sua permanência no local, pois todos os então candidatos foram orientados para a retirada da propaganda das ruas.
Indenizações
Fora isso, cumpre observar que os moradores estão certos. O pagamento das indenizações realmente está insuportavelmente demorado, mas a culpa disso deve ser dividida entre DNIT e Prefeitura, sobrando culpa até para a Polícia Federal.
É que o trabalho realizado por uma empresa contratada para avaliação das indenizações devidas perdeu-se nos intrincados escaninhos da burocracia do DNIT em Brasília. Ea única cópia estava arquivada em um dos HDs recolhidos pela Federal na tal operação anjos do asfalto.
E não foi permitido que o pessoal do DNIT fizesse nem mesmo uma cópia do documento lá mesmo, na Federal.
Com relação à demora na construção do condomínio do outro lado do rio, que seria destinado às famílias que optaram pelas novas casas, a Prefeitura tem uma atitude que parece destinada a tripudiar sobre a angústia e ansiedade plenamente justificáveis daquele povo.
Duas medidas
De um lado, o prefeito comprometeu-se a doar o terreno, sem procurar saber se aquela seria uma área urbana. Não era. Por isso o processo teve que esperar pela aprovação de um projeto na Câmara dos Vereadores, o qual somente foi enviado pelo Executivo na última semana.
Por outro, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente travou a liberação do licenciamento ambiental para as obras do condomínio, com a exigência de estudos de impacto ambiental e incorporando a cada dia novas exigências.
Que trânsito?
A última delas chega ao absurdo de exigir do DNIT um suspeitíssimo estudo de impacto de trânsito. Que trânsito, cumpanhêro? Curioso é que somente duas pessoas estão autorizadas a realizar tal estudo em Porto Velho, e apenas uma das quais está credenciada a assinar o trabalho. E ambas pertencem aos quadros da Secretaria Municipal de Transportes.
Pode até ser uma exigência honesta. Mas reúne todos os ingredientes necessários a uma bela maracutaia. Nas verdade, o que acontece naPrefeitura parece final de festa em casa de rapariga: cada um quer salvar o seu e todo o mundo briga.
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