Quarta-feira, 30 de julho de 2025 - 08h25
A
“boiada” passando as alterações nas regras de licenciamento ambiental por
arrasadores 267 votos a 116 é mais um passo rumo ao parlamentarismo – ou ao
menos ao semipresidencialismo, sistema no qual o Congresso tem um peso mais
importante que apenas debater, aprovar ou rejeitar as iniciativas do Executivo.
É natural que o presidente Lula se incomode com isso – e o ex-presidente Jair
Bolsonaro também se queixava de que o Brasil é “ingovernável fora de conchavos
políticos”.
Nesse
caso, Lula errou em achar que poderia repetir seus bem-sucedidos primeiros governos,
quando chegou a ter mais de 80% de aprovação. Bolsonaro estava certo e por isso
dedicou o mandato mais ao populismo das motociatas que se empenhando em aprovar
propostas no Legislativo. A boiada já poda as asas dos presidentes desde o
impeachment de Dilma. Eles têm o poder de veto, mas se realmente quiserem passar
algo terão que contar com o apoio dos presidentes do Senado e da Câmara.
Aliás,
o projeto aprovado não deve ter veto total, que seria derrubado pela grande maioria
que o aprovou. No máximo resta algum veto parcial a ser penosamente negociado,
talvez à custa de uma generosa liberação de recursos para as famintas bases de
dezenas de legisladores mais propensos a aceitar negociações. Não há como
derrubar Lula por impeachment, mas sua antiga capacidade de iniciativa,
definitivamente, subiu no telhado.
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Petistas animados
Com
o bolsonarismo patinando pelo envolvimento com o presidente Donald Trump na aplicação
do tarifaço no Brasil, temos melhoras na situação do presidente Lula na
pesquisa eleitoral para 2026, cujo mandatário lança mais uma penca de programas
sociais nos próximos meses o PT de Rondônia, com comando renovado voltou a se
animar projetando melhores expectativas no estado para as eleições do ano que
vem. Ovelhas desgarradas estão de volta a legenda e a elaboração das chapas
para candidaturas a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados estão garantidas.
Até recentemente o cenário petista era de desolação.
Apostas em Rondônia
Nesta
terra de petistas que foram esconjurados, até eleições recentes, lideranças
como a ex-senadora Fatima Cleide, o ex-deputado federal Anselmo de Jesus e o
ex-prefeito de Porto Velho Roberto Sobrinho são convocados para disputar
cadeiras a Câmara dos Deputados pelo novo diretório estadual. Integrado a
caravana da esperança, o PT fará alianças para a eleição ao Senado e ao governo
do estado, onde deve prevalecer a candidatura do emedebista, o senador Confúcio
Moura. Na mesma coalisão o pré-candidato ao Senado seria o pedetista Acir
Gurgacz, projetando a junção de lideranças de Porto Velho, Ariquemes e
Ji-Paraná. Uma aliança que deu bons resultados em eleições passadas,
Nosso canibalismo
Ao
longo do tempo a canibalização política tem causado estragos na representatividade
em importantes municípios rondonienses. O Cone Sul do estado, com um eleitorado
menor do que das outras regiões, está lançando demasiadas candidaturas para a Câmara
dos Deputados, onde as chances maiores residem no ex-deputado federal Natan Donadon
(Vilhena) e o estadual Ezequiel Neiva (Cerejeiras). Na região central, onde as
chances maiores seriam para as eleições do ex-prefeito Jesualdo Pires e do atual
deputado estadual Laerte Gomes, lista-se quase vinte candidaturas, fragmentando
o eleitorado e prejudicando as postulações mais exequíveis.
Polos regionais
Graças
ao divisionismo dos principais polos regionais do estado esta canibalização
prejudica os polos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura
e Vilhena, os pequenos municípios, com
eleitorados inferiores tem emplacado deputados estaduais. Alguns casos, para
lembrar: Maurão de Carvalho, onde Ministro Andreazza se uniu em torno do seu
nome, com um dos menores eleitorados do estado. Cacaulândia, igualmente minúscula,
emplacou Adelino Follador. Temos São Felipe, com Só na Bença e municípios de
médio forte, como Machadinho do Oeste, projetou lideranças do quilate de Neodi
Carlos. O que dizer de Garçon, de Candeias, eleito deputado federal? Como se vê
a união política nos pequenos municípios faz a diferença.
Pobres idosos
Com
o exponencial aumento do número de idosos no País, boa parte já necessitando de
mais cuidados e até da contratação de cuidadores profissionais, os velhinhos a
cada dia enfrentam novos desafios na sua existência. Desde golpes que ocorrem
pelos celulares, aos aplicados por filhos e netos no confisco de suas
aposentadorias, quando não são expulsos de casa, ou até assassinados pelos
filhos e netos. Não bastasse, ainda tem as farmácias rapinando seus parcos
recursos. Alguns grupos farmacêuticos têm verdadeiras máfias instaladas no País
para explorar os idosos. Uma situação preocupante numa humanidade cada vez mais
sem escrúpulos,
Via Direta
*** Os principais rios da Amazônia se transformaram
em corredores do narcotráfico comandado
pelos carteis bolivianos, peruanos e colombianos *** Não bastassem toneladas
de drogas apreendidas, a população passou a conviver ainda com as ações dos
piratas da Amazônia, roubando cargas de eletrônicos, de soja e até de barcaças
com gasolina *** Uma situação cada vez
mais aflitiva, somando-se os garimpos clandestinos com criminalidade crescente ***
Trocando de focinho de porco para tomada, é de causar perplexidade a falta de
água para abastecer uma população como a de Porto Velho, as margens de um dos
maiores rios do planeta *** E a capital
rondoniense também é uma campeã nacional de desperdício do precioso líquido.
Os reflexos em Rondônia das explosões de balsas no rio Madeira pela PF
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