Quinta-feira, 31 de julho de 2025 - 08h20
A
queda na exportação de carne bovina era o primeiro terrível sinal da maluca
articulação que resultou na ameaça do presidente estadunidense, Donald Trump,
de taxar as vendas do Brasil a seu país em 50%, uma declaração de guerra
comercial baseada em mentiras e distorções.
Diplomatas,
empresários e parlamentares patriotas acompanhados pelo vice-presidente Geraldo
Alckmin estão empenhados em negociações para que o desastre não piore, sacrificando
produtores que se esmeraram em apresentar seu melhor produto. Infernizar os
consumidores, que precisarão gastar mais para prover a alimentação de suas
famílias, é crueldade.
O
temor de que tempos sombrios viriam com as brigas políticas fazia sentido, pois
além das desgraças que o governo americano causa pelo mundo afora, só
conseguindo com tarifas injustificáveis apressar a queda de seu império, existe
a realidade do aquecimento global, que expõe sua face cruel na assustadora
realidade de que as produções de trigo, milho e soja vão diminuir em quase um
terço se o aquecimento ultrapassar 2°C.
Em
sua canção imortal, Gonzaguinha dizia que sem o seu trabalho o homem não tem
honra e não dá para ser feliz. Tendo em conta que o trabalho para produzir
alimentos é o mais honroso que existe, é preciso vencer as crueldades que
ameaçam a todos com o sofrimento de dificultar a produção e encarecer os alimentos.
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Meus agradecimentos
Abro
a coluna de hoje agradecendo ao site Rondonoticias pela homenagem prestada
pelos meus 45 anos de colunismo político em Rondônia. Uma trajetória, iniciada
no jornal Estadão em 1980, simultaneamente como correspondente do Jornal do
Brasil, do Rio de Janeiro, seguida pelas editorias do tradicional O Guaporé,
uma passagem rápida pela Tribuna e há mais de trinta anos no Diário da
Amazônia. Um período, que também tive a honra de presidir o Sindicato dos
Jornalistas de Rondônia duas vezes e conquistar a posição de vice-presidente da
Federação Nacional de Jornalistas-Fenaj. Registro aqui também o meu muito obrigado
aos jornais eletrônicos do interior que me prestigiam veiculando a coluna.
Uma ameaça
O
anuncio de uma possível candidatura ao governo estadual do deputado federal Fernando
Máximo é uma das ameaças contra a postulação do vice-governador Sergio
Gonçalves, do mesmo partido. A coisa que rola no União Brasil, que abriga estas
duas lideranças, ficou um tanto quanto nublada, já que somente um deles terá a
sigla para a peleja. Como no PL, a candidatura ao Palácio Rio Madeira já está reservada
ao senador Marcos Rogério, por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro,
chega-se à conclusão que uma banda do União Brasil conspira contra o
vice-governador Sergio Gonçalves. Que trem complicado, diriam os mineiros.
Pobre Gonçalves!
Nunca
vi tanta conspiração junta contra um político rondoniense. De um lado, o
deputado Fernando Máximo, medindo forças com o vice-governador, para se tornar
o candidato ao CPA pelo União Brasil, agora União Progressista, com a junção do
UB com o Partido Progressista. De outro, se sabe, que se o ex-governador Ivo Cassol,
o nosso segundo Teixeirão, ganhando condições de elegibilidade tem apoio de
muitos convencionais do União Brasil para ser o postulante ao governo estadual.
Querem mais? Tem um grupo de deputados conspirando para afastar Sergio
Gonçalves da vice, beneficiando o atual presidente da Assembleia Legislativa
Alex Redano, que assumindo o cargo de governador na desincompatibilização de
Marcos Rocha seria postulante à reeleição. Arre!
Sucessão embaralhada
A
sucessão estadual em Rondônia está mesmo embaralhada. Além deste cenário de conspirações
e indefinições no União Brasil, temos a declaração do senador Marcos Rogério,
que se o ex-governador Ivo Cassol conseguir se livrar na justiça eleitoral, ele
vai retirar sua candidatura em favor do rolimorense e se voltaria a disputa a
reeleição ao Senado. Além disto, existe “jumentice” enorme nas articulações políticas,
como o lançamento de três candidaturas ao Palácio Rio Madeira, por Porto Velho,
que são Hildon Chaves, Sergio Gonçalves e Fernando Máximo, rachando o eleitorado
da capital e beneficiando claramente seus adversários o interior. É coisa de
louco!
Festa do interior!
Numa
hipótese de se confirmar as três candidaturas ao CPA por Porto Velho, minhas
primeiras sondagens sinalizam uma vitória na capital do ex-prefeito Hildon
Chaves (PSDB), ficando em segundo lugar o deputado federal Fernando Máximo e em
terceiro o vice-governador Sergio Gonçalves, mesmo com a máquina do governo nas
mãos. Só que todos candidatos da capital se anulando, neste racha de votos
insano, com Hildão – que é o nome mais expressivo deles- perdendo força para a
disputa no interior do estado, onde estão radicados dois terços do eleitorado
rondoniense. Por conseguinte, teremos festa na roça!
Caçando candidatos
Uma
das grandes preocupações dos diretórios estaduais dos partidos em Rondônia é
montar as nominatas dos seus candidatos a Assembleia Legislativa e a Câmara dos
Deputados no ano que vem. Não é coisa fácil. O presidente estadual do Avante
Jair Montes já está convocando contingentes pelas mídias sociais para ingressar
na sua legenda – que ele pinta como atrativa – para a disputa. A preocupação é
tanta que logo os dirigentes de outros partidos se verão obrigados a percorrer
os bairros com carros de som convocando candidatos, como fazem as empreiteiras
de Santa Catarina para cooptar operários em Rondônia.
Sem “Pelés”
Os
postulantes a cargos eletivos estão fazendo as suas contas e evitando partidos que
abrigam postulações mais robustas. Garimpa-se siglas sem “pelés”, ou seja, sem nomes
de grande apelo ao eleitorado ou com muitos recursos financeiros. O União Progressista,
fruto da junção do União Brasil com o Partido Progressista, por isto deve ser
evitado. Partidos com candidatos muito fortes estão com dificuldades para
formar suas nominatas, já que ninguém quer servir de escada para os chamados
“medalhões”. Em tempo: o Avante procura “patos”, já que é uma legenda forte e
por isto projeta a eleição de pelo menos três estaduais.
Não assustou
Com
poucas consequências para Rondônia, o tarifaço do presidente dos Estados Unidos
Donald Tramp aplicado ao Brasil por pressão da família Bolsonaro acabou não
assustando. Pelo que o deputado federal Eduardo Bolsonaro vociferava existia a
possibilidade até da armada americana entrar em cena. Ao final os principais
negócios de exportação foram poupados e com certeza mais adiante o café, a
manga e a madeira também poderão ser negociados com tarifas mais aprazíveis. Graves
prejuízos mesmo foi para os bolsonaros que tinham nesta articulação atingindo a
economia brasileira, livrar o mito Jair Messias da inelegibilidade através de
uma anistia.
Via Direta
*** O caro aldeão rondoniense precisa ficar
bem atento com relação aos candidatos a cargos eletivos em 2026 no estado.
Existe uma profusão de postulantes ligados ao crime organizado em todo o País e
aqui não será diferente *** Está mais fácil ganhar dinheiro com licitações nas prefeituras
e governos estaduais em contratos vultuosos com propinas e rachadinhas do que
no ramo de tráfico de drogas. E as penas são menos rigorosas *** Finalmente caiu do cavalo o deputado
federal Eurípedes Lebrão, aquele das propinas documentadas com gravações de
vídeo, mas que se garantiu no poder meses e meses depois de cassado. Assume o
suplente Rafael Fera, adversário do clã Redano em Ariquemes.
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