Quarta-feira, 2 de abril de 2025 - 14h46
Na última semana, mulheres de diversas casas de
Candomblé e Umbanda de Rondônia participaram da 1ª Roda de Conversa sobre
Políticas Públicas e Empoderamento Feminino de 2025, promovida pelo GT de
Mulheres de Axé e pela Coordenadoria de Mulheres de Terreiros de Rondônia, em parceria
com a Federação de Candomblé e Umbanda do Estado de Rondônia (FECAUBER). O
evento, realizado no último sábado (29), no Ilê Asé Ogun Dajulekan, liderado
pela Yalase Tainá Jaime Monteiro, foi marcado pela troca de experiências e pelo
fortalecimento coletivo, reunindo lideranças religiosas e participantes para
debater políticas públicas, a politização feminina dentro das religiões de
matriz africana e estratégias de enfrentamento à violência de gênero.
Liderado pela Mãe Ana do Boiadeiro, a iniciativa ressaltou
a importância da união feminina e do reconhecimento da própria força,
expandindo o debate para além dos terreiros e incentivando o engajamento
social, com foco na prevenção ao feminicídio. Entre os destaques do encontro, a
participação de uma psicóloga trouxe reflexões sobre o amor-próprio, abordando
sua definição, formas de cultivá-lo e seu papel essencial na construção de
limites saudáveis. A especialista enfatizou que fortalecer a autoestima e a
saúde mental permite que as mulheres se protejam de relações e situações
nocivas. A palestra foi conduzida sob a mensagem central de que "uma
mulher forte fortalece outras mulheres", reforçando o impacto do
acolhimento e da sororidade no empoderamento feminino.
Durante o encontro, diversas mulheres
compartilharam suas experiências e reflexões sobre a construção de uma
sociedade mais justa, ressaltando a necessidade de fortalecer redes de apoio e
ampliar a atuação feminina nos espaços de decisão. Os relatos evidenciaram como
o racismo e o machismo estruturais impactam a vida das mulheres de axé,
tornando essencial o debate sobre políticas públicas voltadas à proteção e ao
empoderamento feminino.
As mulheres destacaram que as casas de Umbanda,
Candomblé e demais religiões de matriz africana vão além do acolhimento
espiritual, sendo espaços de resistência e transformação social. Diante do
aumento da violência de gênero, essas comunidades desempenham um papel
fundamental na promoção de mudanças, incentivando o fortalecimento coletivo e a
luta por direitos.
Karol Rocha, madrinha de Umbanda, trouxe um relato
poderoso sobre como a espiritualidade foi essencial para sua libertação de um
relacionamento abusivo, demonstrando que a fé pode ser um caminho para a
superação e reconstrução da autonomia feminina. “Vivi um relacionamento abusivo
por 4 anos e meio, sofri violência doméstica e me perdi de mim mesma. Um dia,
acordei e vi que isso não era eu. Me ressignifiquei como mulher, me reconstruí.
A minha espiritualidade foi meu maior norte, e minha casa de axé foi meu maior
acolhimento”, compartilhou.
A roda de conversa contou com a presença de
lideranças religiosas e representantes da sociedade civil, incluindo a
participação de Pai Marcelio Tenório, presidente da FECAUBER, que contribuiu
significativamente para o debate. A presença de homens também foi registrada,
destacando a importância do engajamento masculino na luta pela igualdade de
gênero e no combate à violência contra a mulher. “Este momento refletiu o
entendimento de que a construção de uma sociedade mais justa exige a
participação de todos, independentemente do gênero”, destaca Pai Marcelio
Tenório.
Além de ser um espaço de troca e fortalecimento, o
encontro também serviu para divulgar o calendário de eventos da FECAUBER,
incluindo o tradicional Lavamento de Ogum Oficial, que ocorrerá no dia 26 de
abril, às 15h30, com início da concentração na Praça das
Três Caixas D’Água.
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