Quinta-feira, 11 de novembro de 2021 - 16h07

O governo
federal regulamentou hoje (11) o Programa Brasil Fraterno–Comida no Prato para
facilitar doações de alimentos por empresas com a possibilidade de isenção do
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). A cerimônia foi
realizada no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença do presidente
Jair Bolsonaro, ministros, representantes do setor de alimentos e outras
personalidades.
“Quando se fala que em torno de 30% [de alimentos
produzidos] é desperdiçado, no Brasil equivale, você com esse desperdício,
poder alimentar 60 milhões de pessoas”, destacou Bolsonaro.
O objetivo do programa é conectar empresas interessadas em
doar alimentos e instituições habilitadas a recebê-los. A portaria hoje
assinada tem o manual operativo de doações no âmbito do programa de segurança
alimentar e nutricional e cria um selo de reconhecimento para as empresas que
se conectarem ao serviço e realizarem doações.Quem pretende fazer as doações
pode preencher o cadastro no portal, para pleitear a isenção do ICMS. A
plataforma reúne um mapa georreferenciado com dados completos de bancos de
alimentos incluídos na Rede Brasileira de Bancos de Alimentos e permite o cadastro
de instituições que poderão receber as doações diretamente, em cada unidade da
federação.
O programa Brasil Fraterno foi lançado em março deste ano,
mas, de acordo com o ministro da Cidadania, João Roma, a isenção do ICMS para
empresas doadoras era uma possibilidade pouco conhecida. Ainda assim, até
outubro, mais de R$ 42 milhões em valor de alimentos já foram doados com a
isenção.
Operação
Segundo João Roma, a portaria de regulamentação deixa claro
as responsabilidades e procedimentos de doação e critérios de isenção. Como o
ICMS é um imposto estadual, a medida precisou ser aprovada pelo Conselho
Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne os secretários estaduais de
Fazenda e Economia.
O ministro explicou que a isenção do ICMS é a mesma que se
aplicaria ao comércio e à indústria de alimentos nos casos de logística
reversa. Normalmente, os produtos que estão perto do prazo de validade são
substituídos nas prateleiras e destinados à incineração ou destruição em locais
adequados, de acordo com a legislação ambiental. Essa operação logística é
isenta de tributação.
“Com essa regulamentação, atualizamos as normativas para
que ficasse claro que, se esses produtos forem entregues nesta rede de banco de
alimentos, a indústria também ficaria isenta de impostos”, disse. “Porque esse
produto não está sendo comercializado, está destinado a uma função social. Com
isso, estamos potencializando a capacidade de doação não só da rede de varejo,
mas de muitas indústrias”, explicou, durante coletiva de imprensa após a
cerimônia.
Podem ser doados tanto alimentos perecíveis, como frutas,
legumes, verduras, hortaliças, panificados, carnes, lácteos e refeições
prontas, como itens não perecíveis, como grãos, cereais e produtos embalados. O
requisito é que sejam alimentos de qualidade e que estejam na data de validade.
Tanto doadores quanto instituições que recebem os alimentos
precisam prestar contas posteriormente. Para isso, é preciso apresentar notas
fiscais da operação e confirmar que a doação foi efetivamente recebida pelas
entidades.
Segundo informações da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), das 140 milhões de toneladas de alimentos produzidas
anualmente no país, cerca de 26 milhões são colocadas no lixo, um desperdício
superior a 20%. Esse processo envolve desde questões de logística e manuseio
inadequado até padrões rígidos de aparência de alimentos para comercialização e
burocracias no processo de doação.
Selo Comida no Prato
A portaria de regulamentação prevê, ainda, a entrega de
selos de reconhecimento concedidos anualmente. De acordo com o Ministério da
Cidadania, haverá um selo verde do programa, disponível para todas as empresas
que realizarem doações, em qualquer valor, e também selos específicos, nas
categorias ouro, prata ou bronze, para serem usados por empresas que tiverem
doações mais vultosas.
O selo bronze será conferido a quem doar alimentos no valor
entre R$ 100 mil e R$ 499 mil, enquanto o selo prata poderá ser utilizado por
instituições que doarem valores na faixa de R$ 500 mil a R$ 999 mil. Já o selo
ouro vale para quem fizer doações a partir de R$ 1 milhão.
Bancos de alimentos
Durante a cerimônia, também foi assinada portaria que
regulamenta os procedimentos para novas adesões à Rede Brasileira de Bancos de
Alimentos, que reúne bancos de alimentos públicos e privados. O objetivo,
segundo o Ministério da Cidadania, é fortalecer a atuação conjunta desses
equipamentos e reduzir perdas e desperdícios, além de promover o direito humano
à alimentação adequada.
Os bancos de alimentos são estruturas físicas ou logísticas
que coletam e distribuem alimentos recebidos a partir de doações privadas ou
públicas. Esses alimentos são posteriormente direcionados a instituições de
assistência social, proteção e defesa civil, unidades de ensino e de justiça e estabelecimentos
de saúde.
As unidades que fazem parte da rede estão automaticamente
habilitadas para receber, como intermediários logísticos entre doadores e
entidades, as doações realizadas com isenção do ICMS, além de já serem
pré-cadastradas no portal Brasil Fraterno-Comida no Prato.
Em 2020, os bancos de alimentos que fazem parte da Rede
Brasileira de Bancos de Alimentos captaram e distribuíram 73,5 mil toneladas de
alimentos, doados para 9,7 mil entidades em todo o Brasil.
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