Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025 - 09h20

O Ministério Público de Rondônia (MPRO) e a Rede Lilás estiveram reunidos
com representantes de veículos de comunicação nesta sexta-feira (19/12) para
discutir revitimização e reflexos jurídicos e processuais decorrentes da
cobertura jornalística sobre violência contra a mulher no Estado. A atividade
marcou o início de um processo de diálogo, pautado no respeito à liberdade de
imprensa, visando firmar uma cooperação permanente que promova a cultura de uma
abordagem noticiosa sensível, voltada para a conscientização social.
A reunião, realizada na sede da instituição, em Porto Velho, foi
conduzida pela Promotora de Justiça do Tribunal do Júri - Feminicídio, Joice
Gushy Mota Azevedo, e teve a presença da coordenadora da Rede Lilás, advogada
Rosemar Francelino, além de dirigentes e diretores de Jornalismo de sites e
redes de televisão.
Ao abrir a reunião, a integrante do MPRO falou do papel fundamental da imprensa
como instrumento de transformação, destacando a importância do trabalho
independente dos meios para o fortalecimento de uma sociedade democrática e
plural. Nesse sentido, sublinhou que a iniciativa do MP em discutir o
tratamento editorial na cobertura jornalística de casos de violência doméstica
leva em consideração o irrestrito respeito à autonomia e à liberdade da
imprensa, sendo uma ação que tem como objetivo a proteção de direitos
fundamentais das vítimas desse tipo de crime.
Joice Gushy discorreu aos jornalistas sobre a dinâmica do Tribunal do Júri,
explicando que a produção noticiosa dos veículos é, por vezes, utilizada como
meio de prova pelas partes durante os julgamentos. Nesse contexto, a promotora
de Justiça destacou a importância de se refletir sobre padrões e abordagens que
incidem em revitimização e violência de gênero.
“Nós precisamos estreitar relações para construirmos juntos o aprimoramento na
forma como a violência de gênero vem sendo veiculada. Sabemos da enorme
responsabilidade social dos meios de comunicação do Estado, mas, infelizmente,
ainda há vícios decorrentes da cultura arraigada de machismo e um viés de
misoginia, que ainda ecoa em algumas notícias. Estamos certos de que, com a
colaboração todos, superaremos essas dificuldades”, disse.
Como parte da atividade, a coordenadora da Rede Lilás, Rosemar Francelino, fez
uma apresentação denominada “A influência da narrativa da imprensa nos casos de
violência contra a mulher”, abordando o papel dos meios de comunicação no
processo de percepção pública sobre esse tipo de crime e as formas de garantir
maior proteção dos direitos das vítimas.
A advogada endossou a relevância da imprensa como ator social no processo de
combate ao fenômeno da violência de gênero, promovendo educação e consciência
coletiva. “Violência contra mulher é um problema complexo que exige soluções
multidisciplinares. A imprensa é instrumento para garantir transformação e
evitar a opressão”.

Veículos – Os dirigentes e diretores presentes ressaltaram o
caráter histórico da reunião, elogiando a iniciativa e ressaltando a urgência
que envolve o assunto, uma pauta com a qual lidam diariamente, com compromisso
e responsabilidade.
Os representantes apresentaram ao MP as demandas do jornalismo local afetas à
cobertura do tema, fazendo proposições para a melhoria e aperfeiçoamento do
trabalho que se destina à proteção social e responsabilização de agressores.
“Parabenizo o Ministério Público pela iniciativa histórica em promover a
reflexão junto à classe jornalística”, disse o jornalista Rubens Coutinho.
Propostas – Como resultado do encontro, foram definidos como
encaminhamentos a produção de uma cartilha sobre o tema, a ser desenvolvida por
meio de cooperação entre MP, Rede Lilás e veículos; a realização de capacitação
para a classe jornalística; o estreitamento do diálogo entre MP e imprensa,
visando uma abordagem pedagógica e educativa sobre violência doméstica e,
ainda, a promoção de visitas de promotores da área às redações para conversas
centradas no assunto.
“Estamos felizes e gratos pela ampla participação dos veículos de comunicação.
Sabemos que, se não houver união e receptividade, os objetivos do Ministério
Público e da imprensa não serão alcançados. Hoje trilhamos o início de uma
solução que beneficiará toda a sociedade”, disse a promotora.
Estiveram presentes à reunião os dirigentes e jornalistas Paulo Andreoli
(Rondônia ao Vivo); Carlos Araújo (Expressão Rondônia); Quetila Ruiz e
Aurelianio Rodrigues de Nascimento (SIC TV); Waarlen Watanabe e Israel Brito
(SBT); Ana Paula Galvão (Rede Amazônica); Luiz Carlos Ribeiro (Gente de
Opinião); Rubens Coutinho (Tudo Rondônia); Welmer Graças de Souza Bueno (Na
Hora Online); Thales Buzat (Parecis FM, Diário da Amazônia, TV cultura, SGC,
Rede TV); Ismael Cordeiro (Rondovisão - TV Band, Massa FM); Fabiano Coutinho
(News RO)
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