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Turismo

Acadêmicos destacam ecoturismo em terras indígenas


Os acadêmicos Éderson Lauri Leandro e Paulo Afonso dos Santos Júnior, do 8º Período do Curso de Turismo da Faculdade São Lucas (Porto Velho/RO), participam, de 8 a 12 deste mês, em Itatiaia (Rio de Janeiro), do 1º Congresso Nacional de Ecoturismo. Na oportunidade serão apresentados resultados de pesquisas realizadas em parceria com a Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, como parte do diagnóstico etnoambiental participativo de terras indígenas – metodologia que busca melhorias na qualidade de vida das comunidades indígenas.
Um dos trabalhos destaca o manejo e a conservação dos recursos naturais através do turismo sustentável (ecoturismo indígena). O estudo aborda a identificação e a análise do potencial dos recursos e atrativos naturais da Terra Indígena Ipixuna (Aldeia Canavial), habitada pelo povo da etnia Parintintin, numa área de 248.000 hectares, localizada no sudoeste do Estado do Amazonas.
O estudo faz parte do Inventário do Potencial Turístico que, juntamente com os inventários do Meio Físico, Meio Biológico, Socioeconômico e Etnocultural, compõe o Diagnóstico Etnoambiental Participativo da Terra Indígena Ipixuna, realizado pela Associação Kanindé, no período de maio de 2006 a setembro de 2007, através do Consórcio Amazoniar.
Os dados foram coletados em julho de 2006, época de vazante do Rio Ipixuna, com a participação do Povo Parintintin. A metodologia utilizada foi aplicação de questionários, observação in loco, com caracterização, descrição e observações adicionais dos técnicos e indígenas. O ecoturismo indígena é uma viagem responsável para terras indígenas, planejada e organizada, participativa, valorizando a cultura indígena, conservando o meio ambiente e promovendo melhoria na qualidade de vida dos povos indígenas locais.
Foram Identificados 34 recursos e atrativos naturais de relevância para a atividade ecoturística, divididos em fauna, flora e recursos hídricos, entre eles o Lago do Peixe-Boi, com ocorrência do Peixe-Boi; Igarapé do Miriti, local para a pesca da Jatuarana; Enseada do Inglês, local para observação de aves; e o Arvoredo, local com árvores de grande porte. Os pontos levantados não possuem infra-estrutura básica e turística (sanitários, lixeiras, sinalização específica e serviços de alimentação, dentre outros serviços e equipamentos).
Nos estudos foram identificados 12 tipos de atividades a praticar, com destaque para a observação de pássaros – Birdwatch, Trilhas, Pesca Esportiva e Artesanal (arco e flecha). A pesca esportiva está sendo realizada de forma não planejada no Rio Ipixuna, fato que mostra a necessidade da elaboração de um Plano de Uso Ecoturístico que defina as atividades a serem desenvolvidas na área, estabelecendo as normas e diretrizes para a sua execução e direcionando o uso responsável dos recursos naturais.
O trabalho a ser apresentado no Congresso mostra que o turismo indígena é considerado uma atividade de fundamental importância à valorização cultural e conservação do meio ambiente para as gerações atuais e futuras, sendo entendido como a modalidade mais aconselhável para a realização de turismo em terras indígenas. Os levantamentos realizados contêm informações necessárias para a elaboração do Plano de Uso Ecoturístico da Terra Indígena Ipixuna.
Fonte: Chagas Pereira

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