Domingo, 28 de dezembro de 2025 - 07h55

Vem aí um 2026 enigmático, complexo, cheio de
mudanças na economia; imprevisível. Como se comportará o povo brasileiro,
radicalmente dividido entre lulismo e bolsonarismo? Como enfrentaremos os novos
sistemas da Reforma Tributária, que coloca imposto em tudo e onde até o pintor
de parede ou o vendedor de doces terão que emitir notas fiscais?
Ou seja, a partir deste janeiro de 2026, profissionais autônomos (pedreiros,
diaristas, empregadas domésticas, prestadores de pequenos serviços e vendedores
autônomos) que prestam serviços no Brasil deverão emitir Nota Fiscal de Serviço
Eletrônica (NFS-e) por meio do sistema nacional. A medida integra o processo de
padronização tributária e a implementação das mudanças previstas na reforma do
sistema de arrecadação.
E os programas de destruição de propriedades de pequenos e médios produtores
rurais; de balsas e dragas de pequenos garimpos, continuarão sendo executados
por policiais fortemente armados, para atender as exigências das ONGs
internacionais sobre nosso meio ambiente? Teremos que continuar vivendo sob o
tacão de ameaças à destruição do Planeta que baseadas em estudos falsos e
mentiras e que jamais se concretizam, para manter o discurso globalista?
Como se
comportará o Congresso Nacional, fragilizado pela covardia de muitos dos seus
líderes, que permitiram ingerências absurdas do Poder Judiciário – claro que
especificamente do STF – que, com isso, passou a governar o País? O medo da
abertura de processos pelas sacanagens cometidas por muitos parlamentares,
continuará sendo o muro de blindagem para que os exageros dos ministros da
nossa mais alta corte continuem atuando livremente?
Como ficará este país que hoje tem mais gente recebendo Bolsa Família e vários
outros benefícios do Governo do que empregados com carteira assinada? Num ano
eleitoral, há alguma chance de que mude esta política socialista e eleitoreira?
Os que produzem, os que geram riqueza, os que suam no campo produzindo
alimentos continuarão trabalhando cada vez mais para bancarem este tipo de
assistencialismo, sem porta de saída?
Como funcionará o país, que só volta ao sério depois do Carnaval mas que, em
seguida, para com a Copa do Mundo e, logo depois, paralisa com uma campanha
eleitoral que, aliás, se prevê de baixíssimo nível, à altura da qualidade do
eleitor brasileiro?
Com oito trilhões de dívida pública, temos saída? O que será do nosso país em 2026 e nos próximos anos? Para quem acha que rezar resolve as coisas, é bom triplicar as orações. O que vem por aí pode ser tenebroso e nos levar muito próximo ao inferno. Será que o Brasil sobreviverá incólume e democrático? São muitas perguntas, cujas respostas, no geral, assustam muito mais do que nos dão esperança!
E EM
RONDÔNIA, O QUE SE ESPERAR PARA ESTE ANO DE ELEIÇÕES E MUITAS DÚVIDAS?
O ano político de 2026 será também
bastante complexo para Rondônia. A começar pela disputa ao Governo, onde os
caminhos indicam uma polarização na disputa ao Governo, pelo menos no que o
quadro indica até o momento. Dos três nomes mais fortes (Marcos Rogério,
Fernando Máximo e Adailton Fúria) apenas dois tendem a entrar na disputa final.
Mesmo que possam surgir outras possíveis candidaturas (como a do Coronel
Braguin, comandante da PM) e de nomes da esquerda, como o advogado e jornalista
Samuel Costa, ninguém duvida que é entre Rogério e Fúria que as urnas
tenderiam, caso a disputa fosse hoje.
Marcos Rogério, mesmo da raiz política de Marcos Rocha (o conservadorismo e a
direita) será claramente o candidato da oposição. Já Adailton Fúria virá com o
aval do governador Marcos Rocha e toda a estrutura de apoio que o poder pode
oferecer. Marcos Rogério perdeu a última eleição para Rocha. Agora terá que
enfrentar um nome que vem com o carimbo do atual Governador. Como será?
O deputado federal Fernando Máximo vive um dos seus melhores momentos no
Estado, em termos de popularidade. Quase onipresente, ele anda por cada canto
deste Estado, levando sua mensagem; dando palestras para jovens, entregando
resultados de suas emendas. Aparece sempre ou em primeiro ou em segundo,
empatado, nas pesquisas. Tem um acordo com Marcos Rogério de que o que estiver
melhor nas pesquisas no ano que vem, vai ao Governo e outro ao Senado. Mas
Marcos Rogério já oficializou sua candidatura ao Palácio Rio Madeira/CPA.
Caso não surja um nome que possa surpreender, este será o quadro para a disputa
ao Governo. O que pode mudar é Fernando Máximo conseguir o apoio de um partido
forte e decidir, lá na frente, entrar na corrida pelo Governo. Não é o que o quadro
de hoje mostra, mas ainda pode acontecer.
SÉRGIO
GONÇALVES MANTÉM SUA CANDIDATURA MESMO SEM ASSUMIR O GOVERNO? ELE AINDA NÃO
ANUNCIOU A DECISÃO
O atual vice-governador Sérgio Gonçalves merece um capítulo à parte. Mesmo com
o rompimento com Marcos Rocha, ele tratou, nos últimos meses, em andar pelo
Estado, buscando tornar-se mais conhecido e mais popular. Os resultados
práticos começaram a aparecer. No início da jornada, ele tinha em torno de 3
por cento nas pesquisas. Mais recentemente, mais que duplicou este percentual.
Ora, no Governo, que assumiria em 4 de abril, Gonçalves teria nove meses para
gestar o filho que lhe poderia dar o caminho para uma reeleição.
O anúncio, na semana passada, de que Rocha não pretende disputar o Senado e
permanecer no comando do Estado até 31 de dezembro do 2026 que está chegando,
mudou tudo. Sem estar no poder, sem ter a estrutura do Governo nas mãos; sem
montar sua própria equipe e direcionar o Estado para sua forma de administrar;
sem o poder, enfim, as chances de Sérgio Gonçalves de ser o futuro Governador
de Rondônia caem radicalmente.
Ele tem competência e conhecimento. Mas não tem ainda voto para enfrentar nomes
poderosos como os de Marcos Rogério e Adailton Fúria, os que estão muito à
frente nas pesquisas. Desde que Rocha avisou que não sairá para disputar a
eleição, Sérgio Gonçalves não se pronunciou publicamente sobre seus planos.
Disputará o Governo? Tentará algum outro caminho? As respostas só serão dadas
pelo próprio vice-governador em breve.
SEM
ROCHA, CORRIDA PELO SENADO TEM NOMES FORTES. CONFÚCIO DEPENDE DA UNIÃO DA
ESQUERDA PARA SE REELEGER
Se a corrida ao Governo tem poucos pretendentes com chances reais, na disputa
pelas duas cadeiras do Senado, aí o buraco é mais embaixo! O governador Marcos
Rocha avisou que fica até o fim do seu governo, embora há quem diga que esta
decisão pode mudar, lá na frente, nos cerca de 100 dias que faltam para o 4 de
abril. Como ele no jogo, o quadro é um; sem ele, outro, muito diferente.
Sem Rocha, estariam no páreo ainda nomes poderosos: Silvia Cristina, o próprio
Fernando Máximo, caso mantenha seus planos atuais; Acir Gurgacz, ex-senador;
Confúcio Moura, que terá chances de reeleição caso nele sejam concentrados os
votos da minoria esquerdista do Estado. Tem crescido bastante o nome do
bolsonarista, indicado pelo próprio ex-presidente, o empresário do agronegócio
Bruno Scheid, de Ji-Paraná. E tem, ainda, o deputado estadual Delegado Rodrigo
Camargo, que já anda aparecendo nas pesquisas.
Destes nomes, excluindo-se o de Marcos Rocha, o atual Governador dificilmente
apoiaria alguém, embora poderia haver uma mínima chance de acordo futuro com
Sílvia Cristina. Com todos os demais, sempre levando-se em conta a situação de
hoje (já que a arte da política é especialista em mudanças inesperadas) não há
possibilidade de acordo para o apoio do ocupante da principal cadeira do
Palácio Rio Madeira/CPA.
CELULAR AO VOLANTE PASSA A SER
TRATADO DA MESMA FORMA COMO SE O MOTORISTA DIRIGISSE EMBRIAGADO
Muitas mudanças na legislação de
trânsito, como a perigosíssima decisão
de que motoristas não precisam mais fazer curso em autoescolas e a perspectiva
de que os Detrans do país percam até 40 por cento das suas receitas são
nocivas, certamente. O número de acidentes e mortes pode dar um salto, com
motoristas sem preparo, mas habilitados, dominando as ruas e rodovias. Mas há
outras que merecem elogios. Uma delas é a decisão de que o uso do celular ao
volante será comparado a dirigir embriagado. Isso mesmo! É o que a nova lei,
que já vale a partir de 1º de janeiro.
Dirigir, a partir de agora, usando o
celular, seja ouvindo mensagens, as enviando ou falando, será tratado como
infração gravíssima, equivalente não só a dirigir embriagado, como a não
socorrer vítima de atropelamento; dirigir sem Carteira de Habilitação e
participar de rachas, apenas como alguns exemplos. A nova lei estabelece
tolerância zero para qualquer manuseio do aparelho com o veículo em movimento,
já que esta é, atualmente, a principal causa de colisões e atropelamentos no
trânsito brasileiro.
A mudança transforma a olhada no
celular, vendo mensagem no WhatsApp e a ligações, como condutas de violação grave ao dever de
atenção. A nova lei prevê multa de infração gravíssima em cerca de 294 reais,
além da perda de sete pontos na Habilitação. Os poucos segundos em que o
motorista desvia o olhar para ver o celular, pode representar a morte ou
ferimentos graves em algum pedestre ou danos em veículos que nada têm a ver com
a irresponsabilidade. Tomara que esta lei “pegue”!
CONGRESSO CRIA LEIS QUE PROÍBEM A
“SAIDINHA” DE PRESOS. OUTRA VEZ A DECISÃO É IGNORADA E ELES ESTÃO À SOLTA!
Eles estão à solta! No país inteiro,
cerca de 33 mil presidiários terão a famigerada “saidinha de Natal”, mesmo
depois de duas leis aprovadas pelo Congresso Nacional, que já não apita mais
nada, já que a Constituição é ignorada. Em Rondônia, pelo menos 160 detentos
terão este direito, todos de presídios do interior, já que na Capital não foi
divulgada nenhuma relação dos que podem sair das cadeias para passar o Natal em
casa.
O benefício beneficia inclusive indivíduos que cometeram crimes graves,
desde que preencham os requisitos jurídicos. No Estado, há pelo menos um caso
destes: de um presidiário que assassinou a esposa e mesmo com pesada
condenação, preenche os requisitos para a liberdade provisória. A “saidinha”
gera preocupação nas forças de segurança, mas muito mais na população, já que
todos os anos se registram foragidos e beneficiados que cometem crimes,
enquanto soltos provisoriamente.
O Congresso Nacional decidiu, pela
segunda vez, acabar com a possibilidade de saídas temporárias de presos para
visitar a família e para participar de atividades que contribuem para o
convívio social. As possibilidades de
saída temporária de presos em feriados e datas comemorativas haviam sido
restauradas na Lei de Execução Penal (de 1984) por um veto do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva, que foi derrubado em sessão com senadores e
deputados federais. A derrubada do veto se deu por 314 votos a 126 na Câmara,
com 2 abstenções; e por 52 votos a 11 no Senado, com 1 abstenção. Até agora, as
decisões de deputados e senadores foram ignoradas.
FÁTIMA CLEIDE VOLTA ÀS ELEIÇÕES E
É O PRINCIPAL NOME PARA UNIR A ESQUERDA EM RONDÔNIA
Enfim, o Partido dos Trabalhadores
tomou uma decisão das mais corretas. Vai trazer de volta para a política
rondoniense um dos seus grandes nomes. A ex-senadora Fátima Cleide, que
atualmente é o grande nome popular do partido, deve disputar uma vaga na
Assembleia Legislativa no ano que vem. Vai recomeçar sua carreira pelo
parlamento estadual, onde tem chances reais de chegar lá. E de formar, depois
de muito tempo, uma dobradinha petista na ALE, já que a ji-paranaense Cláudia
de Jesus tem possibilidades claras de reeleição.
Na última disputa eleitoral, por
muito pouco Fátima não se elegeu para a Câmara Federal. Mesmo sendo a quinta
mais votada, ficou fora por questões de legenda. No meio da esquerda de
Rondônia, afora Confúcio Moura, que é do MDB lulista, Fátima é a que realmente
tem voto e consegue unir os votos do seu grupo ideológico. Amiga pessoal do
presidente Lula, ela estava cotada para concorrer a qualquer função, inclusive
o Governo, caso quisesse. Optou pela ALE onde, com grandes possibilidades de
conseguir uma das 24 cadeiras.
Obviamente que o PT terá uma nominata
completa tanto para a Assembleia quanto à Câmara Federal, com nomes viáveis,
mas certamente nenhum deles nem perto do potencial eleitoral de Fátima Cleide.
Em 2002, ela foi eleita senadora por Rondônia com a maior votação, à época, da
história do Estado. A esquerda está tentando voltar a ter peso em Rondônia,
mesmo com apenas 30 por cento do eleitorado. Se há alguém que pode unir a
esquerda no seu entorno e atingir a meta petista, este alguém é Fátima Cleide.
Neste momento, só ela!
UMA DÉCADA E MEIA DEPOIS, IDEIA DE CASSOL
DE ABATER BÚFALOS AGORA É EXIGÊNCIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
Nada como um dia mais de 15 anos
depois do outro. Quando Governador, Ivo Cassol tentou resolver o problema das
então centenas e centenas de búfalos que começavam a destruir a região da
Fazenda Pau D´Óleo, no Vale do Guaporé. A ideia era simples: autorizar a caça
esportiva, atraindo caçadores de todo o país. Eles abateriam parte dos búfalos,
doariam a carne para escolas e entidades filantrópicas e o problema ficaria sob
controle. Pra que?
Cassol foi tratado quase como
criminoso pelo Ministério Público Federal e órgãos ambientalistas. Como um
Governador poderia fazer uma proposta absurda como aquele, de matar os pobres
animais? Pois agora o mesmo MPF está ameaçando o Estado e o CMBio de multa de
até 20 milhões de reais se não resolveram a destruição praticada pelos agora
muito mais que muitas centenas de búfalos, que se reproduzem porque não tem
inimigos naturais. Os teria, se alguma mente brilhante decidisse trazer leões
para cá.
A pesquisa envolve três frentes: o
ICMBio coordena a logística e monitoramento; a Universidade Federal de Rondônia
analisa a sanidade dos animais; e uma empresa especializada executa o abate
técnico. Amostras de água são coletadas antes e depois da operação, e câmeras
acompanham a interação da fauna com as carcaças deixadas no local. Não se fala
na destinação da carne dos animais abatidos. A exigência chega com cerca de uma
década e meia de atraso. Se tivessem ouvido o Cassol...
MORAES
NEGA INGERÊNCIA NO CASO MASTER E DIZ QUE SUA ESPOSA, COM CONTRATO MILIONÁRIO,
NÃO ATUOU COM ADVOGADA
O ministro Alexandre de Moraes, envolvido em denúncias de que teria tentado
junto ao Banco Central e também a Polícia Federal, amenizar a situação do Banco
Master e seus diretores (a esposa dele é advogada contratada por 3 milhões e
600 mil reais/mês, pelo banco) nega que o tenha feito. Ele se defende, como
poucas vezes deu direito de defesa aos que prendeu, acusou e condenou.
Nota oficial assinada por Moraes, afirma não ter telefonado para o presidente
do Banco Central, Gabriel Galípolo, para pressionar pela aquisição do Banco
Master pelo BRB, o Banco de Brasília. Segundo ele, a primeira reunião com
Galípolo aconteceu em 14 de agosto, após ser sancionado pelo governo dos
Estados Unidos com a aplicação da lei Magnitsky, em 30 de julho. A segunda
aconteceu em 30 de setembro, após a medida ter sido aplicada contra sua esposa,
em 22 de setembro. Nas denúncias do jornal O Globo, Moraes teria tratado do
assunto com Galípolo desde julho e não agosto.
Na nota, o ministro mais poderoso do País escreveu ainda que o escritório de
sua esposa, Viviane Barci Moraes, “jamais atuou na operação de aquisição do
Banco Master pelo BRB perante o BC”, embora ela tenha tido, com o Banco que
quebrou, um contrato de advocacia de 129 milhões de reais. Nesta semana, para
surpresa de ninguém, o ministro Gilmar Mendes saiu em defesa de Moraes.
PERGUNTINHA
Na sua opinião, na eleição presidencial deste ano que está chegando, o vencedor
será o presidente Lula e a esquerda ou algum nome forte vindo do
conservadorismo ou do bolsonarismo, como o filho do ex-presidente, Flávio
Bolsonaro?
Domingo, 28 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)
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Rocha anuncia abono para todo o pessoal da educação: investimento pode chegar a 105 milhões de reais
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Nos mutirões da SESAU, um só hospital fez mais de mil cirurgias ortopédicas em cerca de um mês
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Domingo, 28 de dezembro de 2025 | Porto Velho (RO)