Quarta-feira, 4 de janeiro de 2023 - 09h52
Por que a Bolsa de Valores (B3) despencou nesta terça-feira?
A explicação mais óbvia é porque não acabou a desoneração do combustível.
Tanto é assim que, só num dia, as ações da Petrobrás tombaram 6%.
Com o prolongamento da desoneração, a Petrobrás lucra menos (com o combustível "mais barato"), distribui menos proventos e os especuladores ricos não ficam mais ricos, bem como os pobres (as sardinhas) continuam como insignificantes sardinhas.
A "explicação técnica" diria que os grandes fundos e os pobres de direita temem que o Estado se endivide matando a fome do povo.
Com a desoneração (herança do Fascismo eleitoral), o combustível não vai parar na mesa do povo, na forma de inflação.
Com o fim da desoneração, ou seja, onerando-se a bomba de gasolina, todos os preços sobem.
A segunda ponta dessa conta negativa resulta da "não-privatização" da mesma Petrobrás.
Os tubarões querem o patrimônio público - acostumaram-se com as facilidades fascistas.
Mas, cabe perguntar, para se obter uma resposta menos óbvia: por que a sardinha (o investidor pobre da Bolsa) segue os tubarões?
A resposta mais simples é chamada de ignorância (efeito manada), quando segue-se seja lá o que for, para onde quer que seja.
Desse modo, a sardinha da Bolsa de Valores (B3) vende suas ações em baixa, perdendo parte do dinheiro investido. Por que, tamanha desinteligência, você perguntaria!? Porque a sardinha segue o tubarão.
Há muitos outros componentes, como as sardinhas que compram ativos nas quedas da Bolsa, que "compram dividendos", porém o espaço não comporta hoje.
A questão central é saber porque a sardinha, na versão aguda do pobre de direita, segue os tubarões.
A resposta técnica, óbvia e esquecida, aponta para a ausência total da Consciência de Classe, isto é, o pobre de direita não se vê como pobre, explorado, surrupiado no esforço do seu trabalho, pela voracidade dos tubarões.
O pobre de direita, no cardume de sardinhas magras, suponhamos uma média, tem 10 mil na carteira de ações (provavelmente nem tinha Petrobrás) e se julga superior às pobres sardinhas.
Aí, quando vê seu patrimônio diminuir na "crise da bolha inflacionária", provocada pelo rico de direita, ao invés de comprar ações mais baratas, o pobre de direita vende tudo que tem.
Enfim, o pobre de direita, a sardinha que detesta estudar (qualquer coisa), perde a oportunidade de comprar a renda variável mais barata.
O pobre de direita, anulado em consciência, incapaz de estudar, perde a oportunidade e fica só com a crise.
Se o pobre de direita não fosse tão pobre de consciência e de informação (preguiçoso nos estudos), aproveitaria a crise existencial dos tubarões.
Contudo, como é pobre em tudo, não entende que a renda variável faz o que tem que fazer, ou seja, variar. Assim, vende tudo na baixa e compra de novo na alta, e sempre perde.
Como se vê igual a um "rico de direita" (redundância), olha apenas esse patrimônio de 10 mil reais como se fosse a fortuna do Egito. Sendo pobre, o pobre de direita teme ser o que é, pobre...
O que o pobre de direita esquece, aqui, é o fato de que, se morar sozinho e for muito econômico, aqueles 10 mil reais que tinha na bolsa (com chances de virarem 20 daqui um ano) não pagam mais do que seis meses de supermercado.
Esta é uma micro parte da ideologia do pobre de direita (especialmente aquele tal de "remediado"), mas o conjunto de ideias tortas ou nebulosas também ficará para outro dia.
A última conclusão nos leva a crer, com firmeza, que o maior desafio do pobre de direita é a educação: estudar o que são os tubarões e o que é a consciência de classe que deve orientar os pobres explorados.
Se estudasse, além de saber que é pobre (o óbvio), o pobre de direita também saberia que o Estado Rentista comprou seu voto com os "gordos dividendos" da Petrobrás, pagos pelo Fascismo já removido.
Saberia que agora a conta da desventura fascista chegou ... para os pobres.
Hoje não é Dia da Criança. Ou melhor, todo dia é dia da criança – e é nosso dever denunciar, lutar e combater o trabalho infantil. Afinal
Forma-Estado na Constituição Federal de 1988
No texto, relacionamos algumas tipologias do Estado (Teoria Geral do Estado) com suas subsunções no Direito Constitucional brasileiro, especialmente
Em primeiro lugar, temos que verificar que sempre se trata de uma Autoeducação Política. Parte-se do entendimento de que sem a predisposição individ
O Livro Teorias do Estado: Estado Moderno e Estado Direito
A Teoria do Estado sob a Ótica da Teoria Política, do professor Vinício Carrilho Martinez - oferece uma leitura acessível e profunda na formação, es